Nova jornada repressiva nos EUA contra fórum pacífico Occupy Oakland
A marcha organizada pelos chamados indignados pretendia ocupar neste sábado um edifício vazio na cidade da Califórnia, mas a iniciativa foi recusada por uma violenta ação dos uniformizados levando umas 300 pessoas presas.
Em imagens transmitidas em blogs de imprensa independente podia ver-se dúzias de manifestantes sentados com as pernas cruzadas, em atitude inofensiva, em frente ao Centro de Convenções Henry J. Kaiser, que se encontra desabitado.
Segundo o Departamento Policial de Oakland, os agentes da ordem pública tiveram que responder com gás lacrimogêneo e balas de borracha porque alguns ativistas da organização lhes lançaram "tubos de metal, latas de aerosol, e pequenos pedaços de madeira."
Occupy Oakland é a divisão californiana do fórum Occupy Wall Street (OWS), que desde setembro de 2011 iniciou um ciclo de protestos populares sem precedentes contra a desigualdade social e econômica nos Estados Unidos e para denunciar as arbitrariedades do sistema financeiro.
No final de 2011, forças policiais também desmantelaram acampamentos de protestos cívicos em Los Angeles e na Philadelphia, como continuidade das jornadas repressivas e de fustigamento contra o movimento pacífico nacional.
Esquadrões antimotim apresentaram-se pela madrugada na praça City Hall californiana e tiraram à força os voluntários do OWS. Uma operação similar foi levada a cabo na Philadelphia, onde os uniformizados prenderam 40 pessoas depois de desalojar o parque público Dilworth Plaza.
Desde o verão passado, quando começaram as marchas em Nova York, diferentes corpos de segurança dos Estados Unidos agem sem escrúpulos contra os partidários do Occupy, quem foram intimados com cassetetes ou gás de pimenta. Desde sua página oficial na Internet, o movimento OWS chamou seus simpatizantes a continuar os protestos de todas as maneiras possíveis.
"Eles podem desalojar uma área, mas não podem desterrar uma ideia à qual lhe chegou seu momento de se multiplicar", sublinhou a declaração.
As manifestações começaram nos Estados Unidos como uma réplica dos chamados indignados espanhóis e em protesto contra a avareza financeira corporativa e o descontrolado poder dos grandes bancos, que exploram - asseguram - 99% da população estadunidense.
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