Sobre a vinda de médicos cubanos para o Brasil

Tudo que havia para ser dito pelas entidades médicas, sobre a contratação de médicos estrangeiros, às nossas "autoridades" de saúde, já foi dito e discutido. Este discurso da presidente, nada mais acrescenta ou inova, sobre aquilo que suas pesquisas midiáticas lhe recomendam. Quando se faz ao cidadão comum, uma pergunta do tipo: "Você prefere ser atendido por um médico estrangeiro ou por nenhum?", é óbvio que a resposta será aquela que o governo precisa, para continuar com sua política discriminatória, autoritária e incompetente. Por outro lado, quem é que sabe o que significa "revalida"?

 Por Emílio César Zilli*

Está mais do que na hora, de nós médicos, que trabalhamos duro e honestamente pelo nosso sustento e pela saúde de nossos pacientes, cobrarmos de nossos representantes uma atitude mais pragmática e menos retórica.

É hora de usarmos os recursos de nossas contribuições federativas e sindicais em campanhas de esclarecimento popular e nos livrarmos de vez da pecha corporativa que este governo nos cola, toda vez que reivindicamos alguma coisa. Está na hora de unirmos nossos discursos (Sociedades de especialidade, AMB, CFM, FENAM, etc) em prol da dignidade e do respeito que nem este nem outros governos jamais tiveram. É mais que hora de influirmos realmente, não com cargos, mas com idéias, nas políticas públicas de saúde e nas agências reguladoras.

 

Mas isto, meus caros, não depende apenas das entidades. Depende principalmente de nós, pois estas também serão o que somos, e farão o que fizermos.

 

*Emílio César Zilli é gaúcho de nascimento e carioca por opção. Diretor de defesa profissional da Associação Médica Brasileira e futuro diretor administrativo da Sociedade Brasileira de Cardiologia.

 

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