Ramón, Nosse grande artilheiro

Amigos corais, o dia 12 de março não marca apenas os aniversários das cidades de Olinda e Recife. Foi em 12 de março de 1950 que Ramón da Silva Ramos nasceu na cidade de Sirinhaém, na zona da mata sul de Pernambuco. Portanto, dias atrás o nosso grande artilheiro completou 68 anos de idade.

Clóvis Campêlo

Segundo a Wikipédia, Ramón iniciou a sua carreira futebolista no time da usina Trapiche, local onde trabalhava. Quem treinava o time da usina era Dario, um ex-jogador do América e do Sport e que posteriormente se tornaria técnico da base do Santa Cruz. Foi ele quem levou Ramón para as Repúblicas Independentes do Arruda e lhe deu a oportunidade de jogar no juvenil. Não demorou para que ele fosse promovido para a equipe profissional como um dos destaques do elenco.

Aliás, em 1969 o Santa Cruz começou a escalada do pentacampeonato estadual, e Ramós já despontava jogando na equipe de aspirantes. Nesse mesmo, o técnico Gradim resolveu aproveitá-lo no time de cima. Mas foi o treinador Duque que o efetivou definitivamente como titular. Rapidamente Ramón ganhou notoriedade na equipe principal, contribuindo decisivamente na conquista do pentacampeonato pernambucano (1969 a 1973) e principalmente pela sua atuação no campeonato brasileiro de 1973, quando foi o artilheiro da competição com 21 gols marcados.

Em 1975, saiu do santa Cruz para ir jogar no Internacional, de Porto Alegre. No Santinha, marcou 148 gols em 377 jogos disputados, ainda segundo a Wikipédia.

Chegou a ser incluído entre os 40 selecionados pelo técnico Zagallo para o Mundial de 1974, na Alemanha, mas uma contusão muscular lhe tirou qualquer chance de concorrer à vaga, pois a recuperação foi longa.

Em 1983, antes de encerrar a sua carreira como jogador, ainda voltou ao Santa Cruz, tendo a sua volta ao clube coral merecido uma matéria na revista Placar. Hoje, vive no Recife e trabalha como treinador nas equipes de base do Santinha.

Segundo o jornalista Cassio Zirpoli, em matéria publicada no seu blo no Diario de Pernambuco, em 12 de março do ano passado, Ramós é o 3º maior goleador da história coral, só ficando abaixo de Tará e Luciano Veloso. Este, aliás, tornou-se um amigo, companhia constante nas cadeiras pretas do Mundão, onde ainda acompanha o Santa, 50 anos depois e já como conselheiro.

Segundo matéria assinada pelos jornalistas Rogério Micheletti e Gustavo Grohmann, no site Terceiro Tempo, em 1976, antes de se transferir para o Vasco, o ex-centroavante teve uma rápida passagem pelo Inter de Porto Alegre (RS), onde atuou ao lado de craques como o goleiro Manga, Elias Figueroa e Falcão. Logo depois foi para o Sport e do time pernambucano foi negociado com o Vasco da Gama. Ramon também passou pelo Goiás, de 1979 a 81, Ceará, em 1981 e 82, São José, em 1983, Ferroviário, em 1984, e Brasília, em 1985, quando encerrou a carreira. Ramon é casado, tem cinco filhos e sete netos.

Ainda segundo a matéria acima citada, após se tornar o artilheiro do campeonato nacional, o Jóquei Clube de Pernambuco, através de seu presidente Sadoc Souto Maior, decidiu homenagear o centroavante Ramon. Foi-se, então, realizado o Grande Prêmio Ramón. E ainda: em homenagem ao pentacampeonato, conquistado por Ramon e seus companheiros, os irmãos Valença, autores do hino oficial do Santa Cruz, compuseram o frevo "O papa-taças" ("Quem é que quando joga a poeira se levanta? É o Santa! É o Santa!").

Um sucesso que Ramón mereceu, com certeza.

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Timothy Bancroft-Hinchey