Brasil pode perder arcevo de 250 mil peças de Jorge Amado

Miriam Fraga, directora da Fundação Casa de Jorge Amado, em Salvador, na Bahia (Brasil), não esconde a tristeza diante da possibilidade de cerca de 250 mil peças de valor histórico e literário que eram do autor de "Capitães de areia" serem doados a uma universidade americana por falta de recursos para sua manutenção, de acordo com o Jornal de Notícias.

O acervo - dividido entre Casa de Cultura de Salvador e a residência onde o escritor e a sua mulher, a também escritora Zélia Gattai, de 91 anos, viveram, no mesmo Estado - reúne 70 anos de vida literária e política do escritor baiano.

As universidades de Harvard (EUA) e de Bari (Itália) já manifestaram publicamente o seu interesse em acolher o espólio, mas uma solução poderá passar por Portugal. O embaixador do nosso país no Brasil, Francisco Seixas da Costa, disse à agência Lusa estar disponível para procurar junto das autoridades e universidades portuguesas uma solução.

 "Teremos entidades em Portugal para receber e tratar este património do escritor, que tem uma relação forte e presença significativa na cultura portuguesa", assinalou o diplomata.

O acervo de Jorge Amado, que morreu em 2001, está dividido entre a Casa de Cultura de Salvador, na capital da Bahia, e na residência em que o escritor e sua esposa, a também escritora Zélia Gattai, 91 anos, receberam personalidades da política e da literatura de todo o mundo.

Com frequentes internações hospitalares por complicações de saúde, a viúva de Jorge Amado deixou há alguns anos de cuidar da casa do Rio Vermelho, onde também estão as cinzas do escritor enterradas ao pé de uma grande árvore.

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Author`s name Lulko Luba
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