Domingo sangrento no Egito

Domingo sangrento no Egito

Mais um atentado a bomba

A Primavera Árabe não existe mais no Egito. O que há é uma ditadura militar que deixa saudades do governo do coronel Hosni Mubarak. E a tendência é de que a situação se agrave, depois de o governo militar ter considerado como terrorista a facção religiosa Irmandade Muçulmana, que venceu este ano a primeira e única eleição livre no Egito.

Os jornais e sites noticiam que uma bomba atingiu um prédio do serviço de inteligência militar do Egito na manhã deste domingo, ferindo quatro soldados. Foi o segundo ataque às forças de segurança no Delta do Nilo em menos de uma semana.

A explosão ocorreu próximo à entrada do prédio, em Anshas, a 100 quilômetros ao Norte de Cairo, na província de Sharkiya. O ataque explodiu parcialmente o muro traseiro da unidade, segundo informações do Exército, que descreveu o incidente como um ataque terrorista. Na terça-feira, um ataque suicida matou 16 pessoas na cidade de Mansoura, na mesma região.

Ataques desse tipo têm sido recorrentes, desde que o exército depôs o presidente islamista Mohamed Mursi, em julho. Cerca de 350 policiais e soldados já morreram em ataques com bomba e tiroteios desde então.

Mas o governo ditatorial tem a desfaçatez de afirmar que a violência não vai impedir o plano de transição política, cujo próximo passo é um referendo programado para meados de janeiro, destinado à elaboração de uma nova Constituição.

Por Carlos Newton em 30/12/2013

 

Fonte: Tribuna da Internet

http://www.debatesculturais.com.br/domingo-sangrento-no-egito/


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Timothy Bancroft-Hinchey