Chile treme, de frio

Chile treme, de frio


Santiago do Chile, 12 jun (Prensa Latina) Falar de tremores no Chile é um assunto pouco agradável devido à constante ameaça de terremotos que sofre o segundo país mais sísmico do mundo, mas agora a palavra está em uso pelo intenso frio polar.

Prévia da temporada de inverno que oficialmente começa dia 21 de junho, o país austral enfrenta há 15 dias várias frentes que chegaram sucessivamente, a mais forte há quatro dias.

A possibilidade de uma nevasca em Santiago do Chile parece quase uma curiosidade para uma cidade sob proteção da Cordilheira dos Andes e vários morros. Mas com um manto branco nas montanhas, a cidade também foi contagiada pelos flocos.

Ruas e estradas ficaram cobertas de neve, ainda que depois a chuva insistente tenha limpado um pouco as vias. No entanto, as temperaturas que se moveram na ordem dos zero graus nestes dias voltaram a cair.

Uma madrugada com média de -5 graus Celsius, restos de granizo e neve, ventos de até 100 quilômetros por hora dominaram o ambiente no território nacional, com maior impacto no sul e centro do Chile.

As aulas continuaram suspendidas em grande parte da região Metropolitana (onde está Santiago). Segundo a Direção de Meteorologia, será em Coyhaique, na Patagônia, onde se registrará a menor temperatura do país, -10 graus Celsius.

O cientista Boris Salinas considerou que já os momentos mais difíceis passaram, ainda que o clima continuará com algumas precipitações menores e, em especial, o resto da semana seguirá gelado.

Mais de sete mil pessoas isoladas no sul do Chile já começaram a voltar à normalidade. O mesmo acontece, mas de forma paulatina, com milhares de residências que ficaram sem energia elétrica nas últimas horas.

O Escritório Nacional de Emergências (Onemi) do Ministério do Interior informou que a maioria das 41 mil moradias que tiveram problemas com a eletricidade na Araucania (sul), Metropolitana e Bio Bio, no centro, já recuperaram o serviço,

O clima cobrou antes cinco vítimas mortais, pessoas sem casa que viviam nas ruas. O Governo adotou medidas emergentes para oferecer albergue e comidas aos indigentes.

As nevadas de julho de 2017 nesta capital foram as mais intensas ocorridas em décadas, segundo especialistas.

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Timothy Bancroft-Hinchey