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Presidente da STF prega plena liberdade de imprensa

Presidente da STF prega plena liberdade de imprensa

No Brasil, Presidente da Suprema Corte de Justiça prega plena liberdade de imprensa

Por ANTONIO CARLOS LACERDA

PRAVDA.RU

 

SÃO PAULO/BRASIL - No Brasil, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Carlos Ayres Britto, diz que pretende usar o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) - do qual também é o presidente - para informar o resto do Judiciário sobre a posição do STF acerca da liberdade de expressão, em uma tentativa de reduzir o número de decisões judiciais que resultam em censura ou punição a jornalistas.

 

"Eu pretendo, junto com os conselheiros do CNJ, desenvolver programas, quem sabe até campanhas, esclarecendo o conteúdo da decisão do Supremo (que derrubou a Lei de Imprensa, em 2009), que foi pela plenitude da liberdade de imprensa". A declaração do ministro foi durante Seminário Internacional de Liberdade de Expressão, em São Paulo, Brasil. "Quem sabe o nível de intolerância social diminua."

 

No seminário, promovido pelo Instituto Internacional de Ciências Sociais (IICS), especialistas avaliaram que, embora o STF venha decidindo em favor do livre exercício do jornalismo, juízes de primeiro e segundo graus por vezes ainda restringem a liberdade de expressão.

 

"Onde for possível a censura prévia se esgueirar, se manifestar, mesmo que procedente do Poder Judiciário, não há plenitude de liberdade de imprensa", afirmou Ayres Britto. Para o presidente do Judiciário, o confronto de interesses entre o livre exercício do jornalismo e o direito à privacidade "inevitavelmente" se confrontarão. Ele garante, porém, que a Constituição prioriza a livre expressão ao direito à privacidade. "A liberdade de imprensa ocupa, na Constituição, este pedestal de irmã siamesa da democracia."

 

Ayres Britto defendeu, contudo, uma autorregulamentação dos veículos jornalísticos. Segundo ele, "a imprensa é o poder social por excelência". "E é por natureza das coisas que quem detenha o poder tenda a abusar dele", disse. "O poder social da imprensa também deve ser controlado, mas não pelo Estado. Isso é um desafio da imprensa brasileira", defendeu o ministro.

 

Para o presidente do STF, o amadurecimento da democracia levará a um autocontrole dos veículos de comunicação e a uma maior exigência dos leitores, pelo "evolver dos padrões de seletividade da nossa cultura".

 

ANTONIO CARLOS LACERDA é correspondente internacional do PRAVDA.RU


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