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Ataques da coligação liderada pelos EUA provocam dezenas de vítimas na Síria

Ataques da coligação liderada pelos EUA provocam dezenas de vítimas na Síria

Ataques da coligação liderada pelos EUA provocam dezenas de vítimas na Síria

O ataque desta segunda-feira ocorre 3 dias depois de um outro realizado pela chamada coligação internacional na província de Deir ez-Zor. A Síria acusa esta aliança militar de não combater o terrorismo.

A chamada «coligação internacional» liderada pelos EUA é reiteradamente acusada de massacrar a população civil na Síria

No domingo passado, em cartas enviadas às Nações Unidas, o Ministério sírio dos Negócios Estrangeiros denunciou o bombardeamento que, na sexta-feira anterior, provocou 26 vítimas mortais na aldeia de Hajin, localizada junto ao rio Eufrates, a sudeste de Deir ez-Zor e não muito longe da localidade al-Shafa, que foi atacada esta segunda-feira.

O ataque a al-Shafa levado a cabo pelos aviões da chamada coligação internacional foi definido pela agência SANA como um «massacre», tendo provocado «mais de 60 mortos e feridos» entre a população civil.

De acordo com fontes militares, Hajin e al-Shafa, já perto da fronteira com o Iraque, ficam numa zona onde se encontram membros do Daesh, grupo terrorista tanto conhecido como Estado Islâmico.

No entanto, as autoridades sírias têm repetidamente acusado a aliança militar liderada por Washington de fazer vista grossa às acções do Daesh e de, a coberto de uma pretensa luta contra o terrorismo, estar a massacrar civis e a provocar o êxodo da população na província de Deir ez-Zor.

A localidade de Hajin tem sido alvo de intensos bombardeamentos, repetidamente denunciados pelas autoridades sírias, que também acusam os EUA de recorrerem a munições com fósforo branco, banidas internacionalmente.

Tendo documentado, pelo menos, um ataque com bombas incendiárias de fósforo branco a Hajin, perpetrado a 8 de Setembro deste ano, também Moscovo fez saber que irá exigir uma investigação internacional sobre os bombardeamentos com fósforo branco, levados a cabo pelos norte-americanos, em várias partes da província de Deir ez-Zor.

Aliança «ilegítima»

Ao intervir na 73.ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, no dia 29 de Setembro, o ministro sírio dos Negócios Estrangeiros, Walid al-Muallem acusou a coligação liderada pelos EUA de, desde que iniciou a campanha de bombardeamentos na Síria, ter feito tudo o que podia menos combater o terrorismo.

Muallem classificou a aliança militar como «ilegítima» e criticou as «políticas hegemónicas» de alguns países relativamente ao governo de Damasco.

Com o argumento de combater o Daesh, a coligação referida opera em território sírio desde Setembro de 2014, sem autorização do governo sírio e sem um mandato das Nações Unidas.

https://www.abrilabril.pt/internacional/ataques-da-coligacao-liderada-pelos-eua-provocam-dezenas-de-vitimas-na-siria

 


Author`s name
Timothy Bancroft-Hinchey