Estas são as primeiras apresentações ao vivo do projecto, após o lançamento do álbum de estreia, FINALMENTE - que chegou às lojas e plataformas digitais no dia 22 de Março e entrou directamente para o top de vendas nacionais, em apenas uma semana.
XAVE é um projecto de autoria de Rodrigo Guedes de Carvalho, que assina letra e música dos 14 temas que compõem este primeiro registo de estúdio da banda, formada em 2018, e que nos chegam através da voz de Isabelinha.
“Esta não é a tradicional formação de uma banda. É a união de um compositor com a sua intérprete, a história de um autor que encontra a sua voz.”
Uma voz que vamos ouvir num registo intimista, num concerto que se pretende espectáculo e que nos leva numa viagem pelas canções que compõem o disco.
27 de Maio e 3 de Junho
Teatro Villaret, Lisboa
21h30
*Bilhetes: 14€
*Já à venda na Ticketline, Fnac, bilheteira do teatro e locais habituais.
https://ticketline.sapo.pt/evento/xave-42044
Voz Isabelinha
Piano Ruben Alves
Bateria Carlos Miguel
Baixo Miguel Amado
Guitarras Mário Delgado
XAVE
Se foi Amor
XAVE
Outra Vez
Isto não é um disco. Isto sou eu a dobrar, finalmente, um cabo que me parecia intransponível. A iniciar uma viagem que adiei o tempo de quase toda uma vida.
Não tenho memórias nítidas da infância. Sei que fui imensamente feliz mas faltam-me lugares, datas, rostos e alguns cheiros. Mas lembro-me (ah, se me lembro…) do miúdo a virar o vinil no gira-discos. A ler as letras, arriscar cantar, a fingir que a raquete de ténis era uma guitarra. Em frente ao espelho, esse miúdo jurou que seria músico. Mas a vida, como a tantos de nós, trocou-me as voltas. Desviou-me. Levou-me por outras estradas. Guardei a música numa gaveta funda dentro de mim. E de repente (garanto-vos que é de repente) passaram quase 40 anos. Até que me sentei ao piano. Como e porquê, é história longa que irei contando por aí. Sentei-me e toquei. Fechei os olhos, inventei palavras para os acordes.
E comecei, finalmente, a pagar a promessa ao miúdo em frente ao espelho. Esta reinvenção de futuro que aqui vai só foi possível porque o Ruben Alves me deu a mão. Tornou-se as minhas mãos. As que não conseguem tocar o tanto que ouço na cabeça. Mas antes disso houve o princípio do vulcão adormecido. Isabelinha. A xave que avançou sem medo para a porta que parecia fechada. A voz que procurei sempre, sem mesmo saber que a buscava. A voz que me traduz. A xave que abriu o ferrolho do sonho. Finalmente.
Rodrigo Guedes de Carvalho