Ramallah, (Prensa Latina) O premiê encarregado da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Rami Hamdallah, anunciou que o Governo plantará 750 mil oliveiras para compensar as quatro mil destruídas por colonos dos assentamentos sionistas na Cisjordânia.
Conforme estimativa da ANP, no curso deste ano colonos israelenses destruíram cerca de quatro mil oliveiras, a maioria na época de colheita, para forçar o êxodo dos palestinos das zonas próximas aos assentamentos autorizados por Israel, cuja construção é um dos principais obstáculos nas conversas de paz.
A legislação internacional vigente qualifica como crime de guerra as construções e o assentamento de populações em territórios de países sob ocupação militar, como é o caso de Palestina, aceita em novembro passado na ONU como Estado observador não membro.
Hamdallah participou do 13 Festival da Colheita da Oliveira, que ocorre na cidade de Belém, e destacou a importância do setor agrícola para a criação de empregos e a reanimação da economia palestina.
Um relatório do Banco Mundial divulgado no início deste mês quantificou em 3,4 bilhões de dólares as perdas da economia palestina pela ocupação militar israelense, iniciada em 1967.
O premiê defendeu que a comunidade internacional pressione a Israel a deter suas constantes violações dos direitos humanos nos territórios ocupados e o fim da construção de assentamentos que obstaculizam os esforços da ANP para melhorar a economia e as condições de vida dos palestinos.
Um relatório do Escritório da ONU para Assuntos Humanitários assinala que entre janeiro e meados de outubro de 2012 os colonos e o Exército israelense destruíram 7.500 oliveiras.
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