Uma operação especial da Polícia Militar realizada em conjunto com a Polícia Civil do Rio de Janeiro na favela de Chatuba, na Baixada Fluminense, após a chacina de 12 pessoas, no final de semana, prendeu até o momento 11 suspeitos. Dois deles foram detidos na segunda-feira (10). Os outros 9 foram presos nesta terça-feira, com a ocupação da favela, que teve a participação do Batalhão de Operações Especiais (Bope).
Entre os mortos estão seis jovens, com idades variando de 16 a 19 anos, cujos corpos foram encontrados na manhã da segunda-feira (10) em um canteiro de obras da duplicação da Rodovia Presidente Dutra. O local fica a nove quilômetros do bairro onde os jovens moravam. Eles teriam ido até o Parque de Gericinó, no sábado (8), para tomar banho de cachoeira, nas informações de parentes. A polícia operação na favela foi desencadeada diante da suspeita da polícia de que poderia haver mais corpos na área onde os jovens foram encontrados.
Para a polícia, os crimes teriam sido cometidos por traficantes da região, embora não exista nenhuma informação até o momento de que os adolescentes tivessem ligação com o tráfico de drogas. A ocupação da Chatuba está sendo considerada por tempo indeterminado. Aproximadamente 250 policiais militares participaram da ação e outros 112 permanecerão na área. A comunidade é cortada pelo rio Sarapuí e fica nos municípios de Nilópolis e Mesquita, próxima ao Gericinó. A polícia avalia que os criminosos são egressos dos complexos do Alemão e da Penha, fugidos após a Polícia Militar ocupar as duas favelas.
Cadete - O local onde os seis jovens foram mortos é próximo ao que Jorge Augusto de Souza Alves Júnior, de 34 anos, cadete da PM, foi encontrado morto, também no sábado (8). O corpo do cadete estava no porta-malas de seu próprio veículo, um Fox, e apresentava sinais de tortura e marcas de tiros. Alves tinha saído de um baile e levado uma moça para casa, na Favela da Chatuba. A polícia trabalha com a hipótese de que ele possa ter sido identificado como policial, uma vez que a farda estava no carro, e por isso ter sido assassinado.
O pastor evangélico Alexandro Lima, de 37 anos, também foi morto na manhã do sábado (8). Segundo a polícia, ele teria sido atacado enquanto fazia uma caminhada e a suspeita é de que ele poderia ter testemunhado as agressões e a morte do cadete.
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