Orquestra Académica da Universidade de Lisboa na Aula Magna. Sábado, 25 Junho, 18hs. Entrada Livre
Criada no início do segundo semestre do ano letivo de 2013/2014, a Orquestra Académica da Universidade de Lisboa (OAUL) é uma orquestra destinada a criar um espaço de convívio e partilha da cultura e da música entre todos os elementos da comunidade académica da Universidade de Lisboa que tocam um instrumento.
A OAUL foi criada para assinalar e celebrar a nova Universidade, a qual resulta da fusão das anteriores Universidade de Lisboa e Universidade Técnica de Lisboa. Este desejo antigo da Universidade de Lisboa começou a ganhar forma através dos resultados de um inquérito enviado aos alunos da UL e UTL para aferir o interesse dos alunos na criação de uma Orquestra Universitária. Esta Orquestra permitiria não só levar o bom nome da Universidade mais longe, mas também enriquecer as valências que os seus elementos, músicos amadores, possuem fora das áreas que diariamente exploram.
O arranque deste sonho tornou-se possível através de uma parceria com a Orquestra de Câmara Portuguesa (primeira director artística do projeto) e com financiamento do Programa de Apoios às Atividades Extracurriculares de Estudantes, tendo-se reunido um grupo de 35 músicos que realizou uma primeira apresentação à comunidade universitária no dia 21 de Junho de 2014, apenas quatro meses e meio após a criação da OAUL. Atualmente a OAUL reúne já cerca de 70 músicos, sendo a maior orquestra sinfónica académica do país.
O crescimento do projeto, o impacto e interesse gerados, fizeram com que os integrantes do mesmo se organizassem e se tornassem nos produtores em cooperação com a Universidade de Lisboa, dando mais independência à orquestra, agilizando todas as exigências inerentes e elevando-a um ponto que lhe permitiu passar a ter uma direção artística própria, atualmente assumida por João Aibéo (maestro titular) e César Gonçalves (maestro assistente), ambos músicos profissionais da OCP.
Nestes dois anos, a OAUL tem interpretado peças como o "Concerto para trompete" de Haydn, "Danúbio Azul" de Johann Strauss II, "Finlandia" de Sibelius, "Pompa e Circunstância" de Elgar, as "Danças Sinfónicas" de Grieg, "Danças Polovtsianas" de Borodin, "Marcha Eslava" de Tchaikovsky, "Noite do Monte Calvo" de Mussorgsky, "Janitzio" de Revueltas, estando já a preparar um programa sinfónico para o final do ano letivo de 2015/2016.
Em novembro de 2015, a OAUL teve a oportunidade de participar no Festival de Orquestras Académicas em Coimbra, organizado pela Tuna desta Universidade. Em abril de 2016 interpretou, conjuntamente com o Coro de Câmara da Universidade de Lisboa, a obra "Magnificat em Talha Dourada" de Eurico Carrapatoso, em diversos concertos na cidade de Lisboa, todos eles com casas cheias. Nas palavras do próprio compositor: "(...) Ali, no elemento colectivo das vozes e dos dedos de um povo académico, se percebeu não apenas o aplomb da sua entrega nos momentos em que a música estava, tal como a naja, de capelo aberto e en garde, bem como a imensa melancolia (o elemento residente, por fim, da alma portuguesa) quando a música se fechou em oração alentejana. A sua interpretação arrastou e comoveu. Ficou-me essa impressão perene que guardo num canto especial da minha memória."