Damasco, (Prensa Latina) A brigada Galilea, integrada por 4.800 mil combatentes palestinos está organizada hoje para se incorporar à luta contra os grupos terroristas na Síria, junto ao exército deste país árabe.
Segundo a página digital Al-Manar, os milicianos palestinos completaram um treinamento militar intensivo e preparam-se para enfrentar os grupos armados na zona montanhosa de Qalamoun, ao noroeste.
O comandante da brigada, Fadi Malah, afirmou que os palestinos se identificam com a resistência síria, libanesa e palestina, e destacou o tradicional apoio prestado por Damasco à causa de seu país, ocupado ilegalmente por Israel.
De acordo com Malah, esta solidariedade permanente da Síria com a Palestina é a principal razão do ataque imperialista ao país levantino.
Recordou também que o ex-presidente sírio Hafez al-Assad não vacilou em enviar batalhões armados para proteger a Resistência Palestina na década de 1970, durante os acontecimentos do chamado Setembro Negro, ocorridos na Jordânia.
Reafirmou também que agora é seu dever e uma alta honra defender o povo sírio ante esta agressão terrorista.
Ontem confirmou-se a presença aqui do general Qassem Suleimani, comandante da legião al-Quds, da Guarda Republicana do Irã, e de um contingente militar de mais de 20 mil combatentes iranianos, iraquianos e da milícia libanesa Hezbollah, que já estão nas linhas de concentração do exército sírio, a seis quilômetros da cidade de Yisr al Shougur.
Fontes consultadas pela Prensa Latina indicaram que a presença dos uniformizados procedentes da Palestina, Iraque, Irã e Líbano, responde a uma estratégia de cooperação militar coordenada para conter o avanço dos grupos terroristas liderados pelo grupo Estado Islâmico (EI) e pela Frente al-Nusra, braço armado da Al-Qaeda na Síria.
Durante sua recente visita à província de Hama, Suleimani adiantou a respeito de preparativos que, segundo suas palavras, "surpreenderão os inimigos da Síria".