Seis cidades e sete estádios brasileiros receberão 28 seleções em 2016 - Sucesso do megaevento de 2014 é indicativo do que se espera nos Jogos Olímpicos - 95% dos turistas que visitaram o país durante a Copa afirmam que pretendem voltar - Durante o Mundial de Futebol, a Seleção Portuguesa passou por Manaus, Salvador e Brasília, três das cidades olímpicas
Lisboa, 14 de julho de 2015 – Além do Rio de Janeiro, já estão confirmadas outras cinco cidades brasileiras que irão receber os Jogos Olímpicos 2016. No total, serão seis as cidades anfitriãs deste megaevento e sete os estádios que serão palcos das competições de futebol: Belo Horizonte (Mineirão), Brasília (Estádio Mané Garrincha), Manaus (Arena Amazónia), Rio de Janeiro (Maracanã e Estádio Olímpico), Salvador (Arena Fonte Nova) e São Paulo (Arena Corinthians). Por estes irão passar 16 seleções masculinas e 12 femininas.
“Essa é mais uma oportunidade de reforçarmos o potencial do Brasil como destino turístico. Vamos aproveitar o Rio de Janeiro como porta de entrada para que os estrangeiros conheçam o País. Na Copa do Mundo de 2014, tivemos mais de 400 municípios visitados. O nosso esforço é para que esta realidade se repita também nos Jogos Olímpicos”, explicou o presidente da Embratur, Vinicius Lummertz. Se depender das estatísticas, o sucesso está garantido, já que 95% dos turistas que viveram a Copa do Mundo afirmam que voltarão ao Brasil.
Manaus, Salvador e Brasília foram as cidades onde a Seleção Portuguesa disputou na 1ª fase da Copa do Mundo. Fazendo elas agora parte do leque das seis cidades olímpicas, recordamos algumas de suas caraterísticas que devem atrair turistas também em 2016:
A força e a beleza desta cidade estão no património cultural e nas belezas da Amazónia. No centro da cidade, encontram-se os atrativos culturais e é onde os visitantes podem apreciar construções históricas, como o Palácio Rio Negro e o Teatro Amazonas. Este último foi eleito no Traveller's Choice Awards 2015 – prêmio do site de viagens TripAdvisor – como a 5ª melhor atração turística do país e a 6ª melhor da América do Sul.
Mas a verdade é que esta cidade tem vindo a aumentar o seu número de turistas principalmente graças à sua exuberante natureza. Seja através de atividades de ecoturismo, dormidas na selva ou cruzeiros pelos rios amazónicos (incluindo o famoso encontro das águas dos rios Negro e Solimões), a maior floresta tropical do mundo é, efetivamente, o principal atrativo dos que visitam Manaus. Como exemplo, o número de cruzeiros provenientes dos Estados Unidos (via Rio Amazonas) cresceu de sete para dez na temporada 2014-2015, de acordo com a Amazonastur. De forma geral, esse aumento pode ser visto durante todo o ano de 2014, quando o Amazonas recebeu mais 52% de turistas. Foram quase 33 mil estrangeiros em 2013 e, no ano passado, o número saltou para 50 mil.
Outro ponto forte da cidade é a acolhedora hospitalidade. Durante a Copa, de acordo com um estudo realizado pelo Ministério do Turismo em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Económicas (FIPE), 100% dos entrevistados aprovaram a hospitalidade dos moradores de Manaus. A pesquisa também mostrou que a Arena da Amazónia foi bem avaliada pelos turistas (98,6%), com destaque para o conforto (98,6%), atendimento e funcionários (95,7%). A segurança pública (94,5%) e a gastronomia (91,6%) são outros indicadores com grande índice de aprovação pelos estrangeiros.
Em 2014, 170.066 visitantes portugueses estiveram no Brasil, sendo Salvador (Bahia) o terceiro principal destino visitado. A proximidade histórica é um dos principais atrativos.
Na capital baiana, o Centro Histórico permite recordar cidades fundadas pelos portugueses na época dos descobrimentos. Os espaços públicos de Salvador – Praça Municipal, Terreiro de Jesus, Caminho de São Francisco, Largo do Pelourinho, Largo de Santo António e Largo do Boqueirão –, formam um dos mais ricos conjuntos urbanos de origem portuguesa.
A capoeira, expressão cultural brasileira que surgiu como resistência à escravidão e que é património imaterial da humanidade, tem também especial incidência no centro histórico de Salvador – especialmente no Forte da Capoeira, local que teve um aumento de 282% no número de visitantes nos últimos três anos. Só o estado da Bahia reúne 367 grupos de capoeira e este desporto é responsável por atrair especialmente visitantes da Europa e dos EUA, que passam entre 15 dias e 3 meses no país aprendendo essa prática.
Outra característica comum entre Salvador e Portugal é a religião. A cidade tem mais de 300 igrejas seculares e costuma-se dizer que existe uma igreja diferente para ser visitada a cada dia do ano. Destaque para a Igreja de São Francisco, eleita no Traveller's Choice Awards 2015 como a 8ª melhor atração turística do país e a 11ª melhor da América do Sul.
Idealizada por Juscelino Kubitschek e projetada por Lúcio Costa, Brasília é conhecida pela modernidade e beleza dos seus monumentos arquitetónicos. A Catedral Metropolitana, com os seus vitrais coloridos, e o Congresso Nacional, pela sua importância política e histórica, estão entre os principais atrativos da capital. O templo católico é a atração brasileira com a melhor colocação no Traveller's Choice Awards 2015 – 3ª melhor atração turística do país e a 4ª melhor da América do Sul.
Recentemente, o Estádio Nacional de Brasília passou a fazer parte do imaginário dos visitantes uma vez que, além dos clássicos do futebol, também recebe espetáculos de música. No Mundial, o estádio teve o 2º maior número de turistas entre as arenas do país.
Selecionada como uma das cidades olímpicas, Brasília prepara-se para reforçar a promoção da capital brasileira como um importante destino turístico e espera repetir o sucesso da Copa do Mundo. Segundo dados da Setur-DF, 93% dos turistas aprovaram a cidade e 98% pretendem voltar para visitá-la.
Inaugurada em 1960, Brasília é uma verdadeira obra de arte a céu aberto. O traçado original e as construções idealizadas pelo internacionalmente conhecido arquiteto Oscar Niemeyer fizeram dessa cidade o primeiro “bem” moderno inscrito pela UNESCO na Lista do Património Cultural da Humanidade, em dezembro de 1987.
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