Retrospectiva 2019 | América Latina em chamas: eleições, protestos e golpe de Estado

Retrospectiva 2019 | América Latina em chamas: eleições, protestos e golpe de Estado

Ruas do Chile estão tomadas há mais de dois meses. Por conta da violência e perseguição dos carabineros, manifestantes protegem a identidade / Claudio Reyes/AFP

Relembre os principais fatos do cenário político e econômico do continente americano neste ano

Michele de Mello

Brasil de Fato | Caracas (Venezuela)

A América Latina é um continente em constante movimento. El desarrollo en carne viva, como diz a música de Calle 13. E o ano de 2019 não foi diferente, marcado por revoltas populares, eleições presidenciais, estado de exceção, pedidos de renúncia, exigências de reformas constitucionais, algumas tentativas frustradas e outras exitosas de golpe de Estado.

O aprofundamento da crise econômica mundial pode ser um dos caminhos para entender esse contexto. Dezembro finaliza um período marcado pelo menor crescimento econômico em 70 anos na nossa região, 0,1% e uma previsão que não supera 1,3% para 2020, segundo a Comissão Econômica para América Latina e o Caribe (CEPAL).

O ano começou com a posse de Nicolás Maduro para o seu segundo mandato como presidente da Venezuela, depois de ser reeleito com 5.823 milhões de votos - 67% da votação.

Logo em seguida, no dia 23 de janeiro, o deputado do partido Voluntad Popular, Juan Guaidó, depois de se negar a disputar as eleições presidenciais de maio de 2018, decidiu se auto proclamar, durante um ato de rua, presidente encarregado da Venezuela. Esse seria o primeiro passo para um novo plano golpista aplicado no país.

Em paralelo, novas perdas para o campo progressista.

Nayib Bukele, em El Salvador, ex-militante da Frente Farabundo Martí de Libertação Nacional (FMLN) que, no entanto, foi eleito com uma estratégia de campanha muito similar a de Trump e Bolsonaro - focada nas redes sociais e na criação de fake news sobre os adversários.

Na Guatemala, Alejandro Giammattei, de extrema direita, venceu em segundo turno. No Panamá, Laurentino Cortizo, do Partido Republicano Democrático (PRD) ganhou com 2,3% de diferença a presidência com discurso de combate à corrupção e geração de empregos.

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http://www.patrialatina.com.br/retrospectiva-2019-america-latina-em-chamas-eleicoes-protestos-e-golpe-de-estado/

 


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Timothy Bancroft-Hinchey