La Habana, sede dos Diálogos de Paz, 12 de dezembro de 2015
Com a mente e nossos maiores esforços postos em função de aproximar-nos a cada dia mais da Firma de um Acordo Final de Paz, já tendo sobre a mesa de Conversações os documentos que até agora se tornaram consenso para tornar possível um acordo parcial sobre o tema Vítimas, nos dispomos a empenhar-nos a fundo no estudo do ponto Fim do Conflito.
É conhecido pela opinião pública que, ao tempo em que debatíamos sobre os temas de garantia dos direitos humanos, verdade, justiça, reparação e não repetição, e em particular sobre a Jurisdição Especial para a Paz, assunto já fechado em sua elaboração, dedicamos muitas jornadas a tocar em aspectos relativos à construção de confiança, à desescalada da confrontação e à formulação de propostas referentes a cada um dos sete numerais do ponto 3 da Agenda do Acordo Geral. Em consequência, agora podemos expressar que, ao tempo em que estamos encerrando o ponto sobre vítimas, construímos a plataforma de análises do tema Fim do Conflito e adiantado iniciativas concernentes ao sexto e último ponto da mencionada Agenda.
Informamos com satisfação que até o momento realizamos a apresentação geral de nossas "Dez propostas mínimas para garantir o fim do conflito, a reconciliação nacional e a construção da paz estável e duradoura", cujos lineamentos gerais se centram nas seguintes temáticas:
As oito primeiras propostas foram desenvolvidas mediante 57 iniciativas que são de conhecimento público, ficando pendente somente treze iniciativas mais correspondentes à formulação do cessar bilateral de fogos e hostilidades e ao projeto da deixação de armas como processo mediante o qual se estabelecem os compromissos também bilaterais que permitam afastar as armas de seu uso em política.
As FARC-EP aspiram a poder radicar o conjunto dos desenvolvimentos das "dez propostas mínimas para garantir o fim do conflito, a reconciliação nacional e a construção da paz estável e duradoura", o mais tardar, na segunda-feira, a fim de abrir o debate nacional que dê passagem à participação cidadã no processo de construção do próximo acordo. Em consequência, desde já convidamos as comunidades e organizações sociais e populares a se preparar para participar dos Fóruns correspondentes, e também convidamos aos Governadores e Prefeitos da Colômbia a apresentarem seus pontos de vista críticos e suas contribuições no caminho de outorgar, dentro de uma visão nacional, um enfoque territorial e de acento regional à elaboração dos consensos que um Acordo sobre o Fim do Conflito requer, assim como as definições sobre a referenda e a implementação.
Com passo firme para a conquista da paz com justiça social e para a convocatória da Assembleia Nacional Constituinte, fraternalmente,
DELEGAÇÃO DE PAZ DAS FARC-EP