A busca ativa do Plano Brasil Sem Miséria localizou e incluiu 380.595 famílias extremamente pobres no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal, no ano de 2012.
Foto: Equipes volantes atuam em regiões distantes de grandes centros/ Crédito: Ubirajara Machado/MDS
Busca ativa inclui cidadãos no cadastro do Bolsa Família
A busca ativa do Plano Brasil Sem Miséria localizou e incluiu 380.595 famílias extremamente pobres no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal, no ano de 2012. Com o resultado do ano passado, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) encontrou mais de 700 mil famílias nessa situação desde junho de 2011, quando foi lançado o plano de superação da extrema pobreza. "Ao localizá-las e incluí-las no cadastro, elas terão acesso não só ao Bolsa Família, como também aos outros programas sociais do governo", disse a ministra Tereza Campello.
Com o Brasil Sem Miséria, o governo está indo atrás dessas pessoas, levando o Bolsa Família e garantindo o acesso a serviços públicos e à inclusão produtiva. Do total de famílias localizadas até agora, mais de 108 mil estão no estado de São Paulo. Em segundo lugar, aparece o estado do Rio de Janeiro com mais de 85 mil famílias.
Equipes Volantes - Dentro da política de busca ativa, que consiste na atuação do Estado para encontrar as famílias que moram nos locais mais distantes ou que, mesmo nos centros urbanos, estão fora do alcance das políticas sociais, o MDS investiu R$ 65 milhões em mais de 1,2 mil equipes volantes que vão à procura dessas pessoas. Elas integram os Centros de Referência da Assistência Social (Cras) e estão presentes em 1.038 municípios de todo o país.
Além disso, 108 lanchas vão possibilitar o transporte das equipes volante que atuam na Amazônia Legal e no Pantanal a partir de 2013, com apoio do ministério. Serão repasses mensais de R$ 7 mil para possibilitar a realização dessas ações.
Alimentação - O Bolsa Família resulta em índices positivos de segurança alimentar e nutricional dos beneficiários, segundo a pesquisa de Juliana Baptistella, mestre em Economia Aplicada pela Universidade Federal de São Carlos, que venceu o 5ª Prêmio da Secretaria de Orçamento Federal do Ministério do Planejamento (SOF/MP) sobre qualidade do gasto público.
A pesquisadora analisou dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares de 2008 a 2009, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sobre 49.514 famílias, sendo 8.544 delas beneficiárias do programa. Ela avaliou o status nutricional das famílias, utilizando a análise da distribuição das pessoas por categorias do Índice de Massa Corporal (IMC), e concluiu que o programa melhora a qualidade da alimentação também. Entre as beneficiárias, 63,15% apresentaram IMC normal; 30,34% eram obesas; e 6,51% eram magras. Já entre as famílias não atendidas, a percentagem de pessoas com peso normal foi de 60,28%, enquanto 5,64% foram classificadas como magras e 34,08% como obesas.
Assistência técnica rural atende 180 mil agricultores familiares
Os investimentos em Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) no âmbito do Plano Brasil Sem Miséria beneficiou 180,5 mil agricultores familiares em 2012 - 400% mais do que os 35,5 mil do final de 2011. Para superar a extrema pobreza no campo, a prioridade é aumentar a produção, com a orientação e o acompanhamento técnico e oferta de insumos e água.
Atualmente 15,7 mil famílias recebem R$ 2,4 mil cada para investir na produção. O fomento, pago em parcelas semestrais durante dois anos, serve para que os agricultores familiares possam adquirir insumos como sementes e adubos, e equipamentos.
Até novembro, 20,2 mil famílias que vivem em situação de extrema pobreza na região amazônica e assentamentos de todo o país recebem o Bolsa Verde, de R$ 300 a cada trimestre, por adotar práticas de conservação dos ecossistemas, substituindo queimadas e desmates por atividades de manejo e preservação ambiental.
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