Esse foi o recado passado por técnicos do Ministério da Fazenda nesta quarta-feira para o economista da Tendências Consultoria Integrada, Juan Jensen. Outros consultores e analistas estiveram recentemente em Brasília para buscar entender quais são os próximos passos a serem dados pelo governo e ouviram avaliações similares. "Tínhamos a visão de que as medidas eram mais voltadas para o curto prazo, mas o governo fez questão de enfatizar que possui uma agenda mais profunda", disse o economista à Agência Estado.
Além disso, os técnicos disseram a Jensen que as ações do governo no mercado de câmbio visam mais evitar a volatilidade das cotações do que necessariamente obter um patamar ideal para a comercialização. "A informação que nos deram é a de que o governo não vai buscar uma maior depreciação da moeda, mas que precisa agir por conta da liquidez excessiva do mercado", relatou.
A equipe técnica também explicou que qualquer aumento da carga tributária a partir de agora será apenas fruto da formalização da economia. E garantiu que qualquer excesso será automaticamente utilizado para fazer superávit primário, e não será destinado a gastos públicos. "A política que o governo está fazendo não estava tão clara para nós no dia a dia, mas a conversa foi muito melhor do que esperávamos", comentou Jensen.
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