Locarno: A sobrevivência dos filhos dos nazistas

 

As atrocidades cometidas durante a Segunda Guerra Mundial em nome da ideologia nazista ainda impressionam as novas gerações de cineastas. Kate Shortland nasceu bem depois do término da Guerra e num país bem distante, a Austrália. Mas ficou impressionada com a leitura do livro da alemã Rachel Seiffert, The Dark Room, sobre a situação dos filhos dos dirigente nazistas, ao entrarem as tropas aliadas na Alemanha.

Lore, é o título do filme e o nome da adolescente, filha de um graduado militar alemão, que deverá ser preso e decide esconder sua esposa e cinco filhos numa casa em plena Floresta Negra. A situação se complica com a entrada dos americanos na região e a mãe das crianças decide se entregar sem saber das consequências, dando à filha mais velha a incumbência de aos 16 anos, cuidar dos quatro irmãos, um deles ainda bebê e fazer o caminho até a casa da avó, no norte da Alemanha, onde acha que estarão seguros. O trajeto será longo, 900 quilômetros. O caminho é penoso e perigoso na Alemanha devastada pela guerra.

Numa das pousadas precárias numa casa em ruínas, Lore vê um jovem, Thomas, também em busca de um abrigo, que mostra o desejo de ajudá-la e à pequena família, obrigada a dormir ao relento e geralmente com um mínimo para comer. Sem dúvida a bela e viçosa alemã atrai o rapaz e, por sua vez, Lore sente, passado o momento de desconfiança, que Thomas pode ser de grande valia.

 

Mas existe uma barreira - Thomas é um judeu foragido de uma campo de concentração à busca de uma proteção juntoa os Aliados. Para Lore, criada na ideologia nazista, essa barreira é quase intransponível, será preciso surgir um grave problema para Lore ultrapassar a carga cultural nazista e se aproximar de Thomas, sem o qual não teria chegado à casa da avó.

 

Histórias de amores entre judeus e alemães, logo depois do fim da Segunda Guerra, quando a dor ainda era profunda, existem. O autor de um dos primeiros livros sobre o Holocausto, escrito por um judeu sobrevivente, Steiner, que se refugiu na França, tinha se casado com a filha de um general nazista alemão.

Locarno: A sobrevivência dos filhos dos nazistas

 

As atrocidades cometidas durante a Segunda Guerra Mundial em nome da ideologia nazista ainda impressionam as novas gerações de cineastas. Kate Shortland nasceu bem depois do término da Guerra e num país bem distante, a Austrália. Mas ficou impressionada com a leitura do livro da alemã Rachel Seiffert, The Dark Room, sobre a situação dos filhos dos dirigente nazistas, ao entrarem as tropas aliadas na Alemanha.

 

Lore, é o título do filme e o nome da adolescente, filha de um graduado militar alemão, que deverá ser preso e decide esconder sua esposa e cinco filhos numa casa em plena Floresta Negra. A situação se complica com a entrada dos americanos na região e a mãe das crianças decide se entregar sem saber das consequências, dando à filha mais velha a incumbência de aos 16 anos, cuidar dos quatro irmãos, um deles ainda bebê e fazer o caminho até a casa da avó, no norte da Alemanha, onde acha que estarão seguros. O trajeto será longo, 900 quilômetros. O caminho é penoso e perigoso na Alemanha devastada pela guerra.

 

Numa das pousadas precárias numa casa em ruínas, Lore vê um jovem, Thomas, também em busca de um abrigo, que mostra o desejo de ajudá-la e à pequena família, obrigada a dormir ao relento e geralmente com um mínimo para comer. Sem dúvida a bela e viçosa alemã atrai o rapaz e, por sua vez, Lore sente, passado o momento de desconfiança, que Thomas pode ser de grande valia.

 

Mas existe uma barreira - Thomas é um judeu foragido de uma campo de concentração à busca de uma proteção juntoa os Aliados. Para Lore, criada na ideologia nazista, essa barreira é quase intransponível, será preciso surgir um grave problema para Lore ultrapassar a carga cultural nazista e se aproximar de Thomas, sem o qual não teria chegado à casa da avó.

 

Histórias de amores entre judeus e alemães, logo depois do fim da Segunda Guerra, quando a dor ainda era profunda, existem. O autor de um dos primeiros livros sobre o Holocausto, escrito por um judeu sobrevivente, Steiner, que se refugiu na França, tinha se casado com a filha de um general nazista alemão.

Rui Martins


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Pravda.Ru Jornal