Nesta sexta-feira (29), a Via Campesina realizará um ato em homenagem a Hugo Chávez - ex-presidente venezuelano falecido no começo de março - no Fórum Social Mundial 2013, que acontece na cidade de Túnis, capital da Tunísia, entre os dias 26 a 30 de março.
Adital
Por Luiz Felipe Albuquerque, da Página do MST
A atividade acontece às 14h30, no acampamento da juventude, e contará com a participação do intelectual e sociológo François Houtart, da Via Campesina - Cloc; do ex-editor do Le Monde Diplomatique, Bernard Cassiere; de um representante do comando de campanha do candidato à eleição da Venezuela Nicolás Maduro; e de uma organização social da Tunísia. Espera-se também a presença do intelectual e economista egípcio, Salir Amin.
A Via Campesina destaca a simbologia que há entre o ex-presidente venezuelano e os Fóruns Sociais Mundiais, já que Chávez foi um dos primeiros líderes de governo a visitar o espaço do Fórum, no ano de 2003, em Porto Alegre (RS).
Uma das primeiras declarações oficiais sobre o projeto do socialismo do século XXI, feita por Chávez, foi justamente no Fórum, em 2005. Além disso, Chávez foi quem mais impulsionou a integração dos povos, representado, por exemplo, no projeto da Aliança Bolivariana para as Américas (Alba). "O que não faltam são simbologias que associem a figura de Chávez com o que representa o Fórum", destacou Douglas Mansur, da Via Campesina Brasil.
No FSM de 2005, o líder venezuelano visitou o assentamento Lagoa do Junco, em Tapes (RS), e selou convênio com o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e a Via Campesina para o envio de sementes de movimentos sociais brasileiros para a Venezuela e a criação do Instituto Latino Americano de Agroecologia (IALA), a primeira escola latino-americana para promover e desenvolver a prática da produção agroecológica.
A relação de Chávez com os diversos povos árabes que realizaram levantes populares nos últimos anos não deixou a desejar. Na noite desta quinta-feira (28) será feita uma homenagem ao ex-presidente venezuelano por parte do povo tunisiano, no centro de Túnis, que sempre relacionou Chávez com a figura do líder da oposição Chorkri Belaid, assassinado em fevereiro deste ano.
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