SÃO PAULO/BRASIL - A agência de classificação de risco Moody's retirou o grau de investimento, espécie de selo de bom pagador, do Brasil ao cortar, em dois níveis, o rating do país a "Ba2", de "Baa3", mudando ainda a perspectiva da nota para negativa. O rebaixamento já era amplamente esperado pelo mercado.
Com a decisão, a Moody's junta-se agora às outras duas grandes agências de classificação de risco, Standard & Poor's (S&P) e Fitch, que já haviam retirado a classificação de grau de investimento do Brasil. Sem o rótulo de bom pagador, o país é excluído da cesta de países em que vale a pena investir.
Em nota, a agência diz que a decisão foi motivada pela maior deterioração das métricas de crédito do Brasil, em um ambiente de baixo crescimento, com expectativa de que a dívida do governo ultrapasse 80% do Produto Interno Bruto (PIB) nos próximos três anos.
A perspectiva negativa reflete a visão de que os riscos são de uma consolidação e uma recuperação ainda mais lentas, ou de que surjam mais choques, o que cria incertezas em relação à magnitude da deterioração do perfil de crédito do Brasil.
A agência também aponta que a "dinâmica política desafiadora" vai atrasar as reformas estruturais e continuar a complicar os esforços de consolidação fiscal.
O motivo que levou o Brasil a esse estado de descrédito foi a crise política, econômica, ética e moral instalada no Pais, resultado de uma queda de braço entre governo e oposição, que acabou levando a presidente Dilma Rousseff a um processo de impeachment e a estagnação de toda a economia nacional.
Por ANTONIO CARLOS LACERDA
PRAVDA.RU