Roma, (Prensa Latina) Cuba afirmou nesta quarta (19) que fazer frente à insegurança alimentar requer, além de uma forte vontade política, um enfoque sistêmico e multissetorial que implique mudanças nos sistemas alimentários, de saúde e educação mundiais.
A embaixadora de Cuba na Itália e nos Organismos Internacionais com sede em Roma, Milagres Carina Soto, defendeu na Cúpula da FAO pela aplicação de políticas de inclusão social que garantam, por igual, o acesso aos recursos, o melhoramento das dietas e a nutrição.
Até hoje só podemos falar de modestos avanços pois os que padecem e morrem por fome, os que sofrem as consequências dadesnutrição, representam ainda cifras alarmantes e dolorosas para quem aspiramos a um mundo melhor e mais justo, declarou.
Soto manifestou que a nação caribenha se sente honrada ao ter recebido o reconhecimento da Organização de Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) pelos resultados atingidos em matéria de segurança alimentar.
Nossos indicadores,afirmou, são o fruto do enfoque sistêmico que o governo cubano aplicou desde o triunfo revolucionário de 1959, com políticas que garantem igualdade de oportunidades e o acesso gratuito e universal à saúde e a educação.
A diplomata afirmou que esses resultados se conseguiram apesar do obsoleto e criminoso bloqueio econômico, financeiro e comercial que Estados Unidos lhe impõe à ilha há mais de cinco décadas.
Durante estes anos, a experiência adquirida pela Maior das Antilhas pô-la modestamente a disposição de outros países, potencializando a cooperação Sul-Sul, apontou.
Também destacou que em sua condição de presidente interino da Comunidade de Estados Latinoamericanos e Caribeños (Celac), Cuba faz patente o compromisso desta comunidade na luta contra a fome e a desnutrição, bem como o apoio à iniciativa América Latina e Caribe Sem Fome 2025.
A embaixadora destacou a total vigência das palavras do líder histórico da Revolução cubana na Cimeira Mundial da Alimentação em 1996 quando disse: "Os sinos que dobram hoje pelos que morrem de fome a cada dia, dobrarão manhã pela humanidade inteira se não quis, não soube ou não pôde ser suficientemente sábia para se salvar a si mesma."
Em declarações à Prensa Latina, Soto ponderou que para combater a fome também é necessária o compromisso que devessem ter os países desenvolvidos, aqueles que se enriqueceram muitas vezes a costa das riquezas naturais de outros, para apoiar às nações em via de desenvolvimento.
Se o dinheiro que se gasta em armas e em publicidade banal, fora investido no desenvolvimento de nossos países, para valer estaríamos muito próximo de um mundo melhor, sentenciou.
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