Belo Monte: Fala liderança Xikrin

Liderança Xikrin fala sobre a coupação de Belo Monte em coletiva, em São Paulo

Amanhã, 5 de julho, quinta-feira, às 10h, durante coletiva, na PUC de São Paulo, em sala a confirmar, na Rua Monte Alegre, no bairro de Perdizes, em São Paulo

Amanhã, quinta-feira, às 10h, na PUC, de São Paulo, Sandro Bebere Kayapó, Mukuka, liderança Xikrin da Terra Indigena Trincheira Bacajá (PA), uma das áreas fortemente impactadas pela construção da usina de Belo Monte dará uma entrevista coletiva durante a reunião da Associação Brasileira de Antropologia (ABA) que se realiza nas dependências da PUC de São Paulo.

Também participam da coletiva o diretor da Comissão de Assuntos Indígenas da ABA, João Pacheco e a antropóloga Clarice Cohn, professora da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) que trabalha há duas décadas com os Xikrin do Bacajá.

Desde 21 de junho os Xikrin e mais representantes de nove etnias de 21 aldeias estão ocupando o canteiro de obras Sítio Pimental, da Usiuna Hidrelétrica de Belo Monte, em Altamira. Eles estãoreivindicando seus direitos, tendo em vista que as condicionantes da obra não foram cumpridas.

O Plano Básico Ambiental (Componente Indígena), que define os programas de mitigação e compensação, ainda não foi implantado, estando ainda em processo de aprovação pelas comunidades e pela Funai. Mesmo assim, a usina já está em construção. Os indígenas reclamam que não foram consultados, como deveriam ter sido, de acordo com a legislação vigente. Acampados no Sítio Pimental, eles estão em processo de negociação com a Norte Energia S. A., Funai e a Casa Civil. No último dia 28 de junho tiveram uma reunião com representantes da Norte Energia e novo encontro ficou marcado para o dia 9 de junho, sábado próximo, em Altamira.

Belo Monte é a maior e mais polêmica obra de infraestrutura do Brasil e teve sua construção iniciada debaixo de muitos protestos, já que está sendo instalada em meio a um corredor de diversidade socioambiental composto de 26 Terras Indígenas além de Unidades de Conservação totalizando uma área de 54 milhões de hectares. A região é habitada por povos indígenas que falam 24 diferentes línguas.

Sobre os participantes da coletiva

Mukuka é uma das lideranças que organizou o movimento, e liderou a ocupação, que ocorre neste momento. Ele veio a São Paulo para participar da reunião anual da Associação Brasileira de Antropologia, que acontece na PUC-SP, onde vai falar em um fórum sobre Belo Monte e a questão indígena. Será acompanhado pela antropóloga Clarice Cohn, que trabalha com os Xikrin do Bacajá há duas décadas e tem acompanhado o processo de licenciamento da obra e os estudos de impacto na Terra Indígena e por João Pacheco, antropólogo e presidente da Comissão de Assuntos Indígenas da ABA.

Mukuka vem a São Paulo na expectativa de esclarecer e debater os impactos da UHE Belo Monte do ponto de vista dos indígenas, e falar do descumprimento dos direitos dos povos indígenas no processo de licenciamento da obra.

Visite também o blog dos Xikrin:

http://xingubacajairiri.blogspot.com.br/

Veja o vídeo dos primeiros dias de ocupação

https://www.yousendit.com/download/QlVqK0dseWF0QTNIRHRVag v


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Pravda.Ru Jornal