Aprofunda-se a recessão, aumenta o desemprego

Declaração de José Lourenço, membro da Comissão das Actividades Económicas, Lisboa

A profunda recessão em que as políticas de direita têm vindo a mergulhar o nosso país, com cortes nos salários e nas reformas, nas funções sociais, no subsídio de desemprego e no investimento público e privado, fazem com que a Procura Interna e o PIB esteja em queda há seis trimestres seguidos e fazem com que o desemprego suba para níveis inimagináveis.

Os dados hoje divulgados pelo INE sobre a evolução do PIB e do Desemprego no 2º trimestre confirmam o aprofundamento da recessão e do desemprego no 2º trimestre e no 1º semestre do ano.

Enquanto o PIB caíu 3,3% no 2º trimestre do ano, o desemprego atingiu neste mesmo período os 826 900 desempregados em sentido restrito (15% de taxa de desemprego), enquanto o desemprego real ultrapassa já 1 milhão e 250 mil desempregados (21,8% de taxa de desemprego real).

Entre o 2º trimestre do ano passado e o 2º trimestre deste ano foram destruídos 204 800 empregos e mais 151 900 trabalhadores estão no desemprego. Enquanto a taxa de desemprego total aumentou no último ano 2,9 pontos percentuais, essa mesma taxa aumentou para os jovens trabalhadores 8,5 pontos percentuais passando de 27% para 35,5%.

A profunda recessão em que as políticas de direita têm vindo a mergulhar o nosso país, com cortes nos salários, nas pensões, nas reformas, no Serviço Nacional de Saúde, na Educação, nos apoios sociais às famílias, no subsídio de desemprego e no investimento público e privado, fazem com que a Procura Interna e o PIB esteja em queda há seis trimestres seguidos e fazem com que o desemprego de trimestre em trimestre suba para níveis inimagináveis há alguns anos atrás.

O PCP reafirma uma vez mais que constitui um imperativo para o nosso país a rejeição do Pacto de Agressão e das políticas de direita que ele encerra.

Só através da renegociação da nossa dívida pública, só garantindo o crescimento económico, apostando no nosso aparelho produtivo e na substituição de importações por produção nacional, no aumentos dos salários e pensões, na melhoria das condições de vida do povo português, na redução da dependência externa e na afirmação da soberania nacional, Portugal terá futuro. O povo e os trabalhadores portugueses podem contar com o PCP para a construção desse caminho.

 

PCP


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Timothy Bancroft-Hinchey