Segundo a presidente, os países emergentes e particularmente Brasil e Índia, devem usar a oportunidade para criticar as políticas expansionistas dos países ricos e exigir deles que "tomem medidas efetivas para garantir a retomada da economia mundial".
No discurso, Dilma voltou a pedir a reforma nos organismos internacionais de crédito, como Banco Mundial (Bird) e Fundo Monetário Internacional (FMI), com o aumento da participação dos emergentes em suas decisões, e no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), que, segundo ela é "carente de legitimidade e eficácia".
Para a presidente, Brasil e Índia têm "sólidas credenciais para lutar contra os efeitos das políticas monetárias expansionistas do mundo desenvolvido, que não têm tomado as providências necessárias para garantir a expansão de suas economias". Ela reconhece que já houve uma melhora na situação da crise que poderia ter sido mais aguda, mas reitera que são imprescindíveis medidas para garantir o crescimento para reverter a situação.
Dilma acrescentou que, embora a crise não tenha sido criada pelos países em desenvolvimento, os emergentes sofreram com o efeito dela, "tendo as nossas economias sofrido processo de desaceleração econômica derivada deste cenário internacional".
Depois de ressaltar o "enorme e inquestionável potencial" de perspectivas de ampliação dos negócios entre Brasil e Índia, que deve crescer de US$ 9,2 bilhões de hoje, para US$ 15 bilhões até 2015, Dilma lembrou que os dois países asseguraram seus crescimentos com ampliação do mercado interno.
A presidente desafiou os empresários, afirmando que apesar de o crescimento do comércio entre os dois países ter sido de 20%, de 2010 para 2011,ainda é muito pouco, diante do potencial. O comércio hoje, lembrou, está muito concentrado em petróleo e seus derivados e "precisa diversificar". Dilma endossou as palavras do ministro de Comércio indiano, Sharma Annad, de que este é o século dos Brics.
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