A estratégia de lesa-pátria lesa o povo no preço dos combustíveis fixado pelo governo

A estratégia de lesa-pátria lesa o povo no preço dos combustíveis fixado pelo governo 

por César Cantu(*)

Nos seus dois primeiros anos de governo, Lula compreendeu que o preço da gasolina vinha se tornando muito alto em relação ao poder de compra do brasileiro (Comprava-se menos litros de gasolina com o valor do salário mínimo). Disse: A Petrobras é uma empresa pública, hegemônica em toda a cadeia produtiva, desde a posse da reserva de petróleo até a boca do tanque do veículo do consumidor. É natural que ela, seguindo as regras do mercado, utilize o seu potencial competitivo para favorecer a sua grande massa de acionistas, os brasileiros. E, com isso, a Petrobras passou a fornecer combustível subsidiado com excelentes resultados: Passou-se a comprar mais e mais combustível com o valor do Salário Mínimo (Ver gráfico). Dilma continuou, mas teve que amargar uma queda de resultados de 2012 a 2013 em função da crise mundial do petróleo, mas esses bons resultados foram retomados até que o modelo persistiu em 2017, já com o golpista Temer presidente.

Temer colocou Pedro Parente na presidência da Petrobras, um liberal inveterado, e o modelo de preço mudou para o PPI - Preço Paritário de Importação: A Petrobras teria que vender combustível ao preço internacional, abrindo mão da sua condição competitiva dentro do país. Bolsonaro manteve o modelo e, com isso, a escalada pela queda relativa do preço de combustíveis para o brasileiro estagnou.

Ao mesmo tempo, Bolsonaro começou a destruir a capacidade de refino da Petrobras, privatizar refinarias, a cadeia logística e de venda de combustíveis, e sinaliza com diminuições de impostos para o setor.

Com isso, as concorrentes estrangeiras da Petrobras entraram no setor em condições muito vantajosas. Importam o nosso petróleo, refinam, e exportam o combustível para o Brasil, a preços competitivos. Quando consolidarem sua posição hegemônica na cadeia produtiva, sabe-se bem o que irá acontecer. Prepare-se: R$ 10,00 por litro de gasolina.

Tudo pelas empresas e países estrangeiros, nada pelo Brasil e pelo povo brasileiro.

Pátria Amada, EUA.

Vídeo
Davos: Bolsonaro diz a Al Gore que 'gostaria muito' de ter EUA como parceiro na Amazônia

Em cena do filme "O Fórum", do alemão Marcus Vetter, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) diz a Al Gore, ex-vice-presidente dos Estados Unidos, que 'gostaria muito' de explorar os recursos da Amazônia com os EUA. Em resposta, o norte-americano disse não entender o que ele quis dizer. O caso ocorreu durante a Sessão Plenária do Fórum Econômico Mundial de 2019, em Davos, na Suíça.
Assista AQUI 

 

(*)Carlos César Micalli Cantu, Engenheiro Químico (EPUSP), pós-graduado em disciplinas de gestão de riscos (Qualidade, Proteção Ambiental, Segurança do Trabalho e de Processos e Gestão de Riscos), atuante nos movimentos de base voltados para as políticas públicas e bem estar socioambiental. Autor dos livros: O Jugo do Destino Sob Controle, Flagrantes da Tragédia Humana, Histórias Verídicas sobre Temas Recorrentes e Poemas para os 40 Amores Perdidos.

 


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Timothy Bancroft-Hinchey