Defendendo o direito dos povos à paz e à segurança, e rejeitando o belicismo crescente da Aliança Atlântica, o CPPC promove, em conjunto com outras organizações, iniciativas públicas contra a NATO e a cimeira que tem lugar dia 25 em Bruxelas.
A NATO tem estado a reforçar o seu flanco leste, para fazer frente àquilo que designa como «ameaça russa»Créditos/ theissue.com
As acções anunciadas têm lugar às 18h de dia 24, em Lisboa (Largo de Camões), e de dia 25, no Porto (Rua de Santa Catarina, junto ao Via Catarina), e visam denunciar a natureza agressiva da Aliança Atlântica, cuja acção viola os princípios das relações entre estados inscritos na Constituição da República Portuguesa e na Carta das Nações Unidas.
Em simultâneo, ambas as iniciativas irão denunciar os propósitos belicistas subjacentes à cimeira da NATO que, no dia 25 de Maio, se realiza em Bruxelas e exigir a dissolução deste bloco político-militar.
Esta informação está acessível na página do Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC), num documento intitulado «Sim à Paz! Não à NATO!» e já subscrito por cerca de duas dezenas de organizações, em que se incluem a CGTP-IN, o MDM, o MPPM, a JCP, a Ecolojovem - «Os Verdes», o MURPI e a Associação Iúri Gagárin.
Nele, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO na sigla em inglês) é caracterizada como um bloco político-militar responsável por guerras de agressão contra estados soberanos e cujos países-membros participaram em intervenções militares - ou as apoiaram - nos mais variados pontos do mundo, levando a destruição, a morte e o sofrimento a inúmeros povos.
Sublinhando que a «NATO é um instrumento militar dos EUA» e que a União Europeia «se assume como o pilar europeu da NATO», o texto caracteriza esta organização como «a principal ameaça à paz na Europa e no mundo», destacando o seu belicismo crescente, a sua presença cada vez maior no Leste da Europa e a sua vasta rede de bases militares espalhadas pelo mundo.
O CPPC e as demais organizações subscritoras salientam que «o povo português, em importantes momentos, expressou a sua clara opção pela Paz e contra a participação de forças portuguesas em agressões a outros povos», e reafirmam a necessidade de se «respeitar as aspirações à paz do povo português», lembrando que essa vontade «não foi respeitada por sucessivos governos, que deram o seu apoio às acções da NATO».
As organizações que fazem seu este documento juntam «a sua voz ao movimento da Paz na Europa, ao Conselho Mundial da Paz e a todos os homens e mulheres que denunciam a natureza agressiva da NATO e os objectivos belicistas da sua cimeira», e, entre outras medidas, exigem: o fim do financiamento da NATO e das guerras; o fim das guerras de agressão e ocupações militares por parte da Aliança Atlântica; o desmantelamento do sistema anti-míssil dos EUA/NATO e o encerramento das bases militares em território estrangeiro; o apoio aos deslocados e refugiados, vítimas das guerras promovidas e apoiadas pela NATO; a abolição das armas nucleares e das armas de destruição massiva, e o desarmamento geral; a dissolução da NATO; o cumprimento, por parte das autoridades portuguesas, dos princípios da Constituição da República Portuguesa e da Carta das Nações Unidas, na consecução da sua política externa.
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