Dando continuidade a onda de protestos em todo país, a União Nacional dos Estudantes (UNE) convoca a todos para uma grande mobilização nacional na manhã de quinta-feira (27), em Brasília (DF), na Esplanada dos Ministérios. "O principal saldo que essas manifestações podem deixar é impulsionar o país para uma Educação de qualidade. Nunca houve um momento tão favorável para o Brasil debater a educação como hoje", declarou à Rádio Vermelho Virgínia Barros, presidenta da UNE.
Com concentração às 9h no Museu Nacional da República, objetivo do protesto é reforçar as pautas estudantis, como a luta pelos 10% do PIB para a educação pública.
A entidade, que tem como bandeira central a luta pelos 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para a Educação, também vem pressionando o governo para a aprovação do projeto que destina 100% dos royalties do petróleo e 50% do Fundo Social do Pré-Sal também para o setor.
"Nossa principal luta, a qual os estudantes têm maior identificação, é por uma Educação melhor para o país. Hoje, nossos esforços precisam se concentrar em pautas que façam o nosso país andar para frente e, mais do que nunca, esse é o melhor momento para a gente dar um salto na educação brasileira, universalizando seu acesso e qualidade em todos os níveis. Seguimos na luta pelos 10% do PIB para a educação", assegurou Vic, como é conhecida.
A presidenta da UNE frisou a importância dos protestos que tomaram conta das ruas e conquistaram a redução da tarifa do transporte coletivo em algumas cidades, mas, ela faz coro com as massas: "A grande vitória até então foi a redução da tarifa em algumas cidades, mas essa luta vai além dos 20 centavos. Por isso, queremos contribuir com pautas cruciais para o desenvolvimento país, como a garantia de uma reforma política que combata a corrupção e acabe com o financiamento privado das campanhas, o combate a homofobia, barrar a cura gay e a expulsão do deputado Marco Feliciano da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, além de debater o passe livre aos estudantes em todo país no transporte coletivo e garantia de qualidade do serviço e a democratização dos meios de comunicação".
Desde o início, a UNE integra o conjunto de movimentos de juventude que impulsionaram as mobilizações contra o aumento da passagem do ônibus, metrô e trem. Antes disso, a entidade está nas ruas para mobilizar a todos por uma pauta que é igualmente urgente: a aprovação do Plano Nacional de Educação (PNE), parado desde 2011 no Congresso Nacional, onde há a previsão dos 10% do PIB para a educação. Nesta terça-feira (25), a entidade está mobilizada em Brasília para pressionar pela aprovação do projeto de lei que prevê 100% dos royalties do petróleo.
Violência polícial
A UNE condena a violência empregada pelas polícias militares dos estados, não somente em São Paulo, cuja ação ficou marcada no protesto da quinta-feira (13), quando milhares de jovens foram encurralados por policiais na avenida Paulista e ruas do entorno, no centro da capital paulista. Bombas de efeito moral e de gás lacrimogêneo eram arremessadas contra os jovens a todo instante.
Neste momento, a entidade chama a atenção sobre a repressão que acontece no campus da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), cenário de diversas manifestações por um transporte público de qualidade e com redução da tarifa, que mobiliza toda a comunidade acadêmica.
"As ações policiais estão constrangendo toda a comunidade acadêmica dentro do campus de uma universidade federal, que é um espaço de dialogo democrático e de manifestação legítimo dos estudantes", lamentou a presidenta da UNE.
Protesto #BrasilMostraTuaCara por 10% do PIB pra Educação!
Local: concentração em frente ao Museu Nacional em Brasília
Data e horário: concentração a partir das 9 horas
Deborah Moreira
Da redação do Vermelho
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