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Julgamento de Presos Políticos Saharauis do grupo de Gdeim Izik adiado

Julgamento de Presos Políticos Saharauis do grupo de Gdeim Izik adiado

Julgamento de Presos Políticos Saharauis do grupo de Gdeim Izik adiado

O julgamento civil do grupo de Gdeim Izik iniciou-se ontem 26 de dezembro no tribunal de primeira instancia de Sale.

Varias dezenas de observadores internacionais, advogados, juristas e activistas de direitos assistiram ao julgamento. A activista de direitos humanos, Isabel Lourenço foi a unica observadora portuguesa, havendo observadores de Espanha, França, Reino Unido, Alemanha, Dinamarca, Noruega, Bélgica e Suiça.

Os 21 presos entraram no tribunal a gritar palavras de ordem e vestidos com daraas (traje tradicional saharaui)

De imediato foram colocados num local rodeado de vidro sem poderem ouvir o que se dizia no julgamento.

Durante quase 9 horas com pequenas pausas de vários minutos o inicio deste julgamento centrou-se em questões relacionadas com novos advogados por parte da acusação, a presença de advogados estrangeiros e os procedimentos técnicos relativamente à tradução.

Dois dos advogados francese tinham autorização de integrar a defesa devido ao acordo existente entre França e Marrocos, no entanto o juiz não queria permitir que utilizasem o microfone sendo um dos advogados de defesa locais a fazer a tradução ao microfone.

As familias dos presos não foram permitidas entrar no julgamento nem os tradutores saharauis, ficando a tradução simultanea a cargo do tribunal que tinha cabines de tradução para inglês, francês e espanol.

A sala do tribunal estava repleta de militares, policias e agentes à paisana, para além de civis marroquinos.

O julgamento foi adiado para dia 23 de Janeiro com a justificação que Mohamed Ayoubi não estava presente, Ayoubi encontra-se em liberdade condicional e relembramos que Abderahman Zeyou e Taki El Machdoufi que foram libertados em 2013 também foram convocados para serem novemente julgados e estavam no tribunal.

Apesar de os advogados terem exposto as razões para que os presos aguardassem o julgamento em liberdade as mesmas não foram aceites.

O adovado de defesa frances mencionou varias vezes a decisão do Comité de Prevenção de Tortura da ONU o que foi rejeitado pelo juiz que afirmou que isso não estaria dentro das justificações possiveis para a liberdade condicional dos presos.

Durante toda a semana a Tv marroquina fez uma campanha em que tentam dar a ideia que se tratam de criminosos e não de presos politicos chegando ao ponto de afirmarem que se os presos não entrassem com palavras de ordem veriam as suas penas reduzidas.

O grupo saiu do tribunal como entrou entoando Labadil Labadil Antamrir al Massir . Não há outra solução que não seja a autodeterminação.

Fito Alvarez Tombo

Redacción de


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Timothy Bancroft-Hinchey