Vacinação contra a febre amarela atinge dez milhões de doses

O total de vacinas distribuídas contra a febre amarela deve superar as 10 milhões de doses nesta semana. Entre dezembro de 2007 e a segunda-feira desta semana (28), foram encaminhadas aos estados 9,8 milhões de doses da vacina contra a febre amarela. A estratégia é garantir a imunização da população que mora nas áreas de risco ou estão em viagem para essas localidades, e não tomaram a vacina nos últimos dez anos.


Em 2007, o governo distribuiu 961 mil doses de vacina de rotina por mês, num total de 11,5 milhões. A vacina oferece uma proteção de dez anos, e o seu reforço durante este período não é necessário, nem recomendado. O Brasil é o maior produtor e referência mundial de vacina contra a febre amarela. Ela é fabricada pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), vinculada ao Ministério da Saúde.

Casos e óbitos - Até 25 de janeiro, 19 casos de febre amarela foram confirmados, dos quais dez evoluíram para óbito e nove tiveram cura. Do total de notificações suspeitas, 18 foram descartados e quatro permanecem em investigação. Os prováveis locais de infecção dos casos confirmados ocorreram em áreas silvestres de Goiás, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal. Os casos e óbitos em conseqüência da doença tiveram início no dia 17 de dezembro de 2007. A última ocorrência notificada foi em 17 de janeiro.


No dia 12 de janeiro, o Ministério da Saúde veiculou um comunicado nacional, em rede televisão, sobre as áreas de risco e sobre a vacina. No dia seguinte, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, fez um pronunciamento nacional em rádio e televisão para tranqüilizar a população, pois não havia risco de uma epidemia de febre amarela. O objetivo era informar sobre as áreas de risco e a vacina.

A Ouvidoria do Ministério da Saúde, por meio do Disque-Saúde (0800611997), esteve preparada para respostas e dúvidas da população. Após o pronunciamento do ministro, a média de ligações continuou elevada durante toda a semana, mantendo-se em torno de 34 mil ligações diárias. Desse montante, 21,5% chamadas foram transferidas para os teleatendentes, onde também se manteve uma média de 7.350 ligações/dia, representando um aumento de mais de 30% das ligações transferidas do atendimento eletrônico para o atendimento humano.

Em dezembro de 2007, o Ministério da Saúde notificou a OMS (Organização Mundial de Saúde) sobre a suspeita de uma maior circulação do vírus de febre amarela no país, devido ao acompanhamento da mortalidade de macacos nas matas das regiões de risco. A medida atende uma norma internacional, sendo o organismo responsável por enviar as informações para os demais países.


Em janeiro, o Ministério da Saúde solicitou apoio dos ministérios do Turismo e das Relações Exteriores, para levar informações adequadas aos viajantes, turistas, profissionais e diplomatas em trânsito pelo país. Esses parceiros, encaminharam informações para associações e representantes de agências de turismo, além de embaixadas e consulados.


Perguntas e respostas - O governo federal produziu 500 mil folders no formato “perguntas e respostas”. O material foi enviado a partir de 14 de janeiro às secretarias de saúde do Distrito Federal e de Goiáis, regiões onde houve registro de casos de febre amarela foram contaminadas em zonas silvestres afetadas pela doença. Também foram confeccionados 2,6 milhões de folders dirigidos aos turistas para esclarecer sobre a vacina e as áreas de risco. O impresso começou a ser distribuído, no dia 21, pela Polícia Rodoviária Federal, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e outros parceiros.


No portal do Ministério da Saúde, foi criado um hot site contendo todas as informações sobre a doença. Na página, também são apresentados boletins de imprensa de acompanhamento da doença, atualizados quase diariamente.


Para o Nordeste, devido ao grande fluxo de turistas estrangeiros para a região, foi publicado um comunicado de meia página nos principais jornais da região. O anúncio, veiculado em 20 de janeiro, esclarecia os visitantes que não há risco de febre amarela silvestre em nenhum estado do Nordeste e que, portanto, a vacinação em massa contra a doença é desnecessária.


Macacos - A febre amarela silvestre ocorre somente em áreas de matas, em macacos, e os principais transmissores são os mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes, que picam os primatas, hospedeiros do vírus e, depois, o homem. De janeiro a novembro de 2007, foram notificadas 45 localidades com mortes de macacos em todo o Brasil.


Destas áreas, foram confirmadas epizootias (doença que ataca numerosos animais ao mesmo tempo e no mesmo lugar) por febre amarela silvestre em quatro localidades. De dezembro de 2007 até o momento, foram notificadas 201 localidades em áreas circunscritas de 113 municípios com mortes de macacos.

Fonte: Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República

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Author`s name Timothy Bancroft-Hinchey
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