Há anos que algumas potências mundiais procuram intencionalmente polemizar o programa nuclear iraniana, repetindo acusações, impedindo que as negociações diplomáticas avançam de uma maneira lógica e satisfatória.
Ali Mohaghegh*
Atitude tomada e areação dessas potências em relação à Declaração de Teerã, que foi resultados das negociações diplomáticas entre a República Islâmica do Irã, Brasil e Turquia, com a intenção de solucionar o problema nuclear iraniano, é um pequeno exemplo.
Nesses últimos dez anos, a República Islâmica do Irã,não hesitou de efetuar todo o esforço para esclarecer dúvidas. A agência Internacional de Energia Nuclear tem relatadofrequentemente que não tinha encontrado nenhumas evidencias que demonstrassem o desvio da atividade ou materiais nucleares para os fins militares.
Constantes acusações infundadas deixaram o processo aberto. É necessário acabar com esse impasse. Mas qual é o objetivo de tantapolêmica ?As explicações seguintes podem ajudar a esclarecer melhor esse assunto:
1. As superpotências nunca se conformam com que as suas lideranças e dominações ao mundo fossem despercebidas. Continuam com a mesma ideia que qualquer medida, mesmo na área de avanços científicos e tecnológicos deve ter o seu selo de reconhecimento. Qualquer desafio nesse sentido em que afete essa hegemonia vai serum pesadelo terrível. A dilema do programa nuclear iraniano, mesmo que esteja conforme a PTN, é o selo de reconhecimento das superpotências.
2. Há 65 anos que o assunto Palestino, é o assunto central e o problema essencial no Oriente Médio. Algumas potências tentam, dando ênfase ao assunto nuclear iraniano, e criar uma crise artificial, deixando o assunto palestino na margem e colocando o programa nuclear iraniano como um assunto subjacenteno Oriente Médio.
3. Mostrar o Irã como uma grande ameaça,promoveriranofobia, demonizando o Irã na região, favoreceu um mercado bom e muito lucrativo para empresas de produtores de armamentos ocidentais.Olhando aos acordos bilionários, firmados entre os ricos países petroleiros do Oriente Médio e os países ocidentais na última década demostram oque está passando. Por isso,estes potências não são muito interessadas de resolver o caso nuclear iraniano através de negociações técnicas e preferem continuar com a controvérsia, através de acusações infundadas, e vivenciando o assunto na manchete da mídia internacional.
A existência deduplo critérioscomplica ainda mais a situação. Como o ocidente pode excepcionar, simplesmente alguns países-até no Oriente Médio- de monitoramento e questionamento sobre suas atividades nucleares (mesmo sobre a sua tecnologia nuclear militar),evidencia a falta de sinceridade dos defensores da transparência.
Estes "duplo estandarte" também foi praticada sobre o Irã em certos momentos. Antes da vitória da revolução islâmica o governo iraniano como principal aliado dos EUA na região, recebe sugestão por parte dos países ocidentais para iniciar um programa nuclear. Eles incentivaram o Irã e facilitaram o processo dessa proposta.
A usina da pesquisa nuclear do Teerã é mostra desse tempo. Inclusive a instalação da Usina Buchehr,também foi projetada no mesmo tempo com assinatura do acordo com países ocidentais.Mas com a vitória da revolução e saída do Irã do campo de aliados de Ocidente,a situação se inverteu e se virou para a atual situação.
Ressaltamos que a arma nuclear não tem nenhum lugar na Doutrina e nos princípios da defesa iraniana. O líder supremo da revolução, Aiatolla Khamenei, decretou publicamente a proibição do desenvolvimento,a acumulação e o uso de armas nucleares.
O Irã jamais aceitará mais do que seus compromissos, conforme o tratado de não proliferação nuclear e os salvaguardase não recuará nem mesmo um mínimo passo em relação ao seu direito inalienávelde uso pacífico da energia, inclusive o enriquecimento do urânio para os fins pacíficos.
Não serão construtivas as políticas de sanções-dialogo,continuar com ameaça de um ataque militar às instalações nucleares, e os atentados terroristas de Estado contra cientistas nucleares.
Despolitização e despolarização da Agência Internacional da Energia nuclear, repassando o assunto do Conselho da Segurança da ONU para a Agencia, e o dialogo serão os únicos meios civilizatóriosque podem tirar as ambíguas, se tivesse existidas!!
A R.I.Ira é o país mais confiável, estratégico e estável na região,e tem um grande potencial para solucionar os problemas regionais e mundiais.
É claro que a pratica da política de simultaneamente sanção e dialogo écondenado ao fracasso.
Portanto, convidamos os poucos países que obtiveram politicas de animosidade contra o Irã, durante décadas, corrigir a sua abordagem com o intuito de cooperar e abandonar a politica do confronto. A janela da oportunidade continua aberta.
*É adido de Imprensa da Embaixada do Irã em Brasília