Bolsonaro diz que ajuda para Amazônia virá dos Estados Unidos
Submisso aos interesses do governo de Donald Trump, Jair Bolsonaro diz que espera "alguma novidade" de Washington para enfrentar as queimadas na Amazônia. Recentemente, ele anunciou que pretendia abrir a região para a exploração de mineradoras norte-americanas
(Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta sexta-feira que espera alguma "novidade" dos Estados Unidos em relação ao pedido de ajuda feito ao presidente norte-americano, Donald Trump, para enfrentar queimadas na Amazônia, e disse que também deve conversar por telefone ao longo do dia com a chanceler da Alemanha, Angela Merkel.
"Hoje está previsto falar por telefone com Angela Merkel, ela começou com um tom, depois foi para a normalidade. Eu estou pronto para conversar com uns, exceto com nosso querido Macron, a não ser que ele se retrate sobre a nossa soberania na Amazônia, aí eu converso com ele", disse Bolsonaro a jornalistas na saída do Palácio da Alvorada, voltando a citar a polêmica com o presidente da França, Emmanuel Macron.
"Qualquer recurso individual de um país ou outro, a gente aceita. O Macron quer doar em nome do G7 e isso não é verdade."
Bolsonaro disse que aguarda alguma novidade dos Estados Unidos uma vez que o chanceler Ernesto Araújo e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente e cotado para a embaixada em Washington, estão nos EUA para um encontro com Trump.
"Talvez eles tenham algo para adiantar na conversa com o Trump, que eu pedi para o Trump nos ajudar", afirmou.
O presidente também adiantou que pode fazer uma viagem à Amazônia na próxima semana, depois que a região registrou queimadas que provocaram enorme repercussão internacional.
Questionado por repórteres sobre terras indígenas, Bolsonaro também respondeu que pretende não mais demarcar reservas no Brasil e disse que quer revisar algumas das que foram demarcadas sobre as quais existam indícios de irregularidades.
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