FARC: Comprometido com o processo de paz
Conselho Político Nacional
O Chanceler Carlos Holmes Trujillo, numa insólita intervenção ante o Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos, OEA, reunido em Washington, de maneira irresponsável e sem provas que sustentem suas afirmações, responsabiliza ao companheiro Rodrigo Granda de sustentar reuniões clandestinas na Venezuela com Iván Márquez para traçar estratégias políticas contra o governo colombiano e inspecionar supostos bens que as FARC-EP teriam deixado nesse país.
Ignoramos o que busca o governo ao fazer esse tipo de afirmações recorrendo à calúnia e à infâmia sem reparar nos nocivos resultados de tal conduta que faz parte da estigmatização contra a Direção e a militância do Partido Força Alternativa Revolucionária do Comum. Não é gratuito que há apenas algumas semanas altos funcionários do Estado acusaram falsamente a outros dois dirigentes nacionais, Albeiro Córdoba e Rafael Político, de fazerem parte do grupo auto excluído de nosso partido que voltou ao rearmamento, que não compartimos.
O companheiro Granda é nosso responsável ante a Comissão de Seguimento, Impulso, Verificação à Implementação do Acordo de Havana, CSIVI, onde participam a ministra do Interior, Nancy Patricia Gutiérrez; o Conselheiro para a Estabilização e a Consolidação, Emilio Archila, e o Alto Comissionado de Paz, Miguel Ceballos; ali jamais se tocou no tema do qual diz ter conhecimento o Chanceler colombiano.
Em nome de quem falou o Chanceler na OEA? Essa mesma informação repousa em mãos do presidente Duque?
Todas as atividades de integrantes do Partido são públicas, a Jurisdição Especial para a Paz expede permissões de saídas do país com exigências demasiado rigorosas. Cada um de nós conta com um enlace da polícia nacional e pessoal do esquema de segurança da UNP nas 24 horas.
Exigimos do governo nacional que se nos brindem plenas garantias para nossa atividade política; fazemos o Chanceler Carlos Holmes Trujillo responsável pelo que possa ocorrer a nossos companheiros, por sua conduta oficial ante um organismo internacional que compromete o direito à vida e, consequentemente, recorreremos a todas as instâncias judiciais competentes.
Reafirmamos uma vez mais que estamos plenamente comprometidos com o processo de paz e sua implementação integral.
Conselho Político Nacional da Força Alternativa Revolucionária do Comum FARC
Bogotá, D.C
11 de Setembro de 2019
Tradução > Joaquim Lisboa Neto