Três regiões do céu eleitas para mergulhar no Universo profundo

Três regiões do céu eleitas para mergulhar no Universo profundo

O telescópio espacial Euclid já sabe onde e quando irá mergulhar fundo no Universo escuro, e os locais no céu foram decididos com a colaboração de investigadores do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA).

17 de junho de 2019 - Investigadores do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA) participaram na escolha e validação de três regiões escuras do céu para as observações profundas do Euclid, a missão da Agência Espacial Europeia (ESA) que irá penetrar no lado escuro do Universo. As regiões, uma no hemisfério celeste norte e duas no hemisfério celeste sul, foram anunciadas no encontro anual do Consórcio Euclid, em Helsínquia, Finlândia, e divulgadas pela ESA.

A missão Euclid, com lançamento previsto para 2022, irá permitir o estudo da forma e da posição tridimensional de milhões de galáxias. Deste modo, os investigadores esperam mapear a distribuição espacial da matéria escura, e também lançar luz sobre o passado, presente e futuro da misteriosa energia escura que, inexplicavelmente, impele a expansão acelerada do Universo.

O Euclid irá observar mais de um terço do céu, mas 10% do tempo de observação será utilizado para analisar a fundo três regiões especiais, cuja localização e forma de observar foram agora anunciadas. Em conjunto, equivalem a 200 vezes a área da Lua cheia e situam-se perto dos polos da eclíptica, por serem zonas que o Euclid poderá observar durante praticamente todo o ano sem a interferência do Sol. Cada uma destas regiões será visitada, no mínimo, 40 vezes, esperando-se encontrar objetos extremamente ténues escondidos nessas janelas escuras do passado cósmico.

"Estes ʻcampos profundosʼ foram cuidadosamente escolhidos para conter o mínimo de luz de estrelas da Via Láctea, de poeiras do meio interestelar, e de brilho de poeiras do Sistema Solar, tudo componentes que obscurecem a luz de fontes ténues, ou afetam a sensibilidade das observações", diz Ismael Tereno, do IA e da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL), e membro do grupo de rastreios do consórcio.

 


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Pravda.Ru Jornal