Manifestantes afegãos condenam os Estados Unidos

Manifestantes afegãos condenam os Estados Unidos por massacre de civis

Cabul, (Prensa Latina) Milhares de afegãos continuaram nesta quinta (15) expressando sua repulsa ao massacre de 16 civis, entre eles 9 crianças, perpetrada por um soldado dos Estados Unidos, comunicaram fontes oficiais.

  As iradas demonstrações nas províncias de Kandahar e Zabul, ao sul, seguiram ao translado pelo Pentágono para o Kuwait do sargento envolvido nessa matança, cuja transferência se realizou em avião, como sempre acontece, sem o conhecimento das autoridades de Cabul e da população afegã.

Os marchistas agitavam bandeiras brancas, símbolo do Islã, reclamando ao igual que as administrações afegãs civis e religiosas, que o culpado seja julgado publicamente no Afeganistão.

Também as demonstrações ocorrem durante o segundo dia da imprevista visita do secretário estadunidense de Defesa, León Panetta, que declarou à imprensa que o assassino pode enfrentar pena de morte.

Enquanto, integrantes da Assembleia Nacional (parlamento) reagiram com indignação pela transferência do soldado estadunidense para o Kuwait e chamaram o presidente Hamid Karzai a que recuse o acordo para a permanência das forças de Washington no país.

Esses parlamentares afegãos expressaram temores sobre que se o exército dos Estados Unidos não maneja adequadamente o caso poderia gerar reações violentas no Afeganistão que exacerbem a já elevada tensão bilateral.

A aliança entre Afeganistão e Estados Unidos acerca-se a uma crise depois da queima de exemplares do Corão em base da prisão militar em Bagram que desatou protestos e ataques que ocasionaram mais de 30 mortos, incluídos seis soldados do Pentágono.

O militar tem 38 anos, pai de dois filhos, cumpriu três períodos de serviço no Iraque e está localizado na Base Conjunta Lewis-McChord, cerca de Seattle, no estado de Washington

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Timothy Bancroft-Hinchey