Manifestantes afegãos condenam os Estados Unidos por massacre de civis
As iradas demonstrações nas províncias de Kandahar e Zabul, ao sul, seguiram ao translado pelo Pentágono para o Kuwait do sargento envolvido nessa matança, cuja transferência se realizou em avião, como sempre acontece, sem o conhecimento das autoridades de Cabul e da população afegã.
Os marchistas agitavam bandeiras brancas, símbolo do Islã, reclamando ao igual que as administrações afegãs civis e religiosas, que o culpado seja julgado publicamente no Afeganistão.
Também as demonstrações ocorrem durante o segundo dia da imprevista visita do secretário estadunidense de Defesa, León Panetta, que declarou à imprensa que o assassino pode enfrentar pena de morte.
Enquanto, integrantes da Assembleia Nacional (parlamento) reagiram com indignação pela transferência do soldado estadunidense para o Kuwait e chamaram o presidente Hamid Karzai a que recuse o acordo para a permanência das forças de Washington no país.
Esses parlamentares afegãos expressaram temores sobre que se o exército dos Estados Unidos não maneja adequadamente o caso poderia gerar reações violentas no Afeganistão que exacerbem a já elevada tensão bilateral.
A aliança entre Afeganistão e Estados Unidos acerca-se a uma crise depois da queima de exemplares do Corão em base da prisão militar em Bagram que desatou protestos e ataques que ocasionaram mais de 30 mortos, incluídos seis soldados do Pentágono.
O militar tem 38 anos, pai de dois filhos, cumpriu três períodos de serviço no Iraque e está localizado na Base Conjunta Lewis-McChord, cerca de Seattle, no estado de Washington
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