Polônia e Romênia são os primeiros candidatos para os ataques com mísseis Calibre

Tendo reconhecido a legitimidade dos ataques da Ucrânia contra instalações militares em território russo, Londres justificou ataques aéreos contra cadeias logísticas em vários países da OTAN que fornecem armas a Kiev. A Polônia e a Romênia são os primeiros a pedir por isso.

James Heappey, subsecretário de Estado britânico das Forças Armadas, disse ao Times Radio que a Ucrânia tinha o direito legal de atacar instalações militares em território russo para interromper a logística das Forças Armadas russas.

É "completamente legítimo que a Ucrânia tenha como alvo na profundidade da Rússia a fim de perturbar a logística que, se não fosse perturbada, contribuiria diretamente para a morte e a carnificina em solo ucraniano", disse Heappey.

Comentando esta declaração, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores russo, Maria Zakharova, disse que, a fim de interromper a logística militar, a Rússia poderia atingir alvos militares no território de vários países da OTAN que fornecem armas para o regime de Kiev.

"Temos aqui o entendimento correto? Afinal de contas, isso leva diretamente a mortes e derramamento de sangue em território ucraniano. Até onde eu entendo, a Grã-Bretanha é um desses países", esclareceu Zakharova em seu canal de Telegramas.

Sempre que vendem armas para a Ucrânia, os países europeus temem se tornar parte da ação militar e da "ira de Putin". A chefe do Ministério das Relações Exteriores alemão, Annalena Baerbock, expressou suas preocupações sobre o assunto.

"Nós do governo estamos unidos em dizer que não nos tornaremos parte do conflito", disse ela durante uma coletiva de imprensa em 20 de abril.

A Hungria compartilha um ponto de vista diferente. O Ministro das Relações Exteriores húngaro Péter Szijjártó disse durante uma visita a Kosovo que a Hungria não tinha planos de fornecer armas letais para a Ucrânia. Além disso, a Hungria não permite seu trânsito para Kiev, pois eles "poderiam se tornar alvos de ações militares hostis".

"Não estamos nos envolvendo nesta guerra", explicou o ministro.

A propósito, um grupo de figuras públicas alemãs escreveu uma carta aberta ao chanceler alemão Olaf Scholz pedindo o fim dos carregamentos de armas para a Ucrânia, pois isso "arrasta a Alemanha para a guerra".

"Ao fornecer armas, a Alemanha e outros países da OTAN se fizeram de fato parte da guerra". A Ucrânia tornou-se assim um campo de batalha em um conflito entre a OTAN e a Rússia sobre as regras de segurança na Europa que vem se intensificando há anos", afirma a carta.

Alvos principais dos mísseis Caliber

Fornecedores ativos de armas letais para o regime nazista de Kiev são:

Muitos o fazem de forma não oficial, por exemplo, a Bulgária.

O Ministro das Relações Exteriores russo Sergey Lavrov disse que as negociações sobre a Ucrânia não seriam efetivas se Kiev continuasse a receber remessas de armas de outros países. Nos Estados Unidos, fontes da CNN descrevem o fornecimento de armas à Ucrânia como um investimento na neutralização do exército e da marinha russos para uma década futura. As recentes declarações do chefe do Pentágono Lloyd Austin sobre sua intenção de "enfraquecer a Rússia" através da ajuda militar à Ucrânia são um cínico lembrete de que a OTAN é uma organização agressiva que tem como alvo a Rússia em primeiro lugar.

Onde a Rússia pode atacar a logística ocidental e as instalações militares?

Pode ser na Romênia, em primeiro lugar. A Romênia pode agora invadir a Transnístria para salvar seus irmãos moldavos lá. 

A Polônia é a próxima na lista - este país serve como um ponto de trânsito para todos os carregamentos de armas dos países ocidentais para a Ucrânia.

Estes países não sobreviverão a um ataque com mísseis da Caliber, nem física nem mentalmente. Seria de fato um prelúdio à Terceira Guerra Mundial, mas os aliados dos EUA seriam os primeiros a perdê-lo por se comportarem mal.


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Lubov Lulko