Memórias de um Jornalista Brasileiro Exilado

Memórias de um Jornalista Brasileiro Exilado

O autoritário Estado brasileiro produz idiotas em massa, e alguns refugiados. Minha entrevista a El Deber da Bolívia retratou o drama pessoal, e o que ocorre no Brasil atualmente. Frequentes crimes de um Estado terrorista, geralmente sem vir a público, detalhados aqui

"A democracia [para a política mundial dominante] é um luxo que nem todos merecem" (Eduardo Galeano)

Edu Montesanti

 

"Descendo a rua há lembranças distantes, enterradas no passado para sempre" (Scorpions, em Winds of Change)
 
Drama, reabertura de feridas e muita descontração. Esta mescla de sentimentos resume minha longa entrevista ha um ano, em janeiro do ano passado à jornalista Linda Gonzáles, da Radio El Deber pertencente ao conservador Grupo El Deber da Bolívia. O jornal El Deber é o maior do país andino, equivalente estilistico e dimensional ao jornal O Estado de S. Paulo.

Entrevista tambem transmitida em video, atraves da pagina no Facebook da Radio. "Nosso colega, meu colega, este grande jornalista cheio de impeto que se orgulha de tudo o que esta enfrentando, por lutar sozinho com a bebe em pleno refugio politico", disse em determinado momento da entrevista Linda Gonzáles em Santa Cruz de la Sierra.

Definitivamente, foi a ultima vez que relatei, de viva voz, todo o drama em serie que me fez deixar o Brasil ha dois anos.
Vencer ou Morrer

"Todos são iguais perante a lei e, sem distinção, têm direito à igual proteção da lei. Todos têm direito à proteção igual contra qualquer discriminação que viole a presente Declaração e contra qualquer incitamento a tal discriminação"

(Artigo 7° da Declaração Universal dos Direitos Humanos)


Uma feroz e longa serie de dramas pessoais no Brasil atraves de forte repressao estatal, a propria filha tendo por um ano e meio direitos fundamentais, incluindo a saude, negados pelo Estado desde o primeiro minuto de vida, o traumatico encerramento da Revista Caros Amigos (cujos motivos serao detalhados a seguir), o brutal assassinato da companheira Marielle Franco, a utilizacao do meu trabalho no panfleto de campanha do candidato presidencial Joao Vicente Goulart, com fortes palavras contra o entao governo de Michel Temer.

Ao Joao Vicente - carinhosamente chamado por mim de Janguinho por ser filho do ex-presidente Joao Goulart (popularmente conhecido como Jango) derrocado pelo Golpe Militar de 1964 -, eu vinha entrevistando para publicaoes em ingles, espanhol e portugues em Pravda, Global Reserach e Telesur. Ao mesmo tempo, ele republicava diversos artigos de minha autoria. Janguinho estava sendo hackeado, e o sitio do Instituto Joao Goulart, do qual ele e presidente, era boicotado pela Google - com tem sido ate hoje: me dispus a publicar reportagens denunciando tudo o que o Janguinho vinha sofrendo, conforme ele me passava informacoes e provas.

Neste contexto, deixei o Brasil em abril de 2018 de forma tambem dramatica em um ficticio Dia D criado por mim para desviar as atencoes e ganhar tempo. Assim, escapava com a bebe e a companheira. Eu prometia a conselheiras tutelares e funcionarios publicos em Porto Belo, litoral catarinense, aparecer com advogado e uma serie de documentos de meu direito obtidos aos poucos por mim, com muita dificuldade, os quais incriminavam diversos funcionarios publicos e orgaos estatais, incluindo Ministerio Publico de duas cidades diferentes do Sul do Pais.

Os criminosos do Estado brasileiro esperavam, temerosos, saber que papeis exatamente eu possuia. Recuaram e aguardaram os documentos, aos quais jamais teriam acesso.

Sai anunciando, nos meus ultimos dias no Brasil antes de deixa-lo rumo ao exilio, seus crimes e tais papeis como provas em meu poder nos mais diversos estabelecimentos publicos, onde eu observava uma certa apreensao dos donos do Estado quando dizia que, em uma quarta-feira, 11 de abril de 2018, os apresentaria.

Estao ate hoje, quase dois anos mais tarde, sem saber quais provas tenho em meu poder contra eles, que vinham acelerando fortemente as intimidacoes, vigilancia e ameacas: eu nao os faria conhece-las assim, tao facilmente quanto, sob certo aspecto, acabou sendo o escape da familia diante da apreensiva expectativa dos terroristas estatais que vinham exercendo pressao covarde cada vez mais intensa, e comentendo crimes em serie, alguns realmente inacreditaveis. Relatados a seguir.

Quando o tal Dia D criado por mim chegou, com os usurpadores do poder com o rabo entre as pernas aguardando para constatar o que eu tinha em maos, minha familia e eu cruzavamos a fronteira brasileira bem longe dali, com destino final ainda mais distante daquele verdadeiro Inferno que estavam fazendo em nossa vida.

Acabei saindo do Brasil sem poder publicar as tao desejadas denuncias do meu amigo Janguinho. Uma grande dor. Entre tantas perdas.

Depois de mim, foram-se do terrorista Estado brasileiro (que nao deixou de se-lo nos anos do Partido dos Trabalhadores no poder, nem de ser o pais dos imbecis embora, naquela epoca, a esquerda brasileira apenas "se esquecia" dos nossos problemas) Jean Wyllys e Marcia Tiburi, ambos igualmente exilados.

Ha pouco mais de um ano e meio no exilio, no meio do qual veio a separacao da companheira que me deixou so com nossa bebe indo embora para longe para nunca mais voltar ate hoje, veio a derrubada do governo local em novembro por um fortissimo movimento de ultradireita que inclui histeria contra socialistas, e qualquer coisa que leve o nome da Russia. "Fora, russos!", tem sido gritado na Bolivia constantemente, cujos cidadaos reacionarios, maioria aqui, veem espioes russos na propria sombra.

Aconselham-me constantemente jamais mencionar, ainda que seja nas ruas para nem se falar na imprensa local, que atuo em meio russo, a Pravda, e menos ainda que sou filiado ao Partido Socialismo e Liberdade (PSoL). O clima esta efervescente em solo boliviano, experiencia dos piores anos da Guerra Fria que eu jamais havia vivido.

Com dois detalhes: na carta solicitando refugio politico em territorio boliviano, ainda em tramite durante a derrocada de Evo Morales, apresento-me nao apenas como jornalista e autor mas tambem como filiado ao brasileiro PSoL, alem de ser impossivel dissociar meu trabalho jornalistico da Pravda.
Entre o Ceu e o Inferno

"Toda pessoa tem direito a recurso efetivo para as jurisdições nacionais competentes contra atos que violem os direitos fundamentais reconhecidos pela Constituição ou pela lei"

(Artigo 8° da Declaração Universal dos Direitos Humanos)


Iniciei meus estudos de Jornalismo em 2002 com um objetivo bem claro e fortissimamente determinado: escrever, algum dia, para a Revista Caros Amigos. Minha identificacao e paixao por aquele meio eram extraordinarios. Eu me via como um Caro Amigo, falava como um Caro Amigo, me comportava como um Caro Amigo, fazia amor como um Caro Amigo.

A Caros Amigos era parte da minha vida, da minha alma. Nos momentos mais dificeis da minha vida, em que mal sobravam moedas para comprar o que comer, sempre sobrava algo para comprar a Caros Amigos, e nem que tivesse que me sentar na sarjeta para le-la, ela era devorada por meus olhos apaixonados, e guardada em meus arquivos como um tesouro.

Enfim, era o que os quadrados e excessivamente cinicos evangelicos chamam de idolatria; o mesmo sentimento que eles mesmos possuem por "pastores", carros, dinheiro e toda a sorte de materialismo mais futil, e ate mesmo sexo ocultamente desenfreado, eu possuia pela revista.

Ate que o editor Aray Nabuco aceitou-me, em setembro de 2016, como reporter daquela fantastica revista. Fui a um ceu indescritivel com sua aprovacao, que siginificou uma coroa por tantos anos de esforco e sonhos. A Caros Amigos era um sonho, continua sendo um sonho e sempre sera um sonho na minha vida.

Seu encerramento esteve envolvido no contexto do golpe contra a ex-presidente Dilma Rousseff: seu vice Michel Temer (PMDB-SP), que assumiu a Presdencia apos a cassacao da petista em agosto de 2016, nao aceitou rolamento das dividas da revista junto a Caixa Economica Federal. Como todos os outros meios de comunicacao no Brasil, especialmente impressos a exemplo da imensa maioria em todo o mundo com o advento da Internet, a Caros Amigos vinha negociando as dividas com o banco estatal.Temer "enforcou" a Caros Amigos, forcando sua qeubra em dezembro de 2017.

O editorial de sua ultima edicao denunciou:

A revista Caros Amigos resistiu o quanto pôde, mas não resistiu ao golpe, ao cerco ideológico do governo ilegítimo, ao aprofundamento da crise deste ultraneoliberalismo que pune a nação com vingança, ódio e descaramento institucional contra os avanços e conquistas sociais. (...)

Paradoxalmente, foi aquele um dos periodos mais dramaticos da minha vida enquanto, de maneira particular, eu escrevia a Timothy Hinchey, diretor de Pravda Brasil, que temia pela propria vida. Dali em diante, a repressao estatal e uma certa pressao social potencializaram-se ainda mais.

Todo esse clima no Brasi foi uma sucessao de eventos iniciada com minhas denuncias, em 2003 quando estudava Jornalismo, contra o entao presidente da Federacao Paulista de Futebol (FPF), Eduardo Jose Farah, ao vivo na radio Trianon de Sao Paulo. Farah, indiscutivelmente o maior picareta da historia do futebol brasileiro, era entao dono daquela radio cujos radialistas viviam puxando seu saco, evidentemente.

Eu havia afirmado que Farah era corrupto, ditador, relatando minha experiencia como atleta juvenil do Sao Paulo F.C. anos antes: "As bolas que a gente tinha ali, da marca Drible, eram horriveis, parecia um ovo aquilo!", eu disse no ar, ao vivo enquanto o ancora do programa tentava me interromper, e mudar de assunto. Mas eu insisti e prossegui: "A Drible pagava ao Farah para que sua marca fosse a oficial da Federacao Paulista de Futebol. Era um jogo de interesses".

Farah era famoso por intimidar jornalistas (leia o artigo Eduardo José Farah. O Homem que Pode Mostrar a Ricardo Teixeira a Amargura.
E, Principalmente, A Dor de Quem Acreditou que Seu Poder Seria Eterno. E Se Vê Esquecido..., de Cosme Rimoli para o R7, reproduzida mais abaixo, com nota minha ao final). Os proprios cartolas o temiam muito. Ninguem ousava critica-lo.

Jornalistas como Juca Kfouri e outros da Revista Placar publicaram reportagem em 1990 intitulada Escandalo no Futebol Paulista, O Lado Negro da Gestao Farah, em que se diziam, apos denuncias ao cartola, intimidados e perseguidos, inclusive fotografados nas ruas como maneira de amedronta-los.

Dentro da propria FPF, Farah era temido e considerado uma figura autoritaria pelos funcionarios: uma familiar muito proxima deste jornalista trabalhou no Departamento de Arbitragem da FPF sob mandos e desmandos de Eduardo Jose Farah, tendo testemunhado tambem a descarada troca de favores que envolvia aquele setor, no que diz respeito a escalacao de arbitros para os jogos.

Grandes assaltos, atraves do apito, foram assustadoramente assistidos nos 15 anos de Farah na Presidencia da FPF, mudando o curso dos campeonatos para o rumo que o entao Imperador do futebol paulista bem entendesse. Sao inumeraveis tanto quanto bastante memoraveis os jogos influenciados clamorsamente por arbitros naquele sombrio periodo em que o melhor, raramente, sagrava-se campeao.

A evasao de renda nunca havia sido tao gritante na historia do futebol paulista, como foi rodada a rodada dos campeonatos estaduais durante todos os anos de Farah. Era comum, ao se anunciar publico pagante nos jogos, escutar vaias dos torcedores em protesto contra o que, era evidente, tratava-se de roubo: o publico nao era aquele anunciado, bem longe daquilo.

Era tambem muito comum presenciar funcionarios da FPF, nas catracas nas portas dos estadios nos dias de jogos, tomarem para si os ingressos dos torcedores ao inves de deposita-los nas urnas como deveria ser feito. E faziam isso sem o menor constrangimento, nem nenhum temor de ser punido, Farah enriqueceu-se sobremaneira com o futebol.

Cerca de tres meses apos minhas denuncias ao vivo em sua propria radio, Farah foi condenado pela Justica paulistana por corrupcao em seus longos 15 anos (1988-2003) a frente da FPF. O indesejado Imperador que se impunha na Presidencia da FPF das maneiras mais baixas, enfiando goela abaixo de jornalistas e dirigentes de futebol indigestas dietas de sapos, foi forcado, entao, a abandonar o cargo ao qual tanto se apegava e parecia que jamais deixaria. Deixou o cargo ao qual desejava se perpetuar rogando a todos que o esquecessem para sempre.

E assim viveu, na sarjeta da historia sem sequer frequentar mais estadios de futebol ate vir a facelecer em 2014, pela porta do fundos da historia, de cancer. Quem conheceu aquele ser pode considerar que se Farah estiver hoje no purgatorio, estara no lucro.

Minhas contas de correio eletronico logo no inicio de meus estudos em Jornalismo ja estavam hackeadas, eu era fotografado nas ruas, falando pelo telefone escutava terceira voz na conversa dizendo, de fundo, coisas do tipo, "o 'pacote' passa pela avenida [...]", relatando exatamente por onde eu trafegava naquele momento, etc.

Por um periodo nada curto, todas as portas profissionais estiveram completamente fechadas a mim, inexplicavelmente apos terem sido por pouco tempo abertas. Estava evidente o que ocorria, enquanto muito poucos permaneciam ao meu lado. Nem bem havia iniciado meus estudos de Jornalismo, e ja era persona non grata em uma radio, proibido de entrar ali novamente. Acabei tendo que deixar os estudos, trancando a matricula na faculdade de Jornalismo devido a forte repressao que vinha sofrendo.

Na propria Universidade Metodista as coisas ja estavam um tanto dificeis para mim, ja que aderi a um ruidoso protesto, discurso em microfone com apitaco e cornetaco nas dependencias da faculdade contra os pessimos materiais e a propria qualidade do ensino. Da praca em frente a faculdade de Jornalismo, liderei invasao ao interior do edificio com os materiais de barulho - apitos e cornetas.

Mais adiante, denunciei na mesma radio do Farah o pessimo nivel do ensino e de muitos alunos, bebados ate em sala de aula apontando eu que a universidade nao era - como nao e ate hoje - rodeada de livrarias, mas de botecos. Um pouco depois disso, coisas "estranhas" passaram a acontecer ali mesmo comigo: por exemplo, determinados professores solicitavam aos alunos que deixassem seus respectivos exames empilhados sobre a mesa do professor. Minhas folhas eram misteriosamente extraviadas, acabavam sendo retiradas da pilha e nunca mais encontradas, pelo que eu acabava ficando com nota zero.

Entre algumas outras coisas, cuja razao fugiam ao meu conhecimento objetivo. Com um importante detalhe: apenas comigo essas coisas um tanto "exoticas" ocorriam no maior centro de formacao de idiotas, que e a universidade brasileira. Outro importante detalhe: os donos dessas universidades, que preferem se manter em anonimato enquanto empresarios do ensino superior brasileiro, sao em geral grandes politicos metidos em falcatruas e em sociedades secretas.

E desnecessario dizer os rios de dinheiro que correm nesses negocios. Negocios obscuros. Enormemente elitistas que castram o debate e a pesquisa, razao de ser de uma faculdade. Pelo quanto essas faculdades - que glorificam os iguais e a ausencia de senso critico - crescem financeiramente, em tao pouco tempo sem nenhum tipo de fiscalizacao nem prestacao de contas, e pelo envolvimento de caciques da politicagem brasileira nessas instituicoes, nao me supreenderia se elas estivessem envolvidas em lavagem de dinheiro e narcotrafico. A Universidade Metodista, particularmente, responde por entidade filantropoca sem fins lucrativos, o que e uma verdadeira piada a quem conhece minimamente tal empresa, e suas praticas.

Posteriormente, em 2012 lancei o livro Mentiras e Crimes da "Guerra ao Terror", que contem revelacoes da manipulacao da midia brasileira, especialmente por parte do jornal O Tempo, de Minas Gerais. Apos lancamento do meu livro, com provas das manipulacoes e citando nomes, a "entrevista fantasia" do jornal com a ativista afega MalalaI Joya, quem me havia enviado do Afeganistao as provas, foi removida por O Tempo de seu sitio na Internet.

As denuncias de Joya, procurada por O Tempo para entrevista, continham estupro de meninas afegas por militares estadunidenses, e narcotrafico tracado pela CIA desde o pais centro-asiatico. Tudo isso e muito mais cortado pelo jornaleco mineiro composto por seres do asco moral de Arnaldo Jabor a epoca. Denuncias, tres anos depois, apresentadas integralmente em meu livrinho e em reportagens em ingles e portugues - nos Estados Unidos, na Espanha, no Brasil e na Russia, traduzidos a outros idiomas e reproduzidos em todo o mundo.

De 2012 a 2014 eu mantive coluna no Observatorio da Imprensa, onde publicava semanalmente. A mais forte serie de reportagens foi publicada entre novembro de 2013 e fevereiro de 2014, sobre a tragedia de Santa Maria. O incendio da boate Kiss na cidade gaúcha de Santa Maria em 27 de janeiro de 2013 havia sido o segundo mais mortal da historia do Brasil, com varios criminosos: proprietario da casa noturna, banda que havia se apresentado naquela noite, Bombeiros, Prefeitura, Governo do Estado e Ministerio Publico gaucho.

Todos, um a um, denunciados em alto e bom tom na serie de reportagens de minha autoria por pais de vitimas, advogado desses pais, testemunhas e funcionarios da boate entrevistados por mim. A comecar pela Prefeitura do Municipio pela falha na fiscalizacao da boate, e o Ministerio Publico do Estado pela promocao da impunidade aos culpados pelo incendio. Segundo pais das vitimas, eu era o unico reporter "esmiucando toda a podridao, e definidndo quem e quem. São poucos que se dedicam a isso, eu diria o único".

Em determinada passagem que vale ser rememorada aqui, na reportagem Dia de Finados: Comoção Local e Indiferença Nacional de novembro de 2013, comenteu a velha e bem conhecida corrupção no sistema de justiça brasileiro - especificamente, contra o mesmo Ministério Público do Rio Grande do Sul o qual, exatamente três anos mais tarde, protagonizaria um dos momentos mais difíceis da minha vida que me terminariam levando-me ao auto-exílio na Bolívia:
Enquanto setores empresariais e políticos à época, amparados fielmente pela mídia, tentaram – com sucesso – inculcar que o incêndio na Boate Kiss não passara de mera fatalidade e não problema estrutural deste país, como realmente foi, fica cada vez mais evidente, inversamente proporcional ao total descaso nacional, que se tratou de retrato perfeito do Brasil no que diz respeito à tragédia em si além das implicações de corrupção política e empresarial, do sensacionalismo e posterior esquecimento midiático, da indiferença social e da impunidade advinda de corrupção também judiciária que reina soberana no Brasil (...).

A serie, que apresentou entrevista com todos os lados envolvidos na tragedia, trouxe duras criticas ao Ministerio Publico do Rio Grande do Sul colocando-o como promotor de injustica, instituicao corrupta que serviu como maior obstaculo para que os culpados pelo segundo maior incendio da historia do Brasil, fossem devidamente punidos. Pais de vitimas, entao, acampavam, muitas vezes noite e dia, em frente ao Ministerio Publico de Santa Maria para protestar.

A reportagem A Noite Infame e os Dias Subsequentes, por exemplo, foi finalizada com a severa critica de Paulo Tadeu Nunes de Carvalho, pai de Rafael Paulo Nunes de Carvalho, uma das 242 vítimas fatais da boate Kiss:
Não é interessante termos que lutar por algo tão óbvio? Temos que mostrar a juízes e promotores: Olha! A prova esta aqui, na sua frente.

De que mais a justiça precisa? Essa pergunta é crucial. O inquérito policial foi exemplar, levantou e apurou as denúncias em 55 dias, incriminou 28 pessoas, todas pelo inquérito deveriam estar presas e muitas outras apareceriam, fariam uma limpeza na cidade. Mas a Justiça, ah, a justiça... Sempre ela!

No meio das publicacoes, passei a exercer pressao junto com sos pais da vitimas por Facebook e correio eletronico, sobre os culpados e ao sistema judiciario do Rio Grande do Sul por justica. Neste interim, o Ministerio Publico acabou processando os pais por reclamar do orgao enquanto clamavam por justica enquamto esses, com outros familiares de vitimas ha um ano da tragedia, promoviam intensos protestos que incluiam o lancamento de latas de tinta vermelha nas portas do Ministerio Publico, simbolizando o sangue das vitimas. Tudo sempre com gritos e muito choro.

Nas audiencias judiciais, costumava haver fortes discussoes dos pais das vitimas especialmente com o advogado de Elissandro Spohr, um dos proprietarios da boate Kiss, doutor Jader Marques tambem entrevistado amplamente por mim para a serie de reportagens, o qual tambem acusava o Ministerio Publico: de ter tomado conhecimento, com antecendencia, que a Kiss funcionava de maneira irregular sem ter agido, enquanto seu reu era um leigo que tentava fazer sua parte no estabelecimento. Em determinada audiencia, uma mae deu um tapa na cara do advogado de defesa. A ideia do dr. Marques era que houve conluio do Ministerio Publico com agentes de fiscalizacao da Prefeitura ds cidade.

O clima estava efervescente. Tanto quanto minhas reportagens acabaram virando coqueluche no Estado do Rio Grande do Sul, especialmente na cidade de Santa Maria.

Em 2016, quando eu ja tinha uma serie enorme de publicacoes desde o Observatorio da Imprensa, Diario Liberdade da Espanha, alguns meios dos Estados Unidos, estava na Caros Amigos, Pravda da Russia e Global Research do Canada, junto de uma vasta colecao de inimigos conquistada ao longo dos anos, ja ultrapassavam a dezena, chegando talvez a vintena o numero de contas de correio eletronico e contas no Facebook deste autor hackeadas e bloqueadas.

Em uma dessas contas, a intimidacao do hacker: "Se apitar, vai para 7 palmos debaixo da terra!". E na tentativa de intimidar ainda mais a mim, tais hackers passaram a escrever-me mensagens das contas dos meus contatos, afirmando, "eu encontro voce", no caso de trocar a conta na tentativa de se evitar invasoes e vigilancia.

Minhas publicacoes incluem muita corrupcao na politica brasileira, alem de crimes de guerra cometidos pelos Estados Unidos e narcotrafico e torturas perpetrados pela CIA em todo o mundo, especialmente no Oriente Medio. Os mesmos Estados Unidos que, segundo telegramas secretos revelados por WikiLeaks - de quem sou um dos maiores tradutores e divulgadores no Brasil atraves de reportagens -, influenciam o sistema de "Justica" brasileiro desde o Ministerio Publico ate a Policia Federal, passando pelo Poder Judiciario em todas as suas esferas.

Em maio de 2016, entre diversas publicacoes de reportagens neste sentido, tomei parte em um abaixo-assinado internacional contra a cassacao do mandato presidencial de Dilma Rousseff, que vinha sendo vitima de baixissimo golpe por parte da classe politica e midiatica brasileira, pavimentando o caminho para que Temer assumisse a Presidencia da Republica.

Semanas antes, eu havia publicado em Pravda Brasil Carta Aberta a Embaixada dos Estados Unidos em Brasilia, reproduzida uma ano e meio mais tarde, que questionava duramente o silencio de Washington diante do golpe a democracia no Brasil que vinha ocorrendo entao.

A embaixadora Lilian Ayalde foi tratada por mim como nada mais que uma "senhorita"Entre outros diversos pontos, passando por fatos historicos e atuais eu denunciei a espionagem praticada pela suposta Missao Diplomatica estadunidense na capital nacional, e exigi publicamente que se revogasse meu visto de entrada aos Estados Unidos, "país autoritário, altamente discriminador, segregacionista e terrorista onde se mata por cor da pele, por classe social, por natureza/opção sexual, por etnia, por nada!".

Aquela Carta Aberta foi bastante difundida no Brasil, por meios alternativos. E uma das maiores delicias que publiquei em toda a minha vida! "Quanto a meu passaporte, que recebeu visto de entrada aos Estados Unidos anos atrás, solicito que me dê a honra de colocá-lo em sua lista negra, senhorita Lilian Ayalde!".

Em abril de 2017, a edicao de Caros Amigos que trazia na capa o ex-presidente Lula com a inscricao "A Forca Popular", foi atacada nas bancas de jornal da cidade de Sao Paulo. Vivia-se um clima de crescente odio no Brasil, apos a derrocada da presidente Dilma Rousseff e o fantoche Michel Temer no poder, uma das figuras mais toscas da politicagem brasileira.

Ao mesmo tempo que a revista era atacada em Sao Paulo, na altamente reacionaria regiao Sul do Brasil que viria a ser o maior reduto eleitoral da besta neonazista Jair Bolsonaro nas eleicoes presidenciais de 2018, fomos agredidos a mae da minha filha e eu por brucutus, que dias antes haviam manifestado irritacao pela capa da mesma revista em que eu estava presente atraves de reportagem intitulada, ironia do destino, A Era do Odio.

Chamada pelas vitimas de agressao, a Policia do municipio de Itajai simplesmente inverteu os papeis tratando-nos com extrema agressividade, gritando-nos estando a mae, ja vitima de socos, com a bebe de seis meses no colo. Um inferno que apenas se agravava em diferentes partes do Brasil para nos.

A vigilancia e repressao do Estado contra nos deu inicio exatamente em setembro de 2016, ao que ficou bem claro tratar-se tambem de lawfare, as famosas guerras juridicas covardes a fim de oprimir e calar vozes publicas que representam ameaca as elites, usurpadoras do poder. Pratica que anda em moda de maneira bastante particular no Brasil.
Violação do Direito à Vida (de uma Recém Nascida)

"Ninguém sofrerá intromissões arbitrárias na sua vida privada, na sua família, no seu domicílio ou na sua correspondência, nem ataques à sua honra e reputação. Contra tais intromissões ou ataques, toda pessoa tem direito à proteção da lei"

(Artigo 12° da Declaração Universal dos Direitos Humanos)


Setembro de 2016, mes do nascimento da minha filha no Sul brasileiro. Maternidade da Santa Casa de "Misericordia" (pasmem!) da cidade gaucha de Santana do Livramento. Pai e mae, e apenas os pais desta crianca, sumariamente impedidos de ingressar a maternidade a fim de visitar a bebe recem nascida, incubada apos oito meses de gravidez, sem nenhuma explicacao logica (e nem poderia existir alguma explicacao logica para a negativa ao direito a visita e amamentacao da recem nascida, garantido ate aos piores bandidos em qualquer lufar do mundo).

A mae consequentemente impedida do direito humano, dela mesma e da crianca, de amamentar. Tudo isso em meio a uma agressividade indizivel, assustadora. Suplcando em prantos no saguao da Santa Casa, cerca das 22h para poder ver a bebe em algum momento da noite ou da madrugada propondo-se a dormir ali, foi[lhe negado este direito: a mae deixou o local chorando, ea bebe, sendo alimentada por leite em lata - contra a vontade dos pais. Tudo isso, sem nenhuma justificativa, a nao ser "nao pode", "nao ha estrurura para isso".

Falta de estrutura seletiva, ja que a outros pais, sim, era permitido, e claro,visitar e permanecer no local o tempo que bem entendesses - e nos caso das maes, amamentar seus filhos na Materindado. Este jornalista esteve proximo a uma dessas maes de recem-nascidos que conversava por telefone celular com Marta Raquel deLameira, do programa Primeira Infancia Melhor (abordada com mais detalhes a seguir, e uma das que afirmaram categorica e pessoalmente a este comunicador. "nao pode por nada! Nao ha estrutura para isso [na Maternidade]", em que a funcionaria publica afirmava que aquele casal poderia permanecer o tempo que quisesse ali com seu recem-nascido filho, igualmente incubado.

E a mesma Marta Raquel que disse isto, alegando estar amparada na lei - e era exatamente o inverso -, afirmou, intimidando, que os pais nao poderiam deixar o Brasil por tempo indeterminado mesmo apos alta ja que, pelo fato de a bebe ter permanecido dez dias na incubadora, o Estado dividia respondabilidades pela saude da infante e deveria acompanhar seu desenvolvimento, o que e um escandalo.

Segundo esta funcionaria do Primeira Infancia Melhor de Santana do Livramento, que se passava falsamente por conselheira tutelar, os pais nao estavam aptos por lei a escolher o pais em que a bebe pudesse ser cuidada, o que viola frontalmente o Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos de 1966 que, em seu artigo 12, inciso 2, diz:
Toda pessoa terá o direito de sair livremente de qualquer país, inclusive de seu próprio país.

Buscados, orgaos como Conselho Tutelar e Ministerio Publico daquele municipio nao apenas negavam-se a solucionar a questao, como criavam mais problemas. Fui aconselhado, secretamente por uma enfermeira, a pegar minha bebe, a mulher e sair daquela cidade "sem dizer nada a ninguem". Enquanto o Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos de 1966 diz, no artigo 23, inciso 1:
A família é o núcleo natural e fundamental da sociedade e terá o direito de ser protegida pela sociedade e pelo Estado.

E no Artigo 24, inciso 1:
Toda criança terá direito, sem discriminação alguma por motivo de cor, sexo, língua, religião, origem nacional ou social, situação econômica ou nascimento, às medidas de proteção que a sua condição de menor requer por parte de sua família, da sociedade e do Estado.

Este pai procurou os jornalistas do jornal A Plateia da cidade gaucha. A chefe de Redacao, Elis Regina, afirmou a mim que aquele hospital era realmente elitista e discriminador, cujos profissionais tratavam o estabelecimento como coisa particular muitas vezes negando direitos a quem bem entendessem. Realmente, o funcionalismo publico brasileiro e bem cohecido como uma mafia.

Exames negados a bebe. Denuncia negada pelos orgaos acima mencionados. Calunias da enfermeira chefe relatadas junto ao Ministerio Publico - de que nos, pais, tentavamos arrancar abebe da incubadora, e viajar a Santa Catarina com a recem nascida internada, enquanto apenas tentavamos assegura-la o direito de ser amamentada pela mae. Boletim de Ocorrencia por calunia negado pela Policia aos pais (independente de ser verdade, qualquer cidadao tem o direito de registrar Boletim de Ocorrencia, para que esta seja mas tarde investigada)..

O Ministerio Publico, velho sonegador de direitos e garantias fundamentais da sociedade das maneiras mais desavergonhadas e escancaradas, simplesmente fez com que o pai da bebe assinasse "oficio" comprometendo-se a informar o orgao cada vez que se mude de residencia. O motivo? Nao poderia ter sido mais cinico e arbitrario: para que o Estado possa "continuar acompanhando a saude da bebe", por ter nascido apos oito meses de gravidez, e permanecido dez dias na incubadora. Em um papel sulfite, sem timbre nem assinatura de nungem mais que nao fosse a do pai, justamente pela ilegalidade e arbitrariedade do "oficio".

E ainda, atraves de outra coercao ilegal, fez com que o pai se comprometesse a informar quando chegasse no destino alegado, a cidade de Itajai o que foi feito por correio eletronico.O Ministerio Publico respondeu com a seguinte informacao, que surpreendeu: "Nao ha mais a necessidade de manter-nos informados, o juiz de Itajai se encarrega a partir de agora a deliberar, se julgar necessario, por auxilio social a familia".

Os pais da infante, morando entao em um hotel razoavel na cidade catarinense nao haviam jamais solicitado nenhum tipo de ajuda ao Estado, nem nada em favor da bebe a nao ser atendimento medico digno. E o pior: a alegacao ate entao, para tal "acompanhamento". era supostamente pela "saude da infante". Caso envolto sempre, so comeco ao fim, em contradicoes, arbitrariedades e muito misterio.

Seis meses mais tarde, na cidade catarinense de Itajai. Exame realizado, porem na consulta medica nao interpretado pelo mesmo medico que o havia solicitado. Insistido pela mae da infante para que lesse tal exame, o criminoso da saude publica voltou a negar, e nem sequer abriu o envelope com os resultados. Envelope lacrado levado ao Ministerio Publico e ao Conselho Tutelar, o mesmo filme de um ano e meio desde que a bebe nasceu: denuncia negada por ambos os orgaos acima mencionados.

Uma serie de ilegalidades e arbitrariedades inconcebiveis foram praticadas contra nos, por orgaos acima mencionados. Coercao para assinar papeis (justamente pela ilegalidade, sem timbre nem assinatura dos oficiais, mas apenas do pai da crianca), intimidacao e ameaca, negativa da Policia em efetuar Boletim de Ocorrencia enquanto o Estado alegava atuar em nome "da saude da bebe" a fim de justificar vigilancia e diversas outras arbitrariedades contra seu pai.

Isso tudo, por um ano e meio ate que a familia deixasse o Pais, sob uma agresssividade insuportavelmente crescente ao mesmo tempo que o proprio Estado negligenciava mais e mais o atendimento medico a essa mesma bebe, "perdiam-se" nos diferentes centros de saude, "misteriosamente", historicos da bebe, exatamente os que comprometiam os criminosos "profissionais" da saude, sendo que na ultima vez que este autor esteve pessoalmente no Ministerio Publico, da cidade catarinense de Itajai, para denunciar o medico que se recusou a fazer leitura do exame que ele mesmo havia solicitado, recebeu como resposta: "Voce deve aceitar as coisas como sao. Eu [assistente da promotora de "Justica"] pago plano de saude".

O pai saiu dali nao apenas tendo que engloir esta, como obrigado a entregar uma carta do Ministerio Publico ao Conselho Tutelar de Itajai, que o encarrehava de "verificar a residencia da familia" com a justifitativa de certificar-se em que ambiente vivia a bebe. E nao so isto: "Investigar, tambem questionando vizinhos sobre a rotina do pai". Um constrangimento tremendo.

Assim estava sendo por seis meses ja desde que a bebe nasceu, tendo todos os direitos a saude e a propria vida negados pelo Estado, como seria prlos proximos seis meses ate que a familia deixasse de vez o Pais: a cada negligencia e crime cometido pelas diversas esferas estatais, o pai tentando denunciar acabava intimidado e investigado. Submetido a longos interrogatorios inocuos, sem sentido, altamente questionadores seguidos de buscas pela residencia da familia, e arredores. E as condicoes da bebe, apenas pioravam, sem nenhuma solucao nunca.

A arte de difamar e constranger do Estado nao tinha limites, tudo cinicamente em nome da "saude da bebe". Pai que nunca bebeu, nunca fumou, possui historico de boa conduta autenticado pela Policia, apenas trabalhava denunciando este mesmo Estado brasileiro: esta sucessao de crimes: tudo uma grande coincidencia?

Algo muito semelhante, porem sem envolver bebes, em acometido jornalistas de The Intercept no Brasil, especialmente apos as denuncias de Glenn Greenwald contra Sergio Moro e procuradores do Ministerio Publico envolvidos na Operacao Lava Jato. Greenwald e seus colegas tem sido investigados e intimidados pelo Estado brasileiro.

No Conselho Tutelar itajaiense, fui com o conselheiro ao Centro de Saude verificar os motivos pelos quais o medico recusou-se a ler o exame que havia solicitado: como havia se apossentado havia alguns dias, segudo o conselheiro nao era possivel fazer mais nada. Mas sim contra o pai, obrigado a, segundo ele, seguir informando o Ministerio Publico e seu Conselho cada vez que mudasse de endereco. Questionado, "nao ha problema nenhum em informar possiveis mudancas, nao tenho nada a esconder, mas me parece earbitrario isso pois nao sou bandido", ao pai foi respondido: "Nao, nao e isso. O Mninisterio Publico esta preocupado com a bebe".

Mais de um ano depois, eis que duas representantes do Conselho Tutelar da cidade de Porto Belo onde estavamos entao residindo, proxima a Itajai, bate a nossa porta com oficio exigindo comparecimento dos pais no respectivo Conselhor com a bebe, "para prestar esclarecimentos". Tive que assinar tal intimacao, que informava a atribuicao tambem judicial das conselheiras: a recusa em assinar e/ou comparecer ao local solicitado, poderia acarretar em processos judiciais.

Vale enfatizar que diante de circunstancias assim, "prestar esclarecimentos" envolve possiveis delitos ou crimes. Pois tudo isso tratava-se de mais uma grande brincadeira de mau-gosto do Estado brasileiro, que ha um ano e meio me fazia correr dias inteiros atras de absolutamente nada, ao mesmo tempo que negligenciava a saude da minha filha, e cometia ate crimes contra ela e seus responsaveis diretos, os pais.

Algo parecia muito serio, mas comparecendo no dia seguinte na sede do Conselho, o "esclarecimento" que se requeria era "bebe permanecida {um ano e meio atras] em incubadora", e "familia em vulnerabilidade social", financeiramente. Ao contrario, a familia referida vivia em uma ampla casa a duas quadras de uma das praias mais ricas do Brasil. Sobre o documento que, segundo o Conselho nao importava, este pai buscou o historico da filha justamente intimado pelo orgao que se dizia, dias mais tarde, desinteressado nele.

Se nao bastasse a ida do Conselho, a mando do Ministerio Publico, a residencia em Porto Belo, foi simplesmente exigido que se apresentasse comprovante de residencia por parte do pai, a ficar arquivado neste orgao. O Estado nao abria mao de estar inteirado constantemente do paradeiro deste reporter - e intimida-lo - que, a epoca, escrevia para a Revista Caros Amigos, Pravda, Telesur e Global Research. Todos estes veiculos, fortemente criticos ao governo de Michel Temer, entao na Presidencia do Brasil.

Perguntou-se se se pagava pontualmente contas de agua e luz, cuja resposta foi afirmativa (o contrario nao e crime e jamais motiva todo este cenario agressivo), e pediu-se, entre outras coisas no minimo bastante "exoticas", a pagina deste reporter no Facebook, o que ja nao possuo ha anos justamente pelas invasoes, intimidacoes e ameacas. Quando expliquei tudo o que vinha ocorrendo desde que a filha havia nascido ha um ano e meio, pedindo que as conselheiras nos auxiliassem a por fim em todo aquele pesadelo, uma delas respondeu: "Tudo esta apenas comecando".

Ou seja, fui intimado na porta da minha casa, com prazo de 15 dias para "prestar esclarecimentos" pelo fato de minha filha, um ano e maio antes, ter nascido apos oito meses de gravidez e ido para a incubadora, onde permeneceu dez dias. Intmado para "prestar esclarecimentos" se pagava pontualmente contas de luz e agua, "prestar esclarecimentos" sobre qual era minha pagina no Facebook, o que ha muito eu nao possuia mais.

Enfim, fui ate Itajai retiar o historico medico da minha filha, acompanhada normalmente como toda crianca em seus primeiros meses de vida. Com apenas um exame de sangue solicitado (aquele negado pelo medico solicitante da analise, de realizar sua leitura). Quando o Centro de Saude desta cidade simplesmente alegou ter "perdido" o historico que constava a negligencia medica acima mencionada, a resposta do Conselho Tutelar de Porto Belo, contactado imediatamente apos a ocorrencia por telefone, exatamente quem havia solicitado tal historico, foi simplesmente isto: "Estamos tratando dos problemas da bebe, nao dos seus!". Este mesmo Conselho, um ano e meio depois do nascimento da bebe e permanencia na incubadora, fora acionado pelo Ministerio Publico para bater na porta da familia, que deveria "prestar esclarecimentos". Métodos de intimidação bem conhecidos praticados por agentes de Estado.

Ha um ano e meio dividido entre intenso trabalho, todas as dificuldades de se cuidar de uma bebe mais ainda diante de tragicos servicos publicos, e as buscas incessantes e iocuas por papeis exigidos pelos orgaos mencionados.Qaundo estes papeis eram perdidos, sempre os que poderiam comprometer o Estado, estes mesmos papeis ja passavam a nao importar mais a tais orgaos... O Inferno estava armado, e insuportavel em nossa vida, diante de uma crise economica que apenas se agravava no Pais, e a condicao do sistema publico de saude, historicamente tragico no Brasil, decaia-se ainda mais. Com uma bebe para cuidar, pais que trabalhavam, e muito.

Em resumo, a uma recem nascida foi negado seu direito a saude publica. E em nome de sua saude estavam intimidando, reprimindo e vigiando seu pai, tudo isso registrado em provas sob poder deste pai e autor. Uma dessas provas, assinada pelo proprio Ministerio Publico que passou longo um ano e meio na caçada atras este reporter tentando encontrar alguma negligencia nos cuidados medicos com a bebe, sem nenhum sucesso, porem, quando as negligencias diziam respeito ao Estado brasileiro, mudava-se de posicao completamente e a saude da bebe, supreendentemente, ja nao importava mais.

Estava muito dificil trabalhar em um Brasil ja enrentando forte crise financeira, e cheio de odio pois este autor era obrigado a passar dias buscando documentos, exigidos pelas canalhas autoridades de um Estado discriminador e corrupto, ou porque muitos destes documentos eram "extraviados" para um lugar que "ningem sabia para onde", sempre que, "coincidentemente". comprometia o Estado. A agressividade e ate a responsabilidade acabava caindo sobre o pai da bebe, estava claro que era essa culpa que se estava buscando, a lawfare acima mencionada.

Procurado por este autor em particular sobre o caso aqui reportado, o ex-agente da CIA John Kiriakou analisou da seguinte maeira: "Estavam tentando intimida-lo. A Policia Federal esta claramente, a meu ver, por tras disso. Isso ocorre muito aqui nos Estados Unidos, comandado pela Policia, a fim de intimidar pessoas consideradas pelo Estado uma ameaca ao establishment".

Foi tambem utilizando tais provas, e apresenta-las, que fiz um imenso barulho as vesperas da saida rumo ao exilio, criando um Dia D para recuar as partes envolvidas e distrair suas atencoes. As partes estatais criminosas nao sabiam o que eu tinha em maos, e preocupavam-se com isso. Ate hoje o Estado brasleiro, cheio de odio e profundamente discriminador, esta sem saber...

E possuo um par de documentos, justamente, porque jamais recuei, nunca me dei por vencido sobretudo em favor da vida da minha filha. Pelo contrario, passei dias e dias de muito drama atras de meus direitos, e os da minha filha nos mais diferentes orgaos.

Aos poucos, entre tantos papeis de direito incluindo historicos hospitalares e de consultas medicas da bebe que me eram negados, eu juntava documentos que arduamente, com extrema dificuldade eu conseguia - hoje, um tanto temidas provas pelo terrorista Estado tupiniquim onde o que mais vale e o poder do dinheiro, e da opressado da parte dos mais mediocres.

Em marco de 2018, quando tive injustificadamente negada por orgao do Estado brasileiro o registro de jornalista profissional, a companheira Marielle Franco foi brutalmente assassinada por forcas estatais (algo evidente a epoca, hoje mais que comprovado por mais que os bandidos da "Justica" e do Poder Executivo tupiniquins se esforcem para ocultar este fato), e meu trabalho era levado como a propaganda eleitoral do entao candidato presidencial, Joao Goulart "Filho". "Edu Montesanti, jornalista da Pravda da Russia", logo no inicio sob o titulo, "Contra um governo ilicito, covarde e entreguista", referindo-se a Michel Temer. Naquele momento, eu escrevia tambem, ja havia um ano, para Telesur English.

Sobre a negativa do Ministerio do Trabalho em me reconhecer como profissional da comunicacao, ainda que eu tivesse apresentado junto do pedido carta de referencia da Caros Amigos, foi, segundo os sindicatos dos jornalistas de dois estados brasileiros diferentes, algo inedito, jamais havia ocorrido antes segundo os lideres sindicais.

O registro, no estado em que eu residia, era o primeiro passo para obter, junto ao Sindicato dos Jornalistas, a credencial de jornalista, que hoje me faz uma falta tremenda no exilio, tanto quanto me fez no proprio Brasil, evidentemente.

A seguir, trechos de comentarios por correio eletronico do funcionario Andre Freire, do Sindicato dos Jornalistas do Estado de Sao Paulo, particularmente sobre o meu caso em nosso contato em setembro de 2018, estando eu ja na Bolivia:

[Eu] só soube de negativa do Ministério do Trabalho, aqui no Estado de São Paulo, no caso de não comprovação
de residência no Estado de São Paulo. Sem depreciações, até um analfabeto já obteve registro profissional de
jornalista no Ministério do Trabalho e a Federação Nacional dos Jornalistas foi obrigada, judicialmente, a emitir
a carteira da Fenaj para ele. Tratava-se, sem desfeita, de um analfabeto, que mal assinava o nome.

Consulte, cara a cara, porque seu registro foi negado, pois estão emitindo registro profissional para diplomados,
não diplomados, letrados, iletrados, atuantes na profissão ou não. Se emitirem o registro, você poderá solicitar a Carteira da Fenaj [Federação Nacional dos Jornalistas] no Sindicato dos Jornalistas de São Paulo.

Porém, só a Superintendência Regional do Trabalho pode esclarecer a razão de terem negado a emissão do registro e corrigir o erro, se houve algum. Ninguém mais. Esclareça isso primeiro.

Eu Tenho um Sonho: Mafia do Funcionalismo Publico Apodrecer Atras das Grades

Se você é capaz de tremer de indignação toda vez que se comete uma injustiça no mundo, então somos companheiros" (Che Guevara)


Embora nunca tenha sido investigado por absolutamente nada pela "Justica" tupiniquim, eu estava vivendo no Brasil uma situacao pior que a de um investigado: a de um ja condenado, enquanto possuo certificado de boa conduta da Policia Federal. O Estado brasileiro terrorista sim, deveria ser investigado e condenado pelos crimes que cometeu contra mim, contra a mae da minha filha e contra minha bebe, desde seu primeiro minuto em vida.

Na verdade, eu estava sendo investigado por nao sei o que, minha vida estava sendo investigada nunca fui informado pelo que no Brasil desde que miha filha nasceu ate deixar o Pais, um ano e meio depois. Quanto mais se evidenciava que nada havia a ser imputado contra mim, mais o cerco se estreitava, mais fortes eram as intimidacoes por diversos orgaos estatais. Velha pratica, bastante conhecida contra criticos de estados corruptos em todoo mundo.

Estaria essa bandidagem estatal disposta a cobrar judicialmente do pai respostas, jogar em suas costas toda a negligencia do proprio Estado contra a bebe, por um ano e meio, ate que a familia deixasse o Brasil?

A delinquente travestida de enfermeira-chefe da Maternidade de Santana do Livramento, hoje aposentada, a cafajeste Raquel Martins Pinheiro deveria ser investigada e duramente condenada por nao apenas impedir os pais de visitar a recem-nascida incubada na Materindade - enquanto outros pais visitavam normamente seus bebes -, mas tambem por, como consequencia do crime anterior, privar a bebe do direito de ser amamentada pela mae, limitada a ingerir leite em po enlatado contra a vontade dos pais.

A funcionaria publica do programa denominado Primeira Infancia Menor, da mesma cidade, Marta Raquel de Almeida [apos publicacao desta reportagem, a dita-cuja alterou nome no Fecabook para Almeida de Almeira, e substituiu suas fotos principais da rede social por plantas e animais], outra grande canalha, solta delinquente que deveria ser investigada e condenada por:

1. Ter se passado por conselheira tutelar, quando busquei tal Conselho para denunciar o que ocorria na Maternidade proxima dali; 2. Ter mentido, ao justificar que "a Maternidade nao tem estrutura para permitir que bebes sejam visitado pelos pais, nao ha espaco", visto que e direito da crianca ser nao apenas visitada pelos pais, mas que eles permanecam 24 horas na companhia dos filhos se assim desejarem, e mais ainda, que a mae amamente sua bebe recem-anscida; 3, Por ter afirmado/intimidado a familia ao dizer que esta nao poderia deixar o Brasil; e 4. Por, dias mais tarde, ter retido uma solicitacao medica para exame da minha bebe, fazendo-se passar por responsavel pelo encaminhamento daquele tipo de exame, enquanto nao era, e pior: ela reteve o pedido ate que eu descobrisse a mentira e minha bebe pudesse ser submetida ao respectivo exame. Ate quando ela reteria a solicitacao? Por que e para que estava retendo-o? Sobre quem recairia a (ir)responsabilidade de a bebe nao ser submetida a tal exame?

Deveriam ser investigados e condenados os criminosos funcionarios dos ministerios publicos de Santana do Livramento e de Itajai, pelos atos coercitivos contra mim e pelas negativas de sequer registrar minhas denuncias - investiga-las como devido, jamais.

Alem do proprio chefe noturno da Enfermagem da Maternidade de Santana do Livramento, cujo primeiro nome era Marcos, e a diretoria da Santa Casa que tambem se omitiram quando os procurei tentando garantir os direitos da minha bebe. E por terem negado por diversas vezes entregar-me o historico da minha filha. Marcos ainda impediu a mae da bebe de permanecer no corredor da Santa Casa de madrugada, a fim de, a cada duas horas que fosse como implorado pela mae, visitar a bebe recem-nascida: deixou o local a noite chorando, distante da filha, com a imploracao recusada friamente: "Nao e permitido".

Deveriam ser condenados os funcionarios do Centro de Saude de Itajai, por terem "perdido" o historico que continha a omissao do medico que se negou a ler o exame, que ele mesmo havia soliticado a minha bebe. Deveria ser investigado e condenado este falso medico, hoje aposentado.

Uma serie de criminosos que saturam o funcionalismo publico brasileiro, servindo para blindar o corrupto Estado brasileiro, e blindados por ele. Fazendo o que bem entendem da maquina publica, uma bem conhecida mafia.

Deveriam ser investigados e condenados os que invadiram e invadem minhas contas eletronicas, que apagaram mensagens incluindo chamados profissionais, alem de terem me ameacarado de morte. Gente que se passou por mim na Internet inclusive com o fim de me difamar.

Engana-se quem acha que as mamatas disfrutadas por maus funcionarios publicos limita-se apaneas a algumas mordomias e uma maior visibilidade como, por exemplo, ocupar as primeiras filas nas quermesses da Igreja, posar para fotos ao lado do padre nas reunioes oficiais da cidade e outros tantos papeis desempenhados como papagaio de pirata.

O funcionalismo publico brasileiro em geral, trata-se de uma mafia que rouba muito dinheiro do erario, manipula, troca favores, enfim, e uma cadeia bem fechada, fortemente unida em seus amplos privilegios. Inimigo mortal e o cidadao que ousa questiona-los. O Estado pode ser facil e amplamente utilizado para ataca-los - o que ocorre com muita frequencia Brasil afora.

A prioridade dessa gente nao e proteger a populacao, mas o Estado - especialmente defender o Estado (i.e., o establishment) da populacao, seu maior estorvo a nao ser quando se trata de pagar impostos e servir como massa de manobra, principalmente para fins eleitoreiros/politiqueiros..

Exatamente entre essa classe de gente, donos de um poder canalha, estao os piores traficantes de droga e praticantes de toda a sorte de bandidagem. Possuem potencial para o mal muito pior que bandidos comuns.

Estas conclusoes sobre o funcionalismo publico brasileiro nao se tratam de nenhuma grande engenharia sociologica: basta refletir, com senso minimamente critico que seja, como a sociedade e tratada por aquele segmento, e conhecer um pouco a estrutura do Estado.

Em abril de 2018, diante do cenario nacional e tudo o que me acometia, aquela propaganda presidenciavel de Jango filho era muito linda, muito obrigado, Janguinho, e tchau, tchau, Brasil! O pai nao quis esperar, nem pode, o que pretendia o sombrio Estado brasileiro contra a familia. Nem a bebe poderia mais crescer em um ambiente caoitico como aquele.

Fomos embora companheira, bebe e eu de maneira dramatica, no que envolveu e requereu o grande "teatro" armado por mim, ja mencionado, enquanto eu corria contra o tempo para que pudesse cruzar a fronteira brasileira. Foi realmente dramatico, e o Estado canalha com seu funcionalismo profundamente mafioso nao estava brincando.
"Herói de Carne e Osso, a Melhor Descrição de um Nobre Ser Humano"

"É melhor morrer de pé, que viver de joelhos" (Emiliano Zapata)


"Herói de carne e osso, a melhor descrição de um nobre ser humano", comentaram nas redes sociais sobre este autor os cidadaos bolivianos Eduardo Descarpontriez e Yadi Coa, na semana passada.

"Me orgulho muito dissto tudo que tenho passado, sim, Linda", respondi a jornalista cruzenha, em determinado momento da entrevista na radio. Para mais adiante acrescentar: "Faz parte da nossa luta o que estou enfrentando... e tambem faz parte desta luta superar isso tudo. Quando comecei a estudar Jornalismo, sabia que iria passar dificuldades no futuro, exercendo o oficio", disse eu enquanto notava os olhos arregalados da Linda, paralisada, com minha bebe em seus bracos.

"Nao se deve medir esforcos por ser honesto, por um mundo melhor e por seus ideais. Algum dia, quando eu contar tudo isso a esta bebe, todas as dificuldades e dramas que passamos juntos, ela vai se orgulhar do pai que tem": desta maneira, encerrei a entrevista com Linda Gonzales em uma chuvosa e fria tarde de Santa Cruz de la Sierra.
Palavras do Coração

"Jamais aceitaremos a paz das sepulturas" (Rafael Correa)


La fora a chuva fria, no estudio o calor humano reciproco, no ar o brilho nos olhos da locutora de radio e a certeza de um novo amanha por parte do entrevistado. Por mais que o dia de hoje custe a passar.

Meu maior motivo de honra nao se apoia sobre materialismo nem em grau de conhecimento, mas naquilo que todo ser humano deveria se orgulhar de si mesmo: brio, honestidade e solidariedade, a que pesem todas as minhas limitacoes e defeitos.

Linda e alguns ouvintes parecem ter entendido esta mensagem, cuja compreensao significaria mais uma grande vitoria em minha vida jornalistica na tentativa de gerar um pouco mais de consciencia, rumo a um mundo mais justo e humanitario livre de corrupcao, dor, fome e guerras.

Por isso tudo, nao tenho duvidas de que ambas as afirmacoes acima, a dos admiradores bolivianos e a minha sobre a filha e mim mesmo no futuro, sao absolutamente verdadeiras. Maior tapa na cara dos que tentaram acabar com minha vida jornalistica, e com minha propria vida humana e a da minha filha.

Vida que hoje, como argumentado no inicio, nao pode ser dissociada, nem jamais sera, da Pravda, outra paixao. "Jamais deixarei de atuar como jornalista, e seguir adiante com minha linha de atuacao", afirmei na Radio El Deber, questionado se seguiria ou nao... "Sao dois objetivos, Linda: fazer essa menina crescer educada e saudavel, e manter vivo meu oficio jornalistico". Atividade hoje desempenhada, desde janeiro de 2016 na trincheira, em pe de luta com o irmao Timothy "Timi" Hinchey.

Viveremos e venceremos! E que viva a Russia!
Ventos de Mudança

Caminhei até Moscou / Descendo para o Parque Gorky / Ouvindo o vento de mudança / O mundo está se fechando / Você já pensou / Que nós poderíamos estar muito unidos, como irmãos? / O futuro está no ar / Sinto isso em todos os lugares / Soprando com o vento de mudança / Leve-me à magia do momento / De uma noite de glória / Onde as crianças de amanhã sonham / Com o vento de mudança / O vento da mudança sopra certeiro / Sobre o rosto do tempo / Como o tornado que há de tocar / O sino da liberdade para a paz de espírito / Que sua balalaica cante / O que minha guitarra quer dizer

O pessimista reclama do vento; o otimista espera que ele mude; o realista ajusta as velas. Que venha 2021


Author`s name
Timothy Bancroft-Hinchey