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Declaração partido FARC frente ao atentado na Escola de Polícia General Santander

Declaração partido FARC frente ao atentado na Escola de Polícia General Santander

Declaração partido FARC frente ao atentado na Escola de Polícia General Santander

Autor: 
Conselho Político Nacional

"Expressamos nossa solidariedade às vítimas e seus familiares e convocamos todos os setores do país a persistirem na construção de um pacto nacional que arranque a violência e as armas do exercício da política".


O Conselho Político Nacional da Força Alternativa Revolucionária do Comum, que neste momento se encontra reunido, condena enfaticamente o atentado com carro-bomba contra as instalações da Escola de Polícia General Santander, no sul da capital do país, que ceifa a vida de pelo menos 8 pessoas e um número plural de feridos.


Ante a gravidade do ocorrido e suas repercussões, é necessário que as autoridades estabeleçam no menor tempo possível e com toda clareza os responsáveis pelo mesmo. 
Este fato gera incerteza em meio a um crescente despertar da mobilização nacional, em rechaço às políticas governamentais e o repúdio generalizado ao assassinato de líderes sociais e de ex-guerrilheiros, que ainda não encontram resposta assertiva por parte do governo.


Apesar da compreensível dor que causa este tipo de violência, o governo nacional e o país não podem se deixar levar pela histeria belicista e pelas soluções militaristas. A paz pela via do diálogo é o caminho; a experiência das últimas décadas assim o demonstra, outro tipo de soluções não fazem mais que aumentar o número de vítimas, que já somam milhões.
Expressamos nossa solidariedade às vítimas e a seus familiares e convocamos todos os setores do país a persistirem na construção de um pacto nacional que arranque a violência e as armas do exercício da política.

Conselho Político Nacional, Força Alternativa Revolucionária do Comum. FARC.
17 de janeiro de 2019
Tradução > Joaquim Lisboa Neto

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A QUEM SERVE UM ATENTADO AGORA?
O atentado com carro-bomba à Escola de Polícia General Santander tem um odor de provocação da extrema-direita; que casualidade ...é o pretexto perfeito que Duque necessitava para liquidar o processo de diálogos com o ELN, pretexto que já vinha buscando desde que tomou posse. Certamente a inteligência militar tem as mãos metidas neste fato. Agora virá o de sempre: capturas indiscriminadas e falsos positivos para demonstrar "a efetividade do Estado".
Esta provocação vem se somar à nova onda de ameaças e assassinatos seletivos e sistemáticos de líderes sociais com que começou o novo ano. A reativação paramilitar de mãos dadas com a força pública. Toda uma estratégia monstruosa para gerar um clima de terror que justifique a militarização e a repressão contra a população.
Os meios de comunicação já começam a chamar a "blindar ao presidente Duque".
É hora da convergência popular, da mobilização contra as provocações do estabelecimento, para exigir o cessar dos assassinatos de líderes, o desmantelamento imediato do paramilitarismo e do Esmad, para reclamar a implementação dos acordos de paz e os diálogos com o ELN.
Tradução > Joaquim Lisboa Neto

 


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Timothy Bancroft-Hinchey