"Parece que é apanágio das organizações regionais necessitarem, de quando, em vez, terem uma crise interna para se tornarem credíveis ou mais críveis. Creio que não existe nenhuma onde isso não tenha acontecido; pelo menos, nas mais conhecidas. Até nas de caraterísticas mais globais, como a ONU ou a OUA/UA.
Recordemos nas crises da Organização do Tratado de Varsóvia (vulgo, Pacto de Varsóvia) com as tentativas de "libertação política" da Hungria e da Checoslováquia abafadas pelo Exército Vermelho e seus aliados,
Ou a continuada crise político-militar que se mantém no seio da OTAN/NATO, entre a Grécia e a Turquia;
Já para não falar dos indisfarçáveis e inalterados litígios políticos-fronteiriços na América Latina...
Se no continente africano continuam a persistir demandas entre os Estados, nomeadamente, na região dos Grandes Lagos, no Corno de África e nos "dois Sudões", já para não esquecer o que se vai passando no seio da CEDEAO, porque é que a SADC não haveria, também, ela, aparecer com indícios de um estranho - ou talvez não - e perigoso latente conflito no seu interior?
Uma curiosa disputa entre a Tanzânia e o Malawi sobre a delimitação fronteiriça do Lago Niassa.
Um interessante pleito que surge no momento em que Angola passa a presidência da SADC - e está em plena campanha eleitoral, ou algo semelhante - a Moçambique que, quer queira, quer não, é também ele parte muito interessada nesta contenda. (...)" (continuar a ler aqui)
Publicado no semanário Novo Jornal, edição 240, de 24/Agosto/2012, página 23.
Publicada por ELCAlmeida em Pululu a 8/24/2012 01:00:00 p.m.