Activista portuguesa da Adala UK expulsa à força pelas autoridades marroquinas
A cidadã portuguesa Isabel Lourenço, activista dos direitos humanos, membro da Adala UK e observadora acreditada pela Fundação Sahara Ocidental (sediada em Espanha) foi impedida pelas autoridades marroquinas de entrar nos territórios saharauis ocupados por Marrocos.
À chegada ao aeroporto de El Aaiun, onde ia assistir, enquanto observadora internacional, ao julgamento do jornalista da RASD TV, Mahmoud El Haisan, preso político, Isabel Lourenço foi considerada persona non grata, agredida e levada à força para dentro do avião que a traria de volta a Casablanca.
A missão das Nações MINURSO (Missão para o Referendo do Sahara Ocidental) tinha conhecimento desta visita e o Ministério dos Negócios Estrangeiros Português (através do Gabinete de Emergência Consular), bem como a Embaixada Portuguesa em Rabat já foram informados desta situação.
As autoridades marroquinas têm expulsado regularmente e sem nenhuma justificação os estrangeiros que querem visitar o Sahara Ocidental para impedir que possam falar com organizações ou activistas saharauis sobre o que se passa naquele território. Na semana passada foram igualmente expulsos quatro activistas espanhóis e um jornalista francês. Desde o início de 2014 mais de cinquenta estrangeiros foram expulsos, viram os seus passaportes apreendidos durante várias horas, foram fotografados, intimidados e depois forçados a entrar em carros da polícia, táxis ou aviões.
Lembre-se que o Reino de Marrocos tem vindo a desrespeitar todos os convénios e acordos internacionais que subscreve, viola os direitos humanos e o direito internacional. Por sua vez o povo saharaui tem respeitado todas as exigências das Nações Unidas e luta de forma pacífica pelos seus direitos internacionalmente reconhecidos.
AdalaUK, Justice & Human Rights for Western Sahara
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