Taça Libertadores: 1º rounde: Peñarol 4 x Caracas 0 em Montevidéu

Com a vitória de 4 x 0 perante os venezuelanos do Caracas no Estádio Centenario de Montevidéu, o Peñarol garantiu quase a vaga na Fase de Grupos da Taça Libertadores 2012 e só um furacão caraquenho o dia da Virgem de Iemanjá poderia impedir uma realidade que o mundo do futebol sul-americano já acredita, ter o vice-campeão da América da versão 2011 entre os participantes da atual edição.


As luvas do goleiro do Peñarol, Fabián "Facha" Carini foram o ponto de inflexão na partida aos 26´10" defendendo um pênalti chutado pelo capitão alvo Edgar Jiménez.


Coletiva de imprensa do treinador do Peñarol, Gregorio Pérez.
REPÓRTER: Qual é o balanço deste 4 x 0. Ficou surpreso com o rendimento do time? Ficou satisfeito?
DT GREGORIO: Com certeza, estou satisfeito sim. 4 x 0 não é normal. Acabamos de vencer um rival muito difícil que joga muito bem. Nós tínhamos certeza que isso iria acontecer e que em algum instante eles poderiam nós surpreender mas nos 90 minutos conseguimos um resultado que a gente estava precisando....vencer e foi com vantagem de quatro gols que não é bobagem viu !!


REPÓRTER: Um outro objetivo foi manter a cidadela do Peñarol sem gols e também conseguiram, não é?
DT GREGORIO: Também conseguimos, é verdade. Tínhamos falado bastante desse assunto, Ficamos preocupados pelo assunto pois mais uma vez posso refletir que trata-se de um equipe que nem só joga muito bem senão que encara para o gol rival direto. Acabamos tendo alguns instantes complicados, isso também é verdade, duas situações marcantes, a do pênalti no primeiro tempo e logo uma cobrança que bateu no ângulo na segunda metade mas nós também tivemos situações interessantes viu. Muito contente, deu um conforto sabe e a gente precisa este resultado.mas agora temos que focarmos no próximo jogo.


REPÓRTER: Você acha que o mata-mata encerrou com a vitória de hoje 4 x 0?
DT GREGORIO: Nem por acaso. Trata-se de futebol. Nada a ver. Se eu achasse isso, ia ser uma degradação ao adversário e para nós ficar com excesso de confiança que a gente não teria de ter. .
REPÓRTER: A defesa do pênalti do goleiro Fabián Carini foi o ponto de inflexão na partida pois até aí o resultado era 0 x 0 e você sabe...
DT GREGORIO: Não sei mesmo se foi o ponto de inflexão ou não. Foi importante pois ele defendeu um pênalti e isso fez que aos poucos conseguíssemos abrir o placar. No futebol as partidas têm 90 minutos então...mas foi importante sim o agir do Carini na cidadela. Foi muito importante.

REPÓRTER: A saída do Rodrigo Mora (20) rumo ao plantão tem a ver com problemas físicos?
DT GREGORIO: Nada. A saída do Mora reflete  o seguinte: Nós precisávamos um jogador renovado no gramado nem só para jogar senão para obstruir o meia rival, Edgar Jiménez (08) fora que o Mora está precisando mais minutos de futebol mas fique feliz pelo rendimento dele, os minutos que ele participou foram muito bons.

REPÓRTER: A tarefa do Edgar Jiménez na intermediária tendo posse de bola fez com que o Peñarol fizesse lances de longa distância, de jeito específico na primeira metade, está certo?
DT GREGORIO: Foi sim. No início da segunda metade quanto a posse de bola esteve com o rival....essa função foi para que o Mora ficasse na faixa intermediária do campo nem tanto esse sobre e desce pelos laterais...isso virou complicado e quem sabe ele ficou cansado com essa tarefa. Essa poderia ser mais uma causa da alteração.

REPÓRTER: Quanto ao assunto João Pedro....achei que você ficou extremamente feliz com o gol dele. Tal vez pelos últimos comentários que ele iria sair do Peñarol.
DT GREGORIO: Ninguém falou que ia sair do Peñarol. Ele também não falou que ia sair nem houve pessoal da Diretoria do clube que falasse que o João Pedro ia sair do Peñarol.

REPÓRTER: Mas ele estava precisando gritar um golo?
DT GREGORIO: Todo mundo precisa comemorar um gol.

REPÓRTER: Dos quatro, foi o gol que comemorou com mais vontade!!!
DT GREGORIO: Nada. Comemorei todos do mesmo jeito. Pois é Peñarol, nada tem a ver que o autor do gol tivesse sido o João Pedro. Fiquei feliz mesmo pois trata-se de um menino que estava precisando re-descobrir o estilo de jogo e teve a oportunidade do gol.

REPÓRTER: Gregorio, de olho no segundo jogo do mata-mata..Quanto precisa mudar o esquema o Caracas? O que o Senhor acha que eles vão mudar para o jogo em Caracas?
DT GREGORIO: Vão atacar bem mais....eles vão tentar diminuir a diferença e nós temos que ser inteligentes para trabalhar esses 90 minutos.

REPÓRTER: O que pode dizer para o torcedor do Peñarol que já imagina além do horizonte e acha que a classificação foi garantida hoje?
DT GREGORIO: Eu não posso dizer que garantimos a classificação agora. Temos 90 minutos ainda pela frente e mais uma vez posso te confirmar que é degradar mesmo ao rival imaginar sequer essa situação hoje. Lógico, trata-se de uma vantagem importante e o torcedor volta feliz para casa e a gente estava precisando uma vitória deste jeito para continuar confiantes como estamos agora.

REPÓRTER: Vai procurar a vitória lá na Venezuela ou vai cuidar o resultado pois são visitantes nessa oportunidade e levam vantagem importante?
DT GREGORIO: Vamos tentar fazer a mesma coisa que a gente faz sempre.
REPÓRTERES: Obrigado Gregorio.

Coletiva do lateral direito do Peñarol, Juan Alvez, vindo do Liverpool F. C. de Montevidéu.
REPÓRTER: A torcida do Peñarol está se apaixonando contigo? Cada bola que você toca desce bate-palmas desde a arquibancada e faz pouco tempo que você chegou no clube.
ALVEZ: Vamos ver....tento fazer a minha tarefa. Devagarinho tudo vai dar certo e à medida que o tempo passar vamos continuar aprimorando mas o que é   importante mesmo é que o time continue melhorando e a gente consiga resultados bons.
REPÓRTER: O mata-mata parece ter encerrado hoje mas o Gregorio Pérez acabou de dizer na coletiva que seria como degradar o rival mas pra você não acha que dar uma virada em um 4 x 0 é difícil mesmo?
ALVEZ: Temos que ficar bem calminhos. Ainda temos 90 minutos pela frente, trata-se de futebol e fora que a vantagem é importante não temos garantido vaga nenhuma na próxima fase da Taça Libertadores. Então temos que ficar calmos, continuar andando com extrema humildade tendo em claro que vamos viajar com vantagem interessante mas ainda não conseguimos nada. Temos que andar bem sossegados.

REPÓRTER: Instante do pênalti. Os diferentes olhares dos jogadores do Peñarol. O que acharam nesse momento e nessa situação incrível do jogo?
ALVEZ: Na verdade, tínhamos jogada uma boa partida até esse instante e em um piscar de olhos encontramos um pênalti em favor do Caracas que assemelhava um pesadelo. Logo o Fabián (Carini) fez uma grande defesa, tivemos chances, fomos eficazes e na linha de fundo a gente se comportou forte e o resultado fala mais alto.

REPÓRTER: A diferença no placar acha que foi a real? Qual é o sentimento de vocês? Foi o que aconteceu no gramado?
ALVEZ: Acho que foi sim. Tivemos oportunidades. Algumas dessas chances ficaram mas mãos do goleiro, umas outras foram perto do gol, porém fomos eficazes viu. A gente gerou oportunidades, sabe.

REPÓRTER: Está faltando o quê neste time? Esta difícil descobrir muitos erros tendo conquistado uma vitória de 4 x 0. Quem sabe só alguns pela fase de preparação da temporada.
ALVEZ: Acho que bem devagar mas vamos melhorando. A linha final precisa evoluir mais rápido tentando não deixar isolados aos colegas da faixa média do campo. Conquistando um entroçamento bem mais fluente acredito que todo vai melhorar.
REPÓRTERES: Muito bem...obrigado
ALVEZ: Ao dispor gente!!

Coletiva do meia-armador do Peñarol, Luis Aguiar.
REPÓRTER: Seu sentimento quanto ao jogo?
AGUIAR: Ótimo. A gente fez um grande jogo desde o início até o apito final e até o pênalti em favor deles acho que nosso agir em campo tinha sido bom. Logo veio essa grande defesa do Fabián (Carini) e o acabamos dando um jeito na partida.

REPÓRTER: Quando perceberam que o jogo tinha mudado? Na defesa do pênalti?
AGUIAR: Acho que o Fabián garantiu calma para todos nós no gramado tendo defendido esse pênalti pela valia dele. O jogo esteve sob controle nesse instante mas temos certeza que um gol nesse instante poderia ter mudado o esquema. Felizmente ele defendeu o como já tinha dito, acabamos dando um jeito logo.

REPÓRTER: Na pior hipótese, você acha que o Caracas poder dar uma virada neste 4 x 0? O mata-mata encerra na Venezuela mesmo ou já encerrou hoje?
AGUIAR: Adoro respeitar os rivais, eles são um grande time e caso não foram bem mais foi por causa que o Peñarol fez o planejado e temos que continuar nessa de ser humildes.
REPÓRTER: Não deu para jogadas de placa mas conseguiram fazer progredir tabelinhas e jogaram de uma forma que nos jogos antecedentes não tinham conseguido desenvolver.
AGUIAR: Olha. O Peñarol não está na procura de luxo nenhum no gramado. Neste time não se procura luxo apenas vencer nos jogos. Se por acaso alguém achar que o objetivo do Peñarol é esse está errado, não poder fazer parte da turma. Os meus colegas sabem disso, respeitam o estilo do Peñarol e lutam sempre pela vitória.

REPÓRTER: No vestiário, não têm a certeza que o mata-mata encerrou hoje?
AGUIAR: Fico bem mais nervoso neste esquema. Sou sincero, ia ser uma grande vergonha ficar fora tendo este panorama na frente. Temos de ter muito respeito pelo rival e ir mais uma vez pela vitória nessa partida.
REPÓRTERES: Obrigado Luis.

Coletiva do centroavante do Peñarol, Marcelo Zalayeta.
REPÓRTER: O sentimento quanto ao jogo? A vantagem no placar reflete o que aconteceu no gramado?
ZALAYETA: Tivemos algum sufoco no início da partida mas assim que o primeiro gol chegou, o time ficou bem confiante e conquistamos o que a gente estava querendo.  O fundamental era a vitória, logo os quatro gols...

REPÓRTER: Comemorou o gol com extrema vontade. Houve razões específicas para que isso acontecesse?
ZALAYETA: Pois é. Não tinha conquistado gol nenhum nos últimos jogos, bem mais hoje que tratava-se de uma partida fundamental na procura de uma classificação numa Taça.

REPÓRTER: Botou longe essa mochila? Estava bem pesada, não é?
ZALAYETA: Meu estilo de jogo não muda. Não jogo sob pressão nem coisa semelhante, jogo igualzinho sempre. Tudo poder dar pé ou não. Felizmente hoje após dessa grandíssima defesa do goleiro Renny Veja, tentei continuar jogando do jeito que jogo sempre.

REPÓRTER: Carini defende pênaltis faz quanto tempo? Você o conhece faz muitos anos, no Danubio, nas seleções juniores, sempre teve sucesso nessas de defender pênaltis.
ZALATEYA: Com certeza, ele sempre teve palpite especial na hora dos pênaltis.

REPÓRTER: Em aquela Copa América de 1999.
ZALAYETA: Com certeza. Hoje virou peça fundamental defendendo esse pênalti do capitão do Caracas, Jiménez

REPÓRTER: Você teve um jogo muito bem coordenado com o agir do Rodrigo Mora, não é?
ZALAYETA: Até poderia. Temos treinado muito pouco juntos e isso acontece com todos os que somos parte do time. Somos vários no gramado viu. A nosso ponto forte no decorrer do ano poderia ser que qualquer um que estiver prestes a pular em campo saiba qual é a tarefa a ser desenvolvida.

REPÓRTER: Parece impossível que o time do Caracas consiga dar uma virada nesse 4 x 0 que conquistaram hoje no Estádio Centenario.
ZALAYETA: Não tem nada impossível. Pular no gramado lá na Venezuela imaginando que o nosso passaporte na próxima fase já foi carimbado, isso aí ia ser um grande erro. Nós temos que ir na procura de um gol, com valor dobro e logo o que eles acharem vá por conta deles viu.

REPÓRTER: Marcelo, Cansativo mesmo o estilo de jogo do Peñarol fazendo lances de longa distância? Perderam a bola na faixa intermédia e isso provoca as bolas de longa distância.
ZALAYETA: Assim que o jogo com bola rasa não funciona de jeito enxuto, dá início a fase das bolas chutadas de muito longe e isso faz que os atacantes fiquemos cansados. As vezes conseguimos ficar vitoriosos nessas lutas com os zagueiros, umas outras oportunidades não mas o nosso jogo hoje é esse...goste a quem gostar.Tendo sucesso vai continuar.

REPÓRTER: O que precisam fazer para confirmar que carimbaram o passaporte na próxima fase da Libertadores: Os teus colegas todos nas coletivas anteriores confirmaram que não encerraram o negócio tendo conquistado quatro gols  sem ter sofrido sequer um.
ZALAYETA: Isso aí, o que todos eles falaram. Não temos classificado ainda. Sermos humildes tendo em claro que temos um jogo pela frente. Temos consciência que temos quatro gols de vantagem mas impossível não tem nada.

REPÓRTER: Com a partida 0 x 0 tiveste uma bola maravilhosa, acaçapaste a bola na chuteira, o goleiro Renny Veja mergulho para o centro e foi ele quem segurou a bola.
ZALAYETA: Já tinha dito. Foi um início de temporada complicado para mim nesse sentido. Chutei forte essa bola e foi direto para o goleiro. Ele já tinha dado aquele mergulho antes de eu chutar e adivinhou o destino da bola. Felizmente o Rodrigo Mora, joga muita pressão acima de um rival na divisa da grande área rival no início da jogada do segundo gol, consegui resolver e acabou.

REPÓRTER: Sentiram-se bem mais entroçados do que tivessem achado na prévia pois foram poucos treinos juntos ou até pelo esforço do início da temporada?
ZALAYETA: Somos jogadores profissionais e somos conscientes quanto são difíceis este tipo de jogo com uma prévia melhor que a atual. O corpo técnico tem feito tudo quanto poderia ter feito. O time hoje jogou bem, a gente soube como agir em campo tendo garantido um resultado de 4 x 0 e fora que todos acreditam no ambiente acreditavam na nossa vitória, o Caracas não é time simples de vencer pois tem posse de bola interessante.
REPÓRTERES: Obrigado Marcelo.

Coletiva do ponteiro do Peñarol, Fabián "Lolo" Estoyanoff.
REPÓRTER: Será que foi uma re-estréia internacional do jeito que imaginou? Vencendo, 4 x 0 e tendo conquistado um gol?
ESTOYANOFF: Com certeza. Feliz pois estou jogando mais uma Libertadores Todos temos o mesmo sonho que tínhamos ano retrasado e temos feito uma grande partida e fora termos mais um jogo pela frente na Venezuela, vamos mais tranqüilos e tomara que essa calma continue e voltar com a classificação.

REPÓRTER: Não foram muitos os teus gols na Libertadores mas todos eles importantes. Lembro aquele perante os chilenos em Santiago (1 - 2 ) nas Quartas para garantir a vaga perante o Velez Sarsfield (Argentina) e agora o quarto neste jogo que da para imaginar um resultado muito difícil para dar uma virada no mata-mata.
ESTOYANOFF: Está certo. Dá para ficar mais calmos, o que acabei de refletir faz alguns instantes. Não temos que pensar que com o 4 x 0 temos carimbado o passaporte na próxima fase da Libertadores. Temos que viajar rumo a Venezuela supondo que o resultado deste jogo foi empate 0 x 0, negócio que já foi conversado no vestiário entre nós, vamos atacar, vamos respeitar o rival e vamos jogar como se o resultado fosse 0 x 0.

REPÓRTER: Será que reviveram o que foi a versão 2011 da Libertadores?
ESTOYANOFF: Com certeza. Tínhamos conversado disso. Já no início com a torcida fervente, com aquele estrondo lembramos aquele grande evento da Libertadores 2011, Já dentro do campo, percebendo a vontade de todos nós por progredir, essa concentração de todas as linhas da equipe,  jogando uma  pressão boa acima do rival em toda parte, me fez lembrar o que foi a Libertadores passada.
REPÓRTER: Está sentindo-se bem jogando com três pontas no ataque. Você conhecia o Marcelo Zalayeta pela participação na seleção uruguaia mas Zalayeta, Rodrigo Mora e você juntos: Esquema confortável né?
ESTOYANOFF: Confortável sim. Fora que o Gregorio (treinador) pede nossa ajuda na hora de jogar essa pressão encima do rival deste o ataque, quem sabe a gente fica mais liberado pois pede que a tal pressão seja feita até a linha intermediária o que faz que a gente fique sem aquele sobe e desce cansativo e bem melhor na hora do ataque.
REPÓRTERES: Obrigado viu.

Coletiva do guardião do Peñarol, Fabián "Facha" Carini.
Antes do início da coletiva tendo o Fabián Carini no aguardo que os câmeras ficassem prestes para gravar a reportagem houve piada entre os colegas.
Surgiu um comentário de um dele e a risada de todos nós.
"Pessoal" quem vai chutar com a pergunta da defesa do pênalti?
Logo deu início a artilharia de perguntas para o grande destaque da noite.

REPÓRTER:  Será que essa defesa do pênalti acabou sendo ponto de inflexão para o resto da partida?
CARINI: Nada. Acho que até esse instante tínhamos feito uma partida legal sem muitas oportunidades extremamente importantes mas....acho que o Marcelo Zalayeta tinha tido uma...mas em desvantagem ia ser bem mais difícil, mais difícil com certeza, Foi uma mistura de coisas, em uma beira, sorte; em uma outra ter escolhido o lugar certo para dar aquele mergulho deixando o placar 0 x 0 e por causa dessa jogada e o que os meus companheiros fizeram no gramado, saliento de jeito específico esse fato, conseguimos dar um jeito no resultado que reflete ter sido simples mas foi extremamente complicado e foi isso apenas o primeiro tempo de um jogo de 180 minutos.

REPÓRTER:  A gente falou de uma defesa fundamental pois com certeza vocês falaram no decorrer da semana que o zero na própria cidadela ia ser vital.
CARINI: Deu para entender. Nestes mata-matas vira fundamental manter o zero no gol mas caso levar uma furada do rival nada iria mudar pois logo tem um outro jogo como visitantes ,indo na procura de um gol para complicar o panorama deles. Felizmente eles não conseguiram esse objetivo do gol, nós conquistamos bastantes que dão pra deixar a gente bem mais calminha mas a nossa tarefa continua idêntica, temos que continuar com a mesma humildade, continuar treinando, continuar progredindo e planejar o jogo muito bem pois vamos ter mais noventa minutos muitos difíceis.

REPÓRTER: Dois comentários pra você. O primeiro, o Zalayeta acabou de falar que lembrou bastante daquelas defesas suas na Copa América 1999 e logo, gritou bastante né?
CARINI: Pois é...foram quatro ou cinco dias que a minha saúde não está boa, gripe viu. Fora isso, pelo próprio jogo, a gente precisa conversar bastante na grande área, manter a equipe bem arranjada em todo momento, essa é a nossa tarefa, as vezes temos que fazer boas defesas, em oportunidades falar bastante.

REPÓRTER: O ano 1999?
CARINI: Nada meu. Faz muito anos viu.

REPÓRTER: De jeito pessoal, a gente disse na Concentração de "Los Aromos" no decorrer da semana que o time do Caracas estava tendo problemas para conquistar sequer um gol nos últimos jogos e por incrível que pareça vão viajar com cachoeira de gols do Peñarol e o zero na cidadela.
CARINI: Mais uma vez o mesmo comentário. Conseguimos conquistar bastantes gols, ficamos com o gol invicto que é sempre bom. Embora, lá na Venezuela vai ser um outro jogo, mais 90 minutos muito complicados, vamos ter que ficar muito espertos e tentando atingir o gol rival.

REPÓRTER: Desconhecem o ataque do Caracas!!! Hoje eles não atacaram e vocês impediram que isso acontecesse. Qual é o jogo que está imaginando lá?
CARINI: Olha aí. Os times venezuelanos tentam atingir o gol rival sempre. Eles chutam bastante de fora da grande área, fora que hoje  a gente impediu que chutassem direto pois não encontraram o vão. Apenas uma cobrança de uma  falta fora da grande área no segundo tempo que bateu no ângulo mas não foi parte de uma jogada bem organizada. Mas trata-se de um jogo bem complicado, eles vão tentar atacar mas vai depender de nós, caso furar a rede do Caracas, vamos encerrar o mata-mata sem dúvida nenhuma. Vamos lá, temos que esperar, descansar e alcançar o jogo do melhor jeito possível.

REPÓRTERES: Obrigado.
CARINI: Imagina..

Estádio Centenario de Montevidéu (Uruguai)
Quinta 26 de Janeiro de 2012
Hora: 20 h 45
Clima: Tempo aberto durante o jogo Peñarol e Caracas (Venezuela)
Temperatura na hora da partida: 18º C.
Árbitros: Central: Federico José Beligoy (internacional argentino desde 2007) Nasceu o dia 13 de Outubro de 1969.
Bandeirinhas: Hernán Maidana e Gustavo Rossi.
Árbitro no plantão: Antonio Fedorzuk

UNIFORME: Camisa e meias turquesa e calção preto.
Controle anti-dopagem CONMEBOL: Médicos José Veloso e Gonzalo Gaiero.

ESCALAÇÃO PEÑAROL
UNIFORME: Goleiro: Camisa, calção e méis cinza.
JOGADORES: Camisa: Listras verticais alternadas amarelas e pretas. Calção preto e meias: amarelas.
12 ) Fabián Carini (goleiro)
02 ) Juan Alvez
23 ) Carlos Valdez
04 ) Alejandro González
22 ) Darío Rodríguez (Capitão)
25 ) Sebastián Cristóforo
05 ) Nicolás Fleitas
14 ) Luis Aguiar
11 ) Fabián Estoyanoff
17 ) Marcelo Zalayeta
20 ) Rodrigo Mora

PLANTÃO
01 ) Danielo Lerda (goleiro)
24 ) Emiliano Albín
19 ) Nicolás Amodio
16 ) Jorge Zambrana
15) João Pedro Dos Santos
13 ) Santiago Silva
10 ) Maximiliano Pérez

TREINADOR CHEFE. Gregorio Pérez
ASSISTENTES TÉCNICOS: José Enrique de los Santos e Gustavo Barros Schelotto
PREPARADOR FÍSICO: Daniel Curbelo
MÉDICO: Mario Pagano
KINESIÓLOGO: Germinal López
ROUPEIRO: Jorge Delgado
COORDINADOR DE IMPRENSA: Sofía Soca

ESCALAÇÃO CARACAS.
UNIFORME: Goleiro: Camisa vermelha, calção branco e meias vermelhas.
JOGADORES: Camisa, calço e meias brancas.

25 ) Renny Vicente Veja (goleiro)
04 ) Antonio Da Silva
06 ) Fidel Pérez
02 ) Rohel Briceño
08 ) Edgar Jiménez (Capitão)
16 ) Juan Guerra
20 ) Jesús Manuel Meza
22 ) Julio Machado
10 ) Louis Angelo Peña
11 ) Jesús Gómez
24 ) Anthony Uribe
07 ) Víctor Ramón Ferreira

PLANTÃO
23 ) David González
03 ) Edwin Peraza
05 ) Pablo Camacho
14 ) Carlos Suárez
15 ) Rómulo Otero
18 ) Luis González
20 ) Jesús Meza
TREINADOR CHEFE. Ceferino Bencomo
ASSISTENTE TÉCNICO: Jhonny Ferreira
PREPARADOR FÍSICO: Miguel Cordero
MÉDICO: Pedro Castillo
MÉDICO ASSITENTE: Jean Leonet
DELEGADO: Gimino Tropiano
A partir de agora o jogo minuto a minuto.

PRIMEIRO TEMPO
Antes do início do jogo houve um minuto em lembrança do jornalista fundador do Círculo de Jornalistas Esportivos do Uruguai, Jorge Víctor García e Contador Ricardo Lombardo, ex membro da Diretoria da Associação Uruguaia de Futebol.
12´25¨- Não deu para perceber o motivo mas o árbitro Federico Beligoy ficou ajoelhado na faixa média do campo do Peñarol. Ele pulou rápido e será que alguém percebeu?
18´20" - O Rodrigo Mora (20) da uma pontinha na bola entrando na área pequena do Caracas, dribla o goleiro fazendo uma diagonal para fora e ainda na grande área ele chuta mas muito fraco e um dos zagueiros consegue resolver a situação.
19´27" - O centroavante do Peñarol, Marcelo Zalayeta (17) encontrou uma bola quase no ponto de cobrança dos pênaltis, chutou forte mas encontrou o goleiro Renny Veja mergulhando no lugar certo na hora certa. Acaçapou a bola. Incrível tudo!!!
21´31" - O Fidel Pérez (06) do Caracas ganha cartão amarelo após sola encima do Luis Aguiar (14) do Peñarol.
24´- Grandíssima defesa do Fabián Carini deslocando um chute forte do Víctor Ferreira (07) já dentro da grande área, muito próximo á divisa da pequena. A bola escorregou bem perto da linha de fundo, o Ferreira consegue de novo, ele encara para rumo ao eixo da grande área e foi derrubado pelo zagueiro Alejandro González. Pênalti!!!
26´10" - O capitão do Caracas Edgar Jiménez segura a responsabilidade, chuta forte do lado direito do goleiro Carini que defendeu mais uma bola incrível só que desta vez foi um pênalti que poderia ter mudado o futuro do mata-mata.
36´- Escanteio vindo do corner direito do ataque do Peñarol bem lançado por uma perna canhota que encontrou a cabeçada de um atacante no ponto de cobrança dos pênaltis, a bola quicou indo para fora do campo até que mais uma cabeçada do meia, Nicolás Fleitas deu certinho. Goool do Peñarol.
37´45" - Sobe pela faixa direita do ataque o ponteiro do Peñarol, Fabián Estoyanoff que faz lance raso na grande área, encontrando o chute canhoto do Rodrigo Mora (20) que foi fraco e sem risco nenhum para o goleiro Renny Veja.

38´40" - Um jogador do Caracas perde a bola pertinho da divisa da grande área, na faixa esquerda do ataque do Peñarol. O Rodrigo Mora (20) joga pressão encima dele, consegue dar um pontinha na bola rumo à faixa central da grande área e o Marcelo Zalayeta que já tinha percebido que o Mora poderia ter conquistado a bola, gruda a bola aos cadarços e chuta raso entrando área por baixo das pernas do Renny Veja. Segundo gol do Peñarol.
O árbitro no plantão Antonio Fedorzuk braceja o pequeno painel eletrônico com mais um minuto verde de tempo suplementar marcado pelo Beligoy.
Final da primeira metade:
PEÑAROL  2 x CARACAS 0
Indo para o túnel, o time do Caracas recebeu a reclamação dos 80 torcedores da Arquibancada América, pedindo bem mais raça.

SEGUNDO TEMPO
Sem alterações desde o início.
8´ 12" - Alteração no time de Caracas. Mergulha em campo o Jesús Meza (20) deixando a vaga o Jesús Gómez.
12´33" - Houve alteração no time de Peñarol, entrando em campo o meia-armador brasileiro, João Pedro (15) deixando a vaga o Rodrigo Mora (20).
Na hora de arvorar o painelzinho eletrônico, o árbitro no plantão, Antonio Fedorzuk, errou nos números pois marcou em verde o número (15) de João Pedro e em vermelho o número (16) que era do Jorge Zambrana que nesse instante e no jogo inteiro ficou na reserva.
Não tinha ninguém do Peñarol no gramado com essa camisa.

17´08" - Jesús Meza (20) do Caracas ganha cartão amarelo.
17´40" - Mais uma alteração no Caracas. Pulou no gramado o Rómulo Otero (15) deixando a vaga o Anthony Uribe (24).
18´- Goool do Peñarol....Chuveirinho frontal do ataque do Peñarol cai quase na divisa da grande área. O centroavante Marcelo Zalayeta pula alto sendo que a cabeça dele fica junto às luvas do Renny Vega que dá um toque tímido na bola que fica quicando na  faixa central da grande área do Caracas e com toque enxuto e de qualidade o João Pedro manda a bola beijar as malhas entre dois jogadores do Caracas que esticam as pernas sem sucesso.
A comemoração do João Pedro foi muita, com pulsos fechados encaminhando a corrida rumo ao plantão do Peñarol.
20´50" - Cobrança quase perfeita do Rómulo Otero (15) uns quinze metros fora da grande área, quase na faixa central do campo, que bateu no ângulo superior-direito do goleiro Fabián Carini do Peñarol que esticou os dedos mas sem alcançar a bola.
25´30" - Fabián Estoyanoff (11) do Peñarol faz lance pela faixa direita para o João Pedro (15) que chuta raso sem risco final. O Fabián Estoyanoff ganha cartão amarelo.
27´25" - Houve uma outra alteração no Peñarol, mergulhando em campo o Santiago Silva (13) deixando a vaga o Fabián Estoyanoff (11).
29- 11· - Grande empilhamento de rivais do ziguezagueante Octavio Darío Rodríguez  (22) do Peñarol entrando já na grande área que acabou sem risco para o Caracas mas deu para um bate-palmas da torcida.

29´45" - Alteração no Caracas. Pulou em campo o Luis González (18) deixando a vaga o Luis Peña (10).
36´42" - O Fidel Pérez (06) do Caracas ganha cartão vermelho. A bola muito devagar ia percorrendo o gramado pertinho do escanteio esquerdo do Peñarol. O Luis Aguiar (14) do anfitrião ia procurando-a e o Fidel Pérez (06 agüentando o rival com a bunda.
Já com a bola saindo pela linha de fundo, o jogador venezuelano dá uma cotovelada no Luis Aguiar que "lutou" pela bola até o final.
Ele caiu segurando a cara e o rival foi expulso. Ele já tinha ganho cartão amarelo no primeiro tempo.
38´34" - O João Pedro é quem ganha cartão amarelo.

40´25" - Houve alteração no Peñarol. Foi a hora de pular em campo do Emiliano Albín (24) deixando a vaga o Luis Aguiar (14).
42´30" - O canhoto atacante do Peñarol, Santiago Silva (13) passa a bola por cima de um rival, encaminha logo para o Marcelo Zalayeta que chuta  forte e fora do marco do gol do Caracas.
44´30" - Última bola de risco para o Caracas. O brasileiro João Pedro, dribla rivais indo para um lado e para outro até que no final chuta raso para o gol...a bola sai pela linha de fundo bem perto da coluna direita do guardião Renny Veja.
Mais um minuto "verde" de tempo suplementar que marca o Antonio Fedorzuk no seu painelzinho do peito.
FINAL DA PARTIDA
PEÑAROL 4 x CARACAS 0
O PRAVDA agradece as informações veiculizadas pelos senhores Ruben González e Gonzalo Massa da Associação Uruguaia de Futebol.
Maiores informações da partida daqui a pouco. Por enquanto fotos e coletivas dos destaques nos vestiários no Sotaque Esportivo assim que o jogo acabar.
SOTAQUE ESPORTIVO - http://sotaqueesportivo.blogspot.com/
JORNAL PRAVDA - http://port.pravda.ru
CLUB ATLÉTICO PEÑAROL - www.peñarol.com.uy
CARACAS FÚTBOL CLUB - www.caracasfutbolclub.com
ASSOCIAÇÃO URUGUAIA DE FOOTBALL - www.auf.org.uy
CONFEDERAÇÃO SUL-AMERICANA DE FUTEBOL - www.conmebol.com

Foto principal: Juan Alvez
Gustavo Espiñeira
Correspondente PRAVDA.ru
Montevidéu - Uruguai


Author`s name
Timothy Bancroft-Hinchey