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Verdes querem saber origem da morte de aves junto ao Rio da Moita

Verdes querem saber origem da morte de aves junto ao Rio da Moita

Verdes querem saber origem da morte de aves junto ao Rio da Moita
 
A Deputada Heloísa Apolónia, do Grupo Parlamentar Os Verdes, entregou na Assembleia da República uma pergunta em que questiona o Governo, através do Ministério do Ambiente, sobre o aparecimento de várias aves mortas na confluência do Rio da Moita com a Caldeira da Moita, junto ao Largo da Feira, na Moita.
 
Pergunta:
 
A confluência do Rio da Moita com a Caldeira da Moita, junto ao Largo da Feira, foi palco de aparecimento de várias aves mortas.
Segundo os relatos da população, a água que costuma correr na vala real na Moita deu lugar a um líquido azulado, cujo cheiro se revelava insuportável, desconhecendo-se a sua origem, composição, consequências para a saúde e para os ecossistemas, e, portanto, não se sabendo se este facto pode estar relacionado com a mortandade de animais referida. Sabe-se que a Guarda Nacional Republicana da Moita e o Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA), da GNR terão sido informados desta situação.
 
A Câmara Municipal da Moita procedeu, no início do mês de julho, a diversas diligências junto das entidades competentes, nomeadamente o Serviço de Proteção da Natureza e Ambiente da GNR, da Divisão de Alimentação Veterinária de Setúbal, da Direção de Serviços de Alimentação e Veterinária da Região de Lisboa e Vale do Tejo, tendo também mandado efetuar análises diretamente ao Laboratório Pró Qualidade (LPQ), para procurar encontrar a razão da morte de aves.
 
No final do mês de agosto a autarquia, fruto das diligências tomadas, recebeu uma informação técnica do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, referindo que o botulismo poderia estar na origem da morte de vários exemplares de aves na confluência do Rio da Moita com a Caldeira da Moita. Trata-se de uma doença de natureza tóxica que decorre da ingestão de uma toxina e que é agravada pelas condições meteorológicas (calor e seca) que se arrastam há vários meses, a qual afeta sobretudo aves. Entretanto, as análises subsequentes parece que, não vieram a revelar qualquer indício de contaminação que ameace a vida das aves ou de outros animais.
 
A verdade é que não é a primeira vez que aparecem aves mortas no local referido e, por isso, deve haver um cuidado especial de análise e de compreensão do problema, sobretudo para detetar com rigor a sua causa e para evitar que volte a suceder. 
 
Assim, ao abrigo das disposições constitucionais e regimentais aplicáveis, solicito ao Senhor Presidente da Assembleia da República que remeta a seguinte pergunta ao Ministério do Ambiente, para que este possa prestar os seguintes esclarecimentos:
 
1 – Que conhecimento teve o Governo sobre a morte de aves na confluência do Rio da Moita com a Caldeira da Moita?
 
2 – Quais foram as causas detetadas para aquelas ocorrências? Confirma-se ter-se tratado de botulismo ou é possível que tenha tido origem nalguma descarga poluente escorrendo do rio da Moita?
 
3 – Pode o Governo garantir que, face aos relatos da população, esta situação não tem consequências, também, para a saúde humana?
 
4 – Que diligências foram entretanto tomadas para resolver a situação e para evitar ocorrências futuras?
 
 
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Author`s name
Ksenia Semenova