Pesquisa: EUA são o país que mais ameaça a humanidade

Uma pesquisa divulgada na última terça-feira (1) pelo Pew Research Center, um respeitado instituto de pesquisas de opinião, mostra que 38% das 42 mil pessoas consultadas em 30 países pelo mundo acreditam que os EUA são o país que mais ameaça os seus próprios países.

A Turquia é o país que mais se sente ameaçado pelos Estados Unidos (72% dos entrevistados). Os turcos consideram a superpotência como o principal perigo para seu país, mesmo quando comparado a outros de ordem diferente, como o fluxo de refugiados que chegam da Síria e do Iraque.

O leste da Ásia, onde os EUA atualmente mantêm uma enorme pressão militar, vem em segundo lugar: 70% dos sul-coreanos e 62% dos japoneses consideram Washington como sua grande ameaça. Além das hostilidades contra a Coreia do Norte, mais de 23 mil tropas estadunidenses estão estacionadas na Coreia do Sul e mais de 39 mil no Japão, conforme dados de 2015 do Departamento de Defesa norte-americano.

Os vizinhos dos Estados Unidos também se sentem ameaçados: 61% no México e 38% no Canadá. Neste último, a Rússia é considerada a segunda maior ameaça (30%) e a China é considerada a terceira (25%).

Nos outros países da América, onde os EUA sempre foram influentes, essa porcentagem é um pouco menor. O Tio Sam é visto como a maior ameaça por 57% dos chilenos, 49% dos argentinos, 47% dos brasileiros e 32% dos venezuelanos.

Ainda segundo a pesquisa, entre 2013 e 2017 a proporção de pessoas que veem os Estados Unidos como a maior ameaça cresceu em 21 países. Na Rússia, a porcentagem continua a mesma (37%). Grécia, Índia, Polônia e Venezuela tiveram uma diminuição.

O estudo também aponta que pessoas com uma ideologia de esquerda têm uma maior perpepção do perigo dos EUA para seus países do que as de direita. No Reino Unido, por exemplo, 52% das pessoas de esquerda acreditam que a nação norte-americana é o maior perigo, enquanto que esse percentual cai para 29% quando se faz a mesma pergunta para alguém com uma ideologia de direita. Na Coreia do Sul, Canadá e Austrália essa diferença também é acentuada.

Eduardo Vasco

 Pravda.Ru

 

 


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Timothy Bancroft-Hinchey