Brasil produzirá mais milho, algodão, soja, açúcar e álcool

Algodão, milho, soja, etanol e açúcar deverão liderar o crescimento das exportações brasileiras nos próximos anos, segundo as Projeções do Agronegócio Mundial e do Brasil, de 2006/2007 até 2017/2018.


Para o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Reinhold Stephanes, o estudo considera que a demanda mundial por alimentos deve duplicar na primeira metade deste século por conta dos países asiáticos. “Este cenário cria uma excelente oportunidade de mercado para países produtores de grãos como o Brasil”, diz Stephanes.


Veja as projeções:


Soja - O consumo de soja em grão deverá atingir 39 milhões de toneladas, representando 52% da produção de 75,3 milhões de toneladas. As exportações serão 40% superiores às de 2006/2007.


Açúcar - O Brasil continuará a ser produtor com maior competitividade e terá um aumento da produção de 12,5 milhões de toneladas nos próximos dez anos, atingindo 43,2 milhões de toneladas em 2017/18.

Milho - Em 2017/2018, a produção deverá situar-se em 64,1 milhões de toneladas e um consumo de 48,6 milhões. Esses resultados indicam que o País poderá obter excedente para exportação da ordem de 12 milhões de toneladas em 2017/18.


Trigo - A produção será crescente e o consumo interno também: em média, 1,63% ao ano, alcançando 13,3 milhões de toneladas em 2017/18. Isso exigirá a importação de 8,7 milhões de toneladas em 2017/2018.


Etanol e Açúcar - A produção de etanol projetada para 2018 é de 41,6 bilhões de litros, mais que o dobro da produção de 2007. O consumo interno para o mesmo período está previsto em 30,3 bilhões de litros e as exportações em 11,3 bilhões. O estudo indica um aumento de 66,6% na área necessária de cana-de-açúcar para produzir açúcar e álcool, até chegar a 10,3milhões de hectares.

Isso representa um acréscimo de 4 milhões de hectares em relação à área atual, que é de 6,2 milhões de hectares. “Essa expansão se dará em áreas de pastagens”, diz Stephanes, pois o Brasil vai adotar regras, por meio do zoneamento que ficará pronto no segundo semestre de 2008.


Carnes - Haverá a expansão da exportação das carnes bovina, de frango e suína, nos próximos dez anos. As maiores taxas de crescimento da produção são para a carne de frango, que deve crescer a 3,3% ao ano, e a de bovinos, cujo aumento projetado para esse período é de 2,5% ao ano. Já a produção de carne suína deve subir 1,86% ao ano. As projeções do consumo revelam a preferência dos brasileiros pelo frango, para o qual o crescimento projetado é de 3,3% ao ano, no período 2007/08 a 2017/18.


A carne bovina assume o segundo lugar no aumento do consumo.


Quanto às exportações mundiais de carne de frango, os maiores exportadores, em 2016, serão o Brasil, com 4,2 milhões de toneladas; os Estados Unidos, com 3,19 milhões de toneladas; e a Tailândia com 497 mil toneladas.As taxas de crescimento das exportações brasileiras, de 2007/08 a 2017/18, são as seguintes: bovina, 6,18% ao ano; suína, 4,85% ao ano; e de frango, 3,49% ao ano.


Novos hábitos alimentares


As previsões com base na mudança de hábito foram constatadas na última Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), do IBGE. Em trinta anos, o brasileiro diversificou sua alimentação, reduzindo o consumo de arroz, feijão, batata, pão e açúcar e aumentando, por exemplo, o de iogurte.


A produtividade será fator decisivo para o crescimento de produção nos próximos dez anos. O aumento total projetado de área das principais lavouras será de 17,6 %. Isso deverá corresponder, em oito principais lavouras, à passagem de 53 milhões de hectares atuais para 62,2 milhões de hectares, em 2017/18.

Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República

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Author`s name Timothy Bancroft-Hinchey
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