Israel provoca Brasil com vistas à desintegração regional e à III Guerra Mundial

O primeiro-ministro israelense de extrema-direita, Benjamin Netanyahu, tão famoso pela política de linha-dura, aguarda desde agosto posição do governo brasileiro sobre indicação de Dani Dayan como novo diplomata de Israel no Brasil.

Está esperando e ameaçando o governo brasileiro. Ainda assim, seguirá esperando por muito tempo ao que tudo indica. Ele mesmo sabe bem disso - sempre soube, na verdade.

Um dos líderes mais terroristas da história contemporânea está cansado de saber: não está lidando com um brasileiro defensor de suas "políticas" tais como o ex-candidato presidencial Aécio Neves (afilhado político de Fernando Henrique Cardoso, lacaio de Washington e de Tel-Aviv), cujo playboy (famoso como tal em seus círculos de amizade) no início dos anos 80 surfava sobre as ondas da badalada praia de Ipanema na cidade do Rio de Janeiro, onde ocupava altos cargos profissionais indicados por familiares políticos - jamais por competência -, enquanto a atual presidente brasileira estava presa e sendo torturada por lutar contra a sangrenta ditadura militar no país sul-americano.

Justamente aí, reside um dos caminhos às evidências de que o que Israel quer é uma "crise diplomática" com o Brasil, enquanto Netanyahu que aplicará duras medidas contra o País, sem definir quais serão elas.

Esta provocação possui objetivos que se tornam bem claros se fizermos, aqui, o que a mídia de embaralhamento da consciência coletiva não faz: utilizar a verdade dos fatos em contexto ao invés de uma torrente de informações, apenas para confundir a opinião pública [revelações de John Perkins, economista com anos de serviços prestados ao governo dos EUA, no livro Confessions of an Economic Hit Man (http://resistir.info/livros/john_perkins_confessions_of_an_economic_hit_man.pdf) (Confissões de um Assassino Econômico) apontam como sendo exatamente essa a estratégia da grande mídia internacional, e ainda acrescentou: "A maioria dos meios de comunicação - jornais, revistas, editoras, emissoras de TV e estações de rádio - é de propriedade de grandes corporações internacionais, as quais não têm o menor escrúpulo em manipular as notícias que divulgam"].

Provocação ao Gigante Sul-Americano

Apenas a designação de Netanyahu para que Dayan represente Israel no Brasil, já foi anunciada de maneira um tanto "exótica" e nada diplomática: via conta pessoal no Tuíter.

Diante deste comportamento oficial com aspecto de molecagem por parte do governo sionista que dispensa maiores comentários, não causa surpresa ao primeiro-ministro e nem a nenhum cidadão em sã consciência, que a presidente brasileira não tenha aceitado a indicação arrogante por parte de um Estado autoritário que, ao lado dos Estados Unidos, comete os piores crimes contra a humanidade pós-II Guerra Mundial. Principalmente, levando-se em consideração a personalidade briosa e o histórico ativista de Dilma. 

Assim, a conclusão óbvia mesmo dos mais ingênuos é que, já no ato da publicação via Tuíter, Netanyahu tinha plena consciência do mal-estar que causaria entre seu belicista país e a maior economia latino-americana.

Outro fato que gera no mínimo muita curiosidade é que, exatamente no gigante sul-americano que há tempos deixou de ser completamente servil aos mandamentos de Tel-Aviv e de Washington, ao mesmo tempo que tem se integrado à América Latina como nunca antes na história (região outrora considerada publicamente o "quintal dos Estados Unidos"), Netanyahu tenha designado um "diplomata" gera profunda antipatia a começar dentro de Israel por suas duras posições. Dayan é abertamente favorável aos criminosos assentamentos na Cisjordânia, de maneira que tal indicação tem causado certa turbulência na própria política israelense.

Sobre isto, para tornar os fatos ainda mais claros dentro deste contexto, a presidente Dilma Rousseff tem se posicionado contra os assentamentos e bombardeios de Israel contra a Palestina, votando inclusive na ONU favoravelmente à criação do Estado palestino.

Desintegração Regional

Levando-se em consideração a geopolítica global, reforçada pelos segredos de Estado dos Estados Unidos e seus aliados em todo o mundo divulgados, torrencialmente, porWikiLeaks (através de mais de 250 mil telegramas oficiais confidenciais, secretos e ultra-secretos) e Edward Snowden, os objetivos velados de Washington, agonizante Império, têm sido acirrar a "Guerra ao Terror" a fim de espalhar suas bases militares e ampliar seu domínio global, apoiado em subimperialismos, seus Estados-fantoche ao redor do mundo [entre eles, Londres, Madrid, Paris, Bogotá, Santiago, Riad, Doha, Ancara etc (*)].


Isso já se iniciou logo dos ataques do 11 de Setembro, quando George W. Bush, no mesmo dia antes mesmo de qualquer grupo terrorista ter reivindicado os atentados (nunca nenhum deles fez isso, e nem sequer há evidência, por menor que seja, que aponte a algum terrorista a não ser a ataques perpetrados de dentro dos próprios Estados Unidos), sentenciou: "Ou [cada país] está ao nosso lado, ou ao lado dos terroristas".

Estava implícito neste ameaçador discurso o claro objetivo de polarizar o mundo.

Ao longo das duas últimas décadas anos, diversos países da América Latina, que não tem se alinhado às políticas de Washington, sofrem profunda pressão externa e por parte das velhas oligarquias locais, conforme se espalham e consolidam governos progressistas na região. 


Por parte dos Estados Unidos, tem havido evidentes e inúmeras tentativas de desestabilização, boicotes, assassinatos presidenciais (Hugo Chávez, Nicolás Maduro, Evo Morales, Rafael Correa), intervenção (Honduras no golpe contra o presidente Manuel Zelaya, e indiretamente no Paraguai por ocasião da derrubada do presidente Fernando Lugo), e até inclusão na lista de "ameaça extraordinária aos Estados Unidos", declarada contra a Venezuela no primeiro semestre do ano passado pelo governo de Barack Obama, além das constantes invasões ao espaço aéreo venezuelano ao longo da última década pelos Estados Unidos. 

Algum tempo depois do 11 de Setembro e da subsequente declaração da "Guerra ao Terror", exatamente o Brasil esteve bem próximo de ser incluído no Eixo do Mal pelos Estados Unidos por supostos terroristas árabe-islamitas transitando e tramando "novos ataques" internacionais na tríplice fronteira brasileira, com Argentina e Paraguai.

Porém, desgraçadamente aos objetivos imperialistas, os países latino-americanos sob governos progressistas têm evitado confrontos verbais e diplomáticos, dentro e fora da região, seguindo na prática o discurso de paz tanto quanto possível. Tome-se como exemplo o escândalo apresentado por Snowden, motivo para, no mínimo, romper-se relações diplomáticas com os Estados Unidos.

Enquanto isso, um dos entraves globais para a estratégia de dominação completa por parte de Washington é, exatamente, a existência da nação palestina em vias de extermínio pelo Estado sionista, sempre apoiado fielmente por Tio Sam sob conivência da chamada comunidade internacional (para nem mencionar a profunda omissão das fajutas organizações internacionais de direitos humanos).

Pois a tal "Guerra ao Terror" - que se apoia no acirramento artificial do ódio entre cristãos e islamitas em todo o mundo promovido, sobretudo, pela propaganda midiática e pelas "comunidades religiosas parceiras" de Washington (sobre isto, leia Estudos Científicos Apontam Religiões como Histórico Fator de Tensão Social) e pelo Estado sionista com o objetivo de dividir e enfraquecer o mundo árabe - é o estopim para a tão esperada III Guerra Mundial, com a qual contam as sociedades secretas que governam este mundo a fim de estabelecer sua agenda denominada Nova Ordem Mundial.

Os governos de Lula e de Dilma jamais apoiaram os crimes de guerra norte-americanos, suas invasões unilaterais seguidas de genocídio, pelo contrário: sempre se posicionaram contra. Assim como, já mencionado, os crimes de guerra de Israel contra Cisjordânia e Faixa de Gaza.

Os mencionados governos brasileiros têm confrontado os ditames de Washington em geral, algo apenas visto por ocasião do ex-presidente João Goulart, derrubado inconstitucionalmente pela ditadura militar, arquitetado e financiado exatamente pelos Estados Unidos.

Vale observar que tal confronto do Itamaraty em relação à Casa Branca não se dá sem uma boa dose de hipocrisia, pois na prática nunca houve tanta evasão de divisas no Brasil quanto na última década e meia, apenas para citar um exemplo.

Por outro lado, uma das peças-chave na montagem deste quebra-cabeça é que os governos do Partido dos Trabalhadores (PT), no poder desde 2003, têm - com certa timidez, é verdade - tentado proteger a estatal petrolífera Petrobras do assédio dos setores privados (em sua maioria, estadunidenses).

A América Latina não apenas tem se integrado de maneira inédita, como seus principais personagens - tendo no Brasil líder natural pelo tamanho geográfico e econômico - emitem constantemente opiniões e elaboram políticas antiimperialistas. Especialmente contra a autodenominada "Guerra ao Terror", contra a qual o ex-presidente Hugo Chávez se opunha fortemente, não poucas vezes indo à público com imagens condenando o morticínio no Oriente Médio.

Mais que isso: a região é detentora das maiores reservas petrolíferas do globo, que repousam sob solo venezuelano; somadas "apenas" às brasileiras, as reservas da região fazem com que o conjunto de países latino-americanos, que têm substituído a competitividade pela cooperação, não precisem em nada do Oriente Médio, fonte de invasões imperialistas em nome justamente do ouro negro.

E nem os próprios Estados Unidos precisariam mais da longínqua região meio oriental, de onde suas embarcações marítimas levam, dependendo do país em questão, mais do dobro do tempo de navegação em comparação com as viagens marítimas aos confins da América do Sul.

Diante disso, provocar o Brasil (longe de ser bolivariano, mas apoiador desta revolução bem como da integração latino-americana, ambas temida pelas grandes potências), agitar ainda mais sua situação política e o fragilizado governo além de, posteriormente, aplicar até sanções diplomáticas através das más relações, é o caminho mais curto para a tão desejada desintegração regional boicotada desesperadamente por Washington, segundo telegramas secretos emitidos por WikiLeaks (uma pequena parte deles e de artigos relacionados a eles, neste sentido, podem ser lidos aqui), além de todas as evidências presentes nos fatos diários.

E Israel com isso?

Empresários sionistas e a própria cúpula política israelense controlam muito mais que a mídia norte-americana, enquanto detentores de ações em emissoras como CNNFox NewsCBS News, entre outros tantos meios de comunicação norte-americanos.

Do "Pentágono midiático-propagandista", manipulado segundo os interesses sionistas, saem as pautas diárias da grande mídia em todo o mundo. E a estes chegam igualmente o sustento financeiro não apenas através de anúncios (bancos, indústria farmacêutica, transnacionais), mas também por meio de "reportagens" e "entrevistas" encomendadas conforme temos noticiado, exaustivamente e com apresentação de evidências, nestas páginas.

Israel (maior beneficiário com as "ajudas" militares do governo dos Estados Unidos em todo o mundo com cifras atuais na casa dos U$ 3,5 bilhões, além de ambos os países serem mutuamente os maiores compradores de armas há muitas décadas) é por outro lado o direto financiador da política e da própria economia norte-americana, proprietário (na acepção do termo) de nada menos que o Federal Reserve(Fed, banco central norte-americano), através dos mesmos acionistas que também integram ou estão relacionados ao governo sionista.

Na política, comanda o Capitólio e a Casa Branca através da AIPAC, mais poderoso lobbypolítico do mundo (leia O Poder da AIPAC e os Espíões de Israel), que apenas em 2015 despejou 6 bilhões de dólares em seu conhecido lobby sobre a melhor "democracia" que o dinheiro pode comprar, exatamente a norte-americana, que tem imposto seu falido sistema ao mundo através da força e da sutil propaganda. Sobre o financiamento sionista a todas as esferas da política dos Estados Unidos, leia no sítio canadense Global Research:Israel's Command of White House and US Congress, Financed by $6bn through the AIPAC Lobby in Washington.


As campanhas eleitorais estadunidenses estão completamente vendidas ao capital-interesseiro do Estado sionista, governante virtual da única superpotência mundial. Foram estes mesmos interesses que assassinaram o ex-presidente John Kennedy, quem prometia acabar não apenas com a CIA (maior parceira das ações sionistas em todo o mundo), como também com as sociedades secretas, integradas em grande parte pelos banqueiros internacionais.

Isto nos remete de volta à economia dos Estados Unidos: 100% das ações do Fed pertencem aos bancos privados. Estes, em sua imensa maioria, são de posse de sionistas. Sobre isto, leia Who Owns the Federal Reserve Bank-and Why is It Shrouded in Myths and Mysteries?, e Who Owns The Federal Reserve?, ambos também no Global Research.

Desta maneira, conclui-se que os Estados Unidos, que por sua vez se apoiam em Israel para ameaçar e invadir países árabes do Oriente Médio sob pretexto de garantir a segurança daquele Estado (criado em ferimento às leis internacionais em 1948, e assim mantido ao longo das décadas), são o grande poder, sim, mas apenas debaixo dos holofotes: quem possui o domínio real, midiático, político e econômico sobre os Estados Unidos é o Estado sionista. Também Tio Sam é um fantoche deste.

III Guerra Mundial


As palavras de David Rockefeller, bilionário banqueiro, cabeça do Império norte-americano, um dos oito donos do Fed  e membro do Grupo de Bilderberg, organização secreta idealizadora da Nova Ordem Mundial, servem muito bem para finalizar o entendimento sobre os objetivos dos pouquíssimos tomadores de decisão globais:

Estamos à beira de uma transformação global. Tudo que precisamos é de uma grande crise, e as nações aceitarão a Nova Ordem Mundial.


A estratégia para se alcançar esta transformação global, certamente, não se limita à guerra promovida pelos porões do poder em busca de petróleo, a do Cristianismo contra o Islã que polariza exatamente as duas maiores religiões do mundo, e nem muito menos às desintegrações regionais que ameaçam aos interesses imperialistas representados hoje muito mais que por Barack Obama, mas por Netanyahu.

A consequência de tal guerra religiosa e "dividir para conquistar" (máxima da organização secreta Illuminati), é o mote da Nova Ordem Mundial: uma III Guerra Mundial. A provocação com subsequente ameaça de medidas duras por parte de Israel contra o líder da região mais rica em biodiversidade e uma das mais ricas em petróleo do mundo, certamente segue esta agenda.

A conjuntura global aí está, para ser conferida dia a dia e não nos deixar mentir. Quem ainda tiver alguma dúvida e viver, verá...


(*) Os mais desavisados podem questionar: As relativamente pobres Bogotá e Santiago, entre países subimperialistas? O subimperialismo da Colômbia, maior aliada de Washington na América Latina, é doméstico: além de permitir a descomedida instalação de bases militares estadunidenses em seu território, oprime cruelmente seus povos originários. Assim como o subimperialismo do Chile que, valendo-se de secular repressão contra os índios mapuche, impede o direito destes ao devido território histórico. Igualzinho o moribundo Império espanhol faz com nações sob seu impiedoso domínio, ainda hoje. Isso tudo é parte essencial da Nova Ordem Mundial.

biografia:

Edu Montesanti é autor de Mentiras e Crimes da "Guerra ao Terror" (2012), colaborador do Diário Liberdade (Galiza), de Truth Out (Estados Unidos), tradutor do sítio na Internet das Abuelas de Plaza de Mayo (Argentina), da ativista pelos direitos humanos, escritora e ex-parlamentar afegã, Malalaï Joya, ex-articulista semanal do Observatório da Imprensa(Brasil), e editor de blog 

 


Author`s name
Timothy Bancroft-Hinchey