Ricos mais ricos, pobres mais pobres

O mundo inteiro não consegue mais solucionar as questões fundamentais de distribuição de renda. Os ricos tendem a ficar cada vez mais ricos e os pobres, cada vez mais pobres.

Os senhores do mundo e as nações unidas persistem no fracasso. Novamente o povo vai precisar tomar a Bastilha. Um por cento dos mais ricos ganha mais que a metade da população do planeta.

Os ricos perderam a inteligência há muito tempo. E muito mais sensato ampliar a base de consumo. No entanto o domínio absoluto de todo o sistema universal de poder favorece a concentração absurda de riqueza.

Os países em desenvolvimento dificilmente vão conseguir melhorar a qualidade de seus povos permanecendo sob o jugo das nações unidas. O Paquistão vendeu a alma para o senhor dos senhores. Como vive seu povo? A montanha de dólares foi para o lado dos pobres ou apenas enriqueceu o grupo mandante? E óbvio que o povo pobre vai continuar comendo poeira.

Para o senhor Bush tais práticas fazem parte da democracia. Mesmo nos Estados Unidos, a nação mais rica do planeta, 30 milhões vivem abaixo da linha de pobreza. O que a atual gestão tem feito de concreto para equacionar tantas e tantas divergências de renda?

O ambiente social revela um quadro crítico. Os pobres estão se alimentando de informação, estão acessando a internet, estão descobrindo a discriminação da realidade. Ninguém consegue esconder as chagas da miséria.

Os índices de criminalidade não param de crescer. O combate é contraproducente. Apregoam a tolerância zero. Significa máxima burrice.

Definitivamente todas as pessoas precisam participar da distribuição de renda. Ao invés de gastar dinheiro em armamentos sofisticados, em mais e mais policiamento, em tecnologias complexas, não está na hora de aplicar na construção da humanidade?

A renda altera a motivação de qualquer desesperado. No primeiro momento, resgata a dignidade do cidadão em participar da sociedade. No segundo, permite uma convivência mais harmônica. No terceiro, acelera o processo de realização social, humano, político, econômico.

O tempo de existência do planeta depende de uma revalorização urgente da simbiose com o meio ambiente. Não justifica falar da superpopulação, do descontrole familiar, da falta de cultura. A insanidade está no lado dos ricos incapazes de perceber o desequilíbrio da balança.

A história tem sido sábia. Ninguém precisa ser profeta para predizer grandes revoluções. As condições sociais clamam por justiça. Muitos preferem não ver, não ouvir, não falar. A tirania dos miseráveis caminha na contramão. Os acidentes são pura conseqüência.

Orquiza, José Roberto escritor [email protected]

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