Presidente da Colômbia negou à Venezuela o acesso a medicamentos contra a malária
O governo da Colômbia, dirigido por Juan Manuel Santos, ordenou ao laboratório BSN Medical, um dos poucos na região que elabora a Primaquina, medicamento essencial para tratar e curar a malária, bloquear o despacho deste medicamento para a Venezuela ao rechaçar a compra do Estado venezuelano. Assim denunciou na quinta-feira o vice-presidente da República, Tareck El Aissami, quem informou que com a chegada deste remédio o Governo Nacional planejava atender os casos de malária e paludismo que atualmente afetam ao povo do estado de Bolívar.
Agencia Venezolana de Noticias / Domingo 5 de novembro de 2017
"Estas denúncias são levadas ao nível da burla e do desprestígio, porém há que fazê-las", expressou em transmissão conjunta de rádio e televisão. "Ontem [quarta-feira] vinham estes medicamentos e o laboratório, uma vez que soube que o destino final era o Ministério de Saúde da República Bolivariana de Venezuela, bloqueou arbitrariamente o despacho deste medicamento por ordens da presidência da Colômbia".
Esta situação foi contornada pelo Estado venezuelano, que já concretizou a chegada ao país de um carregamento proveniente da Índia com este fármaco, e que será distribuído no estado Bolívar desde esta sexta-feira 3 de novembro.
"Já está garantida a Primaquina. O ministro de Saúde, Luis López, nos informou que já estão esperando que na primeira hora de manhã [sexta-feira] um avião da Índia nos traga este medicamento", indicou El Aissami, numa jornada de trabalho liderada pelo presidente da República, Nicolás Maduro, realizada em Los Próceres.
O vice-presidente informou que o governador do estado, Justo Noguera Pietri, está a par da situação e à espera do referido fármaco.
Por sua parte, o presidente Maduro condenou esta ação do governo colombiano e indicou que Santos cumpriu uma ordem dos Estados Unidos, como parte do assédio que afronta internacionalmente a Venezuela.
Mais cedo, denunciou que grande parte dessas ações negativas e ataques contra Venezuela desde o exterior são produto das ações da direita venezuelana, especialmente pelo dirigente opositor Julio Borges, um dos principais porta-vozes em favor de sanções econômicas contra a República.
Contra ele, Maduro exigiu uma investigação minuciosa sobre seu proceder. "Peço ao Ministério Público, publicamente, como chefe de Estado, que faça tudo o que tenha que fazer no marco da Constituição e da lei para que faça justiça pela traição à pátria, por parte de Julio Borges e de todos os que acompanham", disse.
"Quando já tínhamos o dinheiro para comprar os medicamentos, e fomos pagar, o governo da Colômbia proibiu a venda destes remédios contra o paludismo e a malária ao povo de Venezuela. As compraremos em outro lugar, porém à Venezuela não lhes faltarão seus medicamentos para combater essas enfermidades. Quem promoveu isto? Julio Borges", acrescentou o presidente.
Tradução > Joaquim Lisboa Neto