Japão recorda vítimas de bombardeio atômico dos EUA: foi o pior massacre da história da humanidade
Tóquio, (Prensa Latina) Japão rendeu nesta segunda (06) homenagem às vítimas da bomba atômica lançada por Estados Unidos em 1945 sobre a cidade de Hiroshima, cujo prefeito, Kazumi Matsui, chamou novamente a eliminar as armas nucleares.
Dezenas de milhares de pessoas somaram-se a esta recordação, na qual também se reiterou o pedido a mais ajuda para os sobreviventes dessa tragédia, que enfrentam problemas de saúde causados pela radiação do mencionado artefato bélico.
Ao ler a Declaração de Paz desta cerimônia anual, Matsui assegurou: Prometemos transmitir as experiências e desejos de nossos hibakushas (pessoas afetadas pela bomba) e fazer quanto esteja ao nosso alcance para conseguir a verdadeira paz de um mundo sem armas nucleares.
Às 08h15min hora local (23h15min do domingo) guardou-se um minuto de silêncio, anunciado pelo sino de um templo, justo no momento em que se lançou a bomba que há 67 anos matou umas 147 mil pessoas.
Um segundo ataque desse tipo sobre a cidade de Nagasaki três dias depois causou mais de 70 mil mortes.
A homenagem realizou-se no Parque comemorativo da Paz de Hiroshima, onde compareceram sobreviventes à tragédia, familiares de vítimas, o premiê Yoshihiko Noda e diplomatas, entre outros.
A recordação teve lugar no meio de um grande debate sobre o uso da energia nuclear no país, depois do desastre na central de Fukushima provocado pelo terremoto e tsunami de março do ano passado.
A partir de então cobrou maior força neste arquipélago a rejeição a essa fonte de geração de eletricidade, apreciável em frequentes manifestações nas quais se pede o fechamento das usinas desse tipo.
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