Venezuela. Presidente Maduro rende tributo a Jorge Eliécer Gaitán a 71 anos do vil assassinato
Ao se cumprir 71 anos do assassinato do político e lutador social colombiano, Jorge Eliécer Gaitán, o presidente da República Bolivariana da Venezuela, Nicolás Maduro, recordou o legado de luta que deixou aos povos do mundo.
"71 anos se cumprem do vil assassinato do grande bolivariano Jorge Eliécer Gaitán. A oligarquia colombiana não pôde nem poderá apagar a voz dos povos que clamam por justiça e independência. Venezuela rende homenagem a sua memória. Viva para sempre Gaitán!", escreveu o Chefe de Estado através de sua conta na rede social digital Twitter.
Jorge Eliécer Gaitán nasceu em Bogotá, Colômbia, em 23 de janeiro de 1903. Foi um dirigente político colombiano cujo assassinato no ano de 1948 provocou o movimento popular conhecido como o "Bogotazo".
Forjou uma reputação como orador e defensor de causas populares, que consolidou graças a suas intervenções no debate sobre o Massacre das Bananeiras de 1928. Com o assassinato de Gaitán, surgiu o conflito armado mais longo do continente, que deixou mais de 200 mil mortos e 5,3 milhões de deslocados em mais de meio século.
Desde muito jovem se dedicou à política, contradizendo a seu pai, quem desejava que seu filho fosse contabilista -assim chamavam aos contadores públicos-. Foi eleito nos anos 1924-1925 deputado à Assembleia de Cundinamarca e quando regressou da Itália foi eleito em 1928 representante do Partido Liberal à Câmara de Representantes. Ante os acontecimentos dos primeiros dias de dezembro de 1928, quando os trabalhadores da "United Fruit Company" foram massacrados pelo Exército do Governo, Gaitán visitou o estado do Magdalena e recolheu depoimentos dos sobreviventes. Com seu salário de parlamentar ajudou economicamente as viúvas e os órfãos afetados por este fato de violência, conhecido como O massacre das bananeiras. Gaitán foi chamado "O tribuno do povo' por longos e acalorados debates contra o governo de Miguel Abadía Méndez, que afetaram a "hegemonia conservadora".
Em 1931 foi eleito presidente da Câmara de Representantes e apresentou propostas para uma reforma agrária, a propriedade rural, acompanha desta palavra de ordem: "A terra é de quem a trabalha e o latifúndio é a terra ociosa".
A 9 de abril de 1948, quando saiu para almoçar, Gaitán caiu mortalmente ferido pelos disparos de Juan Roa Sierra, na sétima esquina, perto da Avenida Jiménez. Uma hora depois morreu na Clínica Central, a poucas quadras do atentado.
Tradução > Joaquim Lisboa Neto
Fonte: Agências