O presidente dos EUA, Barack Obama culpou ala conservadora do Partido Republicano por levar os EUA para um default (não pagamento) da dívida pública. Os especialistas concordam que se trata da crise política interior que afetará os países a terem investido em títulos da dívida pública do Tesouro dos EUA (tal chamados US Treasuries).
A situação tornou-se crítica depois de 02 de outubro, quando o presidente Barack Obama e o Congresso não encontraram as oportunidades para chegar a acordo sobre o orçamento para o próximo ano fiscal. Em causa está de novo o tecto da dívida pública que os republicanos têm se recusado a aprovar de acordo com o nível proposto por Obama. Isto levou a um impasse ou seja à interrupção de funcionamento das instituições do Estado a partir de 1 de Outubro (início do novo ano fiscal nos Estados Unidos) .
Os americanos há muito vivem por créditos e estão tão envolvidos neste processo ( hoje a dívida atinge 16,7 trilhões de dólares) que sem emrestar já não podem sustentar os seus programas públicos. Podem emprestar menos , mas precisa-se o presidente Barack Obama, por exemplo, renunciar da sua reforma sanitária. É isso que lhe propõem atualmente os republicanos em troca da aprovação do orçamento. Entretanto Obama fica permanecendo contra o diálogo. Em jogo está a sua criação e promessa eleitoral principal — oferecer para os americanos o sistema de seguro de saude público nacional unificado.
O investimento para este e outros programas públicos dos EUA vem através da impressão dos US Treasuries e a sua venda posterior no mercado interno e externo. Mas emprestar indefinidamente o governo não pode por ter este teto da dívida pública, que agora o democrata Obama não consegue concordar com a maioria republicana no Congresso. Os republicanos têm chantageado Obama que não iriam aprovar um novo teto, por isso o governo não seria capaz de imprimir novos títulos, não teria nada para vender, nada para encher finanças , nada para pagar os juros dos empréstimos anteriormente marcados.
Então, parando esse circuito, todos aqueles que compraram os títulos do Tesouro dos EUA, começarão a se livrar deles, tentando vendê-los para o FED ou outros vários. A China, o Japão e outros países asiáticos têm um compromisso público de US Treasuries em suas reservas cambiais em valor de 5 trilhões de dólares. Se os soltarem simultaneamente, então é que em breve virá o colapso do sistema financeiro dos EUA. O governo dos EUA vai se tornar bancarota por não poder pagar as pensões, os salários para setor público, incluindo o aparelho do Estado, implementar os seus programas militares. Este é o default da dívida pública .
Este medo da falência sempre pára a vontade dos republicanos para punir Obama por suas programas populistas (na sua opinião). Sua meta é para dizer ao povo : "É o seu presidente, ele é incompetente e não sabe fazer nada " . Mas não querem o o colapso do país. Portanto, quase todos os analíticos garantem que situação de impasse nos Estados Unidos vai teminar depois das negociações como já têm sido várias vezes . Porém, os legisladores dos EUA discordam e estão agora abertamente discutindo como lidar com o default , provavelmente a ficar lançado em outubro, se eles não aprovarem o aumento do teto da dívida.
De toda a situação pode-se fazer seguintes conclusões. Em primeiro lugar, algo está definitivamente a acontecer, caso contrário, a China não teria vendido por três meses em primeiro trimestre cerca de 30 por cento dos Treasuries de seu portfólio de 66 bilhões de dólares de títulos e ações de longo prazo. E só em julho vendeu-os, no valor de 6, 4 bilhões, segundo Reuters.
Em segundo lugar, a crise é, evidentemente um caso da política interna americana, mas irá envolver todo o mundo. Por exemplo, a Rússia no final de junho teve títulos do Tesouro dos EUA no valor de 138 bilhões de dólares com prazo de 4 anos , de acordo com o relatório do Banco Central da Federação Russa (em 2009 - 401,1 bilhões de dólares). É um valor significantivo, mas não crítico para as reservas cambiais russas , estimadas em mais de 540 bilhões de dólares em abril de 2013. Ainda assim, a perda de tal quantia, é claro, afetará o enchimento do orçamento público da Federação Russa e os seus programas sociais.
E em terceiro lugar, essa situação permanente com dívida pública — é uma poderosa alavanca de pressão sobre os EUA. Se por acaso for necessário agir de forma decisiva (por exemplo, sobre a questão da Síria), as declarações oficiais russas sobre suas possíveis ações com os títulos do Tesouro dos EUA, vai garantir o aumento significantivo da sua taxa de juro, o que causará pânico nos mercados financeiros globais .
Como um cidadão comum podia reconhecer o default da dívida pública vindo ? O primeiro sinal de que as coisas estão ficando ruins — é um anúncio que FED pára de servir as taxas de juro em notas do Tesouro emitidas anteriormente, transformadas em "embalagens de doces", - disse para o Pravda. Ru Valery Garbuzov, vice-diretor do Instituto de EUA e Canadá da Academia de Ciências da Rússia.